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Nova edição do Comunica PET!

Edição especial da Semana da Comunicação 2013

Premiação do Intercom Manaus

Unesp de Bauru ganha prêmios em categorias de produtos no Intercom 2013

Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental

Mais uma parceria inédita na Secom 2013

Parceria entre Secom e interdesigners

Dois eventos terão atividades conjuntas durante a Semana da Comunicação 2013

Projeto Morrinho

Projeto dismistifica a visão da favela como um lugar somente de violência através de ações culturais

23 de janeiro de 2012

Grupo PET divulga atividades para 2012

Desde maio de 2011, o grupo PET-RTV vem desenvolvendo atividades junto à comunidade acadêmica da FAAC/UNESP que aliam ensino, pesquisa e extensão, com o objetivo de fornecer aos alunos da faculdade uma ampla formação extracurricular que promova a cidadania e a cultura. Para 2012, o grupo pretende manter sua atuação junto às atividades acadêmicas e ampliar o leque de opções destinadas aos alunos de graduação, pós-graduação e professores. Confira a programação do grupo neste ano:

Oficinas
Voltadas à área de tecnologias digitais voltadas à comunicação audiovisual, as oficinas do PET-RTV serão mensais e servem como complementação e aprofundamento das atividades desenvolvidas nos cursos do Departamento de Comunicação Social, como Vídeo Mapping, Direção de Arte, Planejamento Financeiro, Produção de Micro Metragem e operação de Adobe Flash. Aos calouros da FAAC, serão oferecidas oficinas de softwares básicos que serão utilizados ao longo dos cursos, como Adobe Photoshop, Adobe Premiere Pro e Stopmotion. 

Minicursos
Dois minicursos estão programados para o primeiro semestre de 2012. São eles: Minicurso de produção cenográfica e cenografia digital e minicurso de fotografia.

Grupos de estudos e pesquisas
Voltados aos alunos de graduação e pós-graduação, os grupos de estudos e pesquisas serão abertos a bolsistas e não-bolsistas. Os grupos serão: Grupo de estudos e pesquisa em roteiros para formatos audiovisuais; Grupo de estudos e pesquisa em plataformas digitais e Grupo de estudos e pesquisa em Edutretenimento.

Cine PET
Atividade cultural voltada para a comunidade acadêmica e externa, o Cine PET promove a exibição de filmes do circuito comercial ou não e a reflexão sobre os temas abordados. Após as sessões, os temas serão debatidos a partir da condução de um convidado, que pode ser da FAAC/UNESP, ou de fora da comunidade acadêmica. Para 2012, já estão previstos alguns filmes, como “O Cheiro do Ralo” (2006), “Reflexões de um liquidificador” (2010), “Elvis & Madonna” (2010) e “Os Incompreendidos” (1959).

Ciclo de debates PET
Espaço destinado à discussão dos principais temas relacionados à produção audiovisual. Serão convidados palestrantes, tais como professores, alunos de pós-graduação e/ou profissionais atuantes no mercado, para conduzirem os debates.

SICOM-PET
Projeto de pesquisa e extensão que tem por objetivo a divulgação noticiosa especializada, desenvolvida por meio de pesquisas e estudos acerca das tecnologias digitais aplicadas à comunicação e à educação. O projeto pretende desenvolver teorias e métodos para a criação de produtos adequados aos diversos suportes digitais, de forma a produzir conteúdos para a Assessoria de Comunicação e Imprensa da Reitoria da Universidade (ACI Reitoria) e seus produtos de comunicação oficiais: Revista UNESP Ciência, Jornal UNESP, UNESP Notícias, Podcast UNESP e Portal UNESP. Confira o trabalho do SICOM-PET no site www.petrtv.com.br

Discussões pedagógicas
Reuniões mensais serão realizadas entre os bolsistas e voluntários do grupo PET-RTV, representantes discentes de cada um dos termos dos cursos de Comunicação Social da FAAC/UNESP e um docente representante de cada curso. O objetivo é analisar as estruturas curriculares dos cursos, mediante debates e discussões, além de seguir uma metodologia de análise dos cursos durante o semestre.

Fonte: ACI/Faac

O fascínio pelos jogos on-line e pela realidade virtual

Lançado em 2003, o mundo virtual Second Life logo se tornou uma febre entre os internautas. Por meio de um personagem, conhecido como avatar, o game permitia que as pessoas vivessem em um sofisticado mundo digital paralelo à realidade, realizando atividades cotidianas e se relacionando com usuários de todo o mundo. Hoje, o Second Life deixou de ser o maior ambiente virtual (posto atualmente ocupado pelo game World Of Warcraft), mas ainda é referência para entender um processo cada vez mais forte: a virtualização da nossa vida.
O "Fórum", programa da TV Unesp, discute o assunto com o sociólogo e professor da Universidade Jaume Primeiro, da Espanha, Emílio Sáez Sôro. Além de explicar como a tecnologia interfere em nossa relação com o mundo, Emílio questiona a necessidade de separar a realidade do mundo virtual. “Nós, seres humanos, somos muito virtuais em nossa relação com o mundo e isso não podemos separar”, argumenta.


Fonte: TV Unesp

Google vai punir sites com publicidade 'excessiva'

O novo algoritmo da empresa irá penalizar os portais que lotam o topo de suas páginas com anúncios, dificultando a navegação.

Os sites que lotam o topo de suas páginas com anúncios, forçando seus visitantes a baixar a barra de rolagem para visualizar o conteúdo, começarão a ser penalizados nas buscas do Google. A empresa tomou essa decisão porque concluiu que os internautas se aborrecem com esse tipo de layout, informou a Google em seu blog

“Se você clica em um site e a primeira coisa que você vê não tem muito conteúdo visível ou se o portal dedica grande parte da tela inicial a anúncios, ele não oferece uma boa experiência de usuário. Alguns sites podem não permanecer na mesma posição atual”, escreveu o engenheiro da Google Matt Cutts, considerado a maior autoridade da empresa na otimização de ferramentas de busca (SEO).

O Google não vai punir os portais que exibem publicidade no topo da página dentro do que a empresa considera “um nível normal”, mas sim os com uma quantidade “excessiva” de anúncios, a ponto de dificultar a navegação.

“Esse novo aperfeiçoamento de algoritmo tende a impactar os sites em que existe apenas uma quantidade pequena de conteúdo visível ou em que o conteúdo relevante é levado para baixo por grandes blocos de publicidade”, escreveu Cutts. A Google prevê que essa mudança no algoritmo vai impactar a ordem dos resultados em menos de 1% das buscas.

Como geralmente acontece quando o Google apresenta mudanças em seu algoritmo, os gerenciadores de sites já estão contentes e outros nem tanto, como mostram os comentários deixados no blog da Google.

Muitos internautas argumentaram que é hipócrita o Google punir os sites por algo que a muitas vezes a própria empresa é a culpada, enquanto outros afirmam que não é da conta do buscador como os portais exibem a publicidade, especialmente quando a política da gigante das buscas poderia impactar a eficácia dos anúncios.

Juan Carlos Perez para o IDG Now

Governo quer Ginga em 30% das TVs já em 2012

O governo tentou um acordo com a indústria, mas não obteve sucesso. Depois de três anos de discussões infrutíferas, decidiu fechar a nova portaria que vai trazer o Processo Produtivo Básico para a inserção do Ginga nos televisores digitais. O PPB, segundo fontes do governo, será implantado em três etapas para que os fabricantes de televisores possam substituir gradativamente o legado existente.

A nova portaria, informam ainda as fontes do governo, deverá ser publicada até o final de janeiro. Os fabricantes de televisores terão de implementar a inserção do Ginga ainda em 2012 numa proporção de 30% dos televisores digitais que forem produzidos este ano. Para 2013, esse percentual subirá para 60% dos televisores fabricado e, em 2014, o governo espera que 90% da produção já contemple o middleware de interatividade embutido.

A decisão foi tomada também levando em contra o desespero da indústria de software, que já ameaçava abandonar o projeto de interatividade da TV Digital diante da inércia da indústria.Empresas investiram pesado na interatividade da TV Digital e, até agora, só acumularam prejuízos significativos por falta da definição do PPB para a fabricação dos televisores com o Ginga.

Na demorada negociação somente a decisão de chegar a 2014 com o Ginga incorporado era o ponto pacífico nas discussões entre a indústria e o governo. Os fabricantes tentaram adiar a implementação do ginga para 2013, mas o governo ao que parece decidiu não ceder.

Originalmente, o governo propôs em consulta pública começar a inserção do Ginga em 75% dos aparelhos televisores produzidos a partir de julho deste ano. Mas recuou nesse percentual para 30%. Ainda são 10 pontos percentuais acima do que desejava a indústria – os fabricantes pleiteiam 20% e até ameaçam ir à Justiça- mas está bem abaixo dos 50% colocados à mesa nas últimas reuniões,o que favorece a uma última tentativa de ajuste entre as partes.

Quanto ao prazo, a indústria exige que a fabricação dos televisores com Ginga comece em outubro. O que o governo decidiu com relação a data do início do processo de produção ainda é um mistério, mas existe a possibilidade de ser acatada a proposta dos fabricantes.

Fonte: Convergência Digital

Mercado de TV a cabo cresce 30,45% em 2011

A Anatel anunciou na última sexta-feira (20/01) que o mercado de TVs por assinatura está bombando: o setor fechou 2011 com um crescimento de 30,45%, se comparado a 2010.

Hoje, mais de 12,7 milhões de casas possuem TV por assinatura. Para se ter uma ideia, somente em dezembro de 2011, 301,7 mil novos assinantes passaram a ter TV a cabo em sua casa, 2,43% a mais que em novembro do mesmo ano. É um número grande e, se multiplicado pela média de 3,3 pessoas por domicílio, mostra que a TV a cabo atinge muito mais pessoas: cerca de 42 milhões. Mesmo assim, ela só chega a 21,2 casas a cada 100.

E, como já era de se esperar, a região Sudeste do país lidera nesse segmento. Mesmo apresentando ótimos crescimentos em outra áreas, a região tem TV a cabo em 30,9% das casas.

Distrito Federal e estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Amazonas, Rio Grande do Sul e Santa Catarina registraram números maiores que a média do Brasil.

Previsão orçamentária para Ministério das Comunicações é de R$ 5,49 bilhões

O Diário Oficial da União publica na edição desta sexta, 20, o Orçamento para 2012. A lei aprovada pelo Congresso Nacional no final de dezembro do ano passado foi sancionada sem vetos pela presidenta Dilma Rousseff. A previsão orçamentária para o Ministério das Comunicações em 2012 é de R$, 5,49 bilhões, valor que inclui a Anatel e a Telebrás. A previsão de investimento para o ano é de R$ 1,24 bilhão.

A lei estima em R$ 2,257 trilhões a receita da União para o exercício financeiro deste ano. Excluindo-se os gastos com o refinanciamento da dívida – no valor de R$ 655 bilhões – o total cai para aproximadamente R$ 1,6 trilhão.

A Lei do Orçamento abrange o orçamento fiscal referente aos poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta – inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, no valor de R$ 959,1 bilhões. Engloba também o orçamento da seguridade social (R$ 535,7 bilhões), com todas as entidades e órgãos a ela vinculados, além de fundos e fundações, instituídos e mantidos pelo Poder Público. Com informações da Agência Brasil.

Fonte: Tela Viva

Novo decreto sobre concessão de Rádio e TV abre espaço para programação local

A presidente Dilma Rouseff assinou neste 17/01, decreto para alteração do Regulamento dos Serviços de Radiodifusão, que mudará o processo licitatório para outorga dos serviços de TV e rádio. Entre as principais alterações para novas concessões estão:

- critérios mais rígidos para comprovar a capacidade financeira da entidade interessada;

- obrigatoriedade de produção local de programas na cidade da emissora e a promoção de produções independentes;

- pagamento integral da outorga ainda durante o processo;

- maior rigidez no prazo para que a emissora entre no ar.

O objetivo maior do decreto, de acordo com o Ministério das Comunicações, é dificultar a entrada de entidades não qualificadas no processo licitatório, bem como a figura dos laranjas. 
*Entre as novas regras, as licitantes deverão apresentar laudos de consultorias independentes que atestem sua capacidade técnica e financeira para executar o projeto. O decreto estabelece incentivos para que as licitantes invistam em produção independente e jornalismo, o que adequa a Constituição Nacional de Estímulo ao conteúdo nacional. Essas regras não existiam no decreto que trata de radiodifusão, que é de 1963, segundo Bernardo.
Porém, esta nova regulamentação poderá criar um novo cenário para a radiodifusão brasileira. Nos EUA, país do qual o Brasil copiou alguns pontos essenciais do modelo de negócios da TV aberta, a figura das emissoras locais de radiodifusão sempre possuíram um destaque bem maior do que as emissoras brasileiras. No Brasil, as emissoras de TV abertas regionais vinculadas às redes nacionais como, TV Globo, Band, SBT e as demais, sempre estiveram presas a uma rígida programação verticalizada. Apenas nos grandes centros, capitais ou cidades maiores do interior, há uma programação local, quase em sua totalidade com foco em programas jornalísticos ou informativos. No horário nobre a participação de programas locais na programação das afiliadas regionais é praticamente inexistente. Em estudo realizado pelo Observatório do Direito à Comunicação a partir da análise de 58 emissoras em 11 capitais brasileiras, (veja aqui) verificou-se que nas emissoras analisadas, a média de tempo de programação dedicada à produção local foi de apenas 10,83%.

Em tempos de uma publicidade cada vez mais segmentada e personalizada, a norma do decreto que obriga a produção de programas na cidade da concessão abre espaço para que anunciantes locais invistam em uma publicidade mais focada na área de abrangência de seu negócio. A televisão é o veículo que mais atrai os investimentos em publicidade no país. 62,9% do montante gasto com publicidade em 2011 foi destinado à TV**. Contudo, para as grandes emissoras esta nova fatia do bolo publicitário pode agravar ainda mais sua gestão financeira, pois agora será possível entidades investir em emissoras locais desvinculadas das chamadas “cabeça-de-rede”. Será que veremos em breve no Brasil um rede de TV locais operando autonomamente e apenas veiculando programas de grande audiência quando pagos pelas redes nacionais? É esperar para ver, mais o futuro das emissoras locais de TV e rádio nunca esteve tão promissor no país como agora.

Desta forma, é possível compreender porque o governo federal não trava uma batalha direta pela regulamentação dos meios de comunicação. Não será preciso se desgastar publicamente e enfrentar a fúria dos radiodifusores com um tema tão polêmico quanto este. Ao que parece, o governo está apostando na readequação do mercado audiovisual no Brasil forçado pelas rígidas regras do mercado, que não possui ideologia política nem partidária, apenas uma ideologia regida pela oferta e procura.

11 de janeiro de 2012

A vida através da tela

“O videografismo é uma área de trabalho multidisciplinar”. Foi com essa frase que os videografistas da TV UNESP André Turtelli Poles e Lucas Silveira de Azevedo deram início à oficina “Videografismo na TV Digital”, no terceiro dia do II Simpósio Internacional de Televisão Digital (SIMTVD).
Isso porque a equipe de videografismo da TV UNESP é composta por pessoas formadas em vários cursos diferentes, cada membro com suas especificidades. André é formado em Design e Lucas, em Propaganda e Marketing.

A palestra inicial da oficina foi sobre as características da TV Digital. De acordo com Lucas, a digitalização da TV se baseou na cada vez mais freqüente inclusão tecnológica das novas gerações. “Hoje, nossa vida é através da tela. Estamos sempre na TV, no celular, no computador, nos tablets. Foi por isso que a digitalização da TV foi pensada”, afirma.

O videografismo, identidade visual de um produto audiovisual, existe há muito tempo e surgiu na televisão analógica. É trabalho de videografistas produzir infográficos, vinhetas, bases de GC e todos os outros elementos gráficos do vídeo. A diferença na TV Digital são os recursos de alta definição, que proporcionam ao telespectador uma experiência mais rica e completa. 
Na oficina, não faltaram exemplos de vinhetas e nem o passo-a-passo de sua produção. A apresentação das vinhetas de programas como Unesp Informa e Som e Prosa, da TV UNESP, foi acompanhada de rápidos tutoriais e fotos de making of.

Depois da explicação teórica, os oficineiros partiram para a prática. Os participantes da oficina foram convidados a produzir uma pequena vinheta com duração entre cinco e dez segundos. O apoio dos videografistas foi importante para a passagem das idéias do papel para programas como Photoshop e After Effects.

Laís Mondeli, Jornal Jr. Unesp

Quadrinhos além do papel: na tela do computador

Ler história em quadrinhos é um prazer compartilhado por quase todo mundo. Imagine então, estudar sobre isso. E mais, mostrar toda sua evolução hoje com a chegada da internet. Essa é a síntese do que foi a oficina do SIMTVD da tarde dessa terça feira (8), com o tema “História em Quadrinhos na Era Digital”.
Na oficina ministrada por Mateus Yuri Passos (Unesp/Lecotec), a primeira apresentação foi do professor Diego Figueira (Unicamp), que fez uma apresentação sobre as Webcomics. O conceito, que surgiu recentemente, ficou bastante claro quando Figueira disse que o desenhista “precisa admitir que seu suporte não é mais o papel, é a tela do computador”.

Dois exemplos foram mostrados: o “Worm World Saga” (de Daniel Lieske) e “There Are No Borders”. Ambos exploram justamente a questão do“infinito na vertical” que a tela do computador traz, como foi apontado por Diego Figueira. 
Figueira ainda trouxe uma grande questão à tona: há quem faça algo similar no Brasil? O pesquisador mostrou que no país ainda há a predominância de tiras, e inclusive deu uma sugestão para quem quiser criar um blog do tema: “antes de criar, junte um monte (de tiras), para que, quando for publicar, a pessoa perca uns 30 minutos ali”.

Depois foi a vez de Mateus Yuri Passos falar um pouco sobre os quadrinhos, voltando-se mais sobre a questão mercadológica, mundial e brasileira. Foi citada a “santíssima trindade” de tiras no Brasil (Glauco, Angeli e Laerte) e que um dos poucos que fazem HQ com sucesso é Maurício de Souza, com sua Turma da Mônica – que também começou nos quadrinhos.
Ainda houve várias perguntas do público presente, até mesmo em relação aos “memes”, uma febre na internet atualmente - “mas sem valor mercadológico”, como apontou Diego Figueira – e também no aspecto econômico em torno das HQs, um mercado que até hoje se mantém firme e forte nos EUA e pode crescer no Brasil.

Luís Moraes, Jornal Jr. Unesp

Velha Mídia, novas possibilidades

Possibilidade, mobilidade, interatividade. Com essas palavras, os participantes do mini-curso “Desenvolvendo Aplicativos Interativos para TV Digital e Múltiplos Dispositivos” responderam a pergunta “o que é TV Digital para você?”, feita na abertura do curso pelo doutorando em TV Digital Alan Angeluci.

O laboratório onde o curso aconteceu reuniu um grupo heterogêneo: estudantes e pesquisadores de Ciências da Computação, Jornalismo, Matemática, Rádio e TV e Relações Públicas comprovaram a afirmação de Alan de que, nos estudosem TV Digital, todas as áreas são bem-vindas.

Alan falou sobre a estrutura da TV digital hoje e as inúmeras possibilidades de interação que ela já possibilita e as que vai poder utilizar no futuro. A potencialidade do sinal digital, que segundo as estimativas só cobrirá todo o território nacional em 2016, pode ser vista em alguns exemplos de vídeos e imagens que o pesquisador trouxe.Em São Paulo, canais como Globo, Record e SBT já disponibilizam alguns programas com recursos interativos. A interação pode ocorrer em um capítulo de novela, na qual o telespectador assiste à história e, ao mesmo tempo, vê a descrição de cada personagem, ou durante o jogo de futebol, quando o torcedor pode acompanhar a partida enquanto confere a tabela de classificação do campeonato. “As emissoras estão em uma primeira etapa de experimentar as aplicações”, explicou Alan.

Aproveitando os exemplos, Alan organizou uma atividade prática, na qual os participantes do mini-curso puderam utilizar ferramentas simples para confeccionar um projeto de aplicação interativa para o telejornal Fala Brasil da Record. Usando os programas fornecidos pelo pesquisador, mesmo quem não domina programação conseguiu dispor elementos visuais na tela e relacioná-los, criando uma enquete e um box de informação sobre o programa.

As novidades na área são muitas e prometem crescer cada vez mais. Alan garante que as inovações tecnológicas mudam a forma de se fazer TV, mas as características dessa mídia continuam as mesmas. Citando uma charge do Angeli, Alan garante que não importa se é digital ou analógica: o importante é ter conteúdo.

Regiane Folter, Jornal Jr. FAAC/Unesp

TV pública se encarrega de incluir Brasil na Era Digital

Imagine-se à beira do rio Amazonas, ao lado da mata densa num ponto isolado da civilização. Agora pense se seria possível mandar um e-mail através de uma TV. Se você respondeu que não, você errou. Em alguns anos, a tecnologia da TV digital será lançada e a abrangência de uma rede de internet sem fio tornará possível o envio de um e-mail pela tela da televisão até de pontos isolados do país.

A tecnologia que possibilita essa façanha é o WiMAX. Uma espécie de banda larga semelhante ao WiFi que se diferencia por cobrir até 70km de raio de atuação e permite a radiodifusão. A tecnologia será difundida em cidades de até 100 mil habitantes.

Num país em que mais de 68% da população não tem acesso à internet e 98% das casas possuem televisão, a TV será uma grande opção para a inclusão da sociedade ao mundo digital.

“Para popularizar a TV digital nós temos que baixar custos. Ano que vem no ano da Copa a gente espera que as empresas baixem os custos de seus equipamentos”, diz o doutor em comunicação pela ECA/USP e atual assessor da Casa Civil da Presidência da República, André Barbosa Filho. Ele ainda lembra que a TV digital não oferece apenas melhor qualidade de imagem, como a participação do espectador na produção de conteúdo.

O assessor se refere às opções de participação através da nova TV. O usuário pode acessar a internet, ler livros e até interagir com a tecnologia do celular. “A rede pública é a melhor alternativa para os projetos inclusivos da TV digital. As TVs comerciais não pretendem usar a interatividade plena.”, garante.

Barbosa ainda afirma que a verdadeira interação do espectador, enviando informações para a programação e participando das atrações será vista na TV pública. A expectativa para a implementação do projeto é para meados de 2010. Agora, a interação pela TV digital, também será direito de todos.

Jornal Jr., FAAC/Unesp

TV Digital é destaque no GP da multimídias

Os congressistas do GP de Conteúdos Digitais e Convergência Tecnológica demonstraram grande interesse pelo universo digital, nesta sexta-feira, dia 3. Os temas abordados foram plataformas digitais como TV e rádio digital, celulares, games, I-Pods, Palms e computadores. Todos os participantes voltaram suas expectativas para o mercado digital no Brasil.

Entre as monografias apresentadas, a necessidade de explorar a Internet como veículo de informação foi considerada primordial na atualidade. Foram mencionadas tentativas já realizadas pela mídia, para atrair determinada parcela da população. Ao exemplo, a comercialização de produtos relacionados à televisão na internet, que representa o meio de comunicação da massa e mais rentável.

A utilização de ferramentas especializadas em outras áreas, não só na comunicação, mas também design, softwares e tecnologia da informação foram mencionados por Fernando Ramos Gelonese durante sua exposição. O ex-aluno da UNESP de Bauru, formado em Rádio e TV, trouxe um trabalho conjunto de seis profissionais, envolvendo pessoas da área de comunicação e design. Ele ainda contou da utilidade do seu projeto, “A criação de um modelo de aplicação interativa é uma oportunidade de acelerar a resolução de problemas na área televisiva”.


Ainda na sessão, outro fator foi discutido, TV digital como produtora de conteúdo. “Atualmente a preocupação social e cultural é maior, perante a tecnologia e comércio”, disse Carlos Eduardo Marquioni, doutorando em UTP.

Outras universidades trouxeram seus trabalhos, A UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) – Ondas de Impacto da TVD, sinal analógico para digital; Universidade do Maranhão – Personalizar para interagir; UNICAMP (Universidade de Campinas) – Educação e conteúdo Digital.

Principais objetivos da TV Digital

Duas atividades do II Simpósio de Televisão Digital aconteceram na manhã do dia 11, das 8h às 10h. Uma delas ocorreu na sala 70 da FAAC (Faculdade de Artes, Arquitetura e Comunicação) e tinha como tema central o “Desenvolvimento de Conteúdos Digitais Multiplataforma” e foi apresentada por Leonardo Enrico, Fernando Ramos e mais quatro pessoas, todos produtores de multimídia da TV Unesp. A outra apresentação ocorreu na sala ao lado, a 71, tratava do “Acervo Ibero-Americano de Televisão Digital” e foi apresentada pelo professor Juliano Maurício e pelo aluno Pedro Zambon.

Ambas as exposições trataram da utilização da tecnologia para a melhoria da prestação de serviços. A diferença é que a TV Unesp preza, em primeiro lugar, pela utilização das diversas mídias (áudio, escrita, imagem) para melhorar a execução dos seus programas e serviços. Visa-se também a conquista da interatividade com o telespectador. O portal da TV Unesp tenta manter a conexão entre os programas do canal e o contato mais forte entre o internauta e os produtores da notícia.

Já o projeto do professor Juliano Maurício visa, principalmente, facilitar a vida do pesquisador, do mais experiente àquele que está na iniciação científica. O site do projeto possui uma série de bibliografias nas normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas e Técnicas). O cientista pode também compartilhar as suas produções no site para aumentar o acervo do endereço eletrônico. Essa página, entretanto, limita-se a colher bibliografias que estejam relacionadas ao tema da Televisão Digital no contexto Ibero Americano.

Pedro Borges, Jornal Jr. FAAC/UNESP

América Latina se une para desenvolver a TV Digital

Nações se unem em torno da tecnologia para escolher os melhores caminhos para a transição.

Dando continuidade às atividades desenvolvidas durante o II SIMTVD, será realizada, no dia 10, uma mesa de debates sobre “Tecnologias e Desenvolvimento da TV Digital”, com coordenação da professora Dr. Vânia Cristina Pires Nogueira Valente do Programa de Pós-Graduação em Televisão Digital da Unesp com os convidados Luiz Valle da Universidade de Palermo, Eduardo Winter do INPI, Edson Costa de Barros Carvalho Filho da Universidade Federal de Pernambuco e Eduardo Martins Morgado, também do Programa de Pós-Graduação em Televisão Digital da UNESP.

A transição para a TV Digital tem provocado profundas alterações, não só no Brasil, mas em toda a região latino-americana que também passa por essa fase de mudanças. O diretor da Pós-Graduação em TV Digital da Universidade de Palermo, Luiz Valle, relata que essa transição tem permitido que, pela primeira vez, essas nações trabalhem juntas para escolher um mesmo padrão de tecnologia. ‘’A TV Digital aparece com uma semente que pode dar origem a uma integração regional similar a da União Europeia’’, arrisca o professor.

A implantação da TV digital se encaixa em um fenômeno mais amplo de envolvimento do estado para desenvolvimento de redes de telecomunicações e serviços, como por exemplo, o Plano Nacional de Banda Larga no Brasil e o Plano Nacional de Telecomunicações ‘Argentina Conectada’. As proporções entre setor público e setor privado envolvidos nos projetos variam de acordo com cada país, mas em todos eles tem-se visto um papel cada vez maior do Estado e das universidades, tanto públicas quanto privadas. “Eventos como o SIMTVD têm a virtude de permitir a interação entre os setores acadêmicos e empresariais dos países da região. Isso gera uma oportunidade para troca de experiências, produzindo uma cooperação de valor inestimável”, completa Luiz Valle.

A médio e a longo prazo, há de ser visto que os países latino-americanos são capazes de desenvolver todo o potencial da TV Digital e das comunicações de banda larga, fazendo com que essas tecnologias possam melhorar a qualidade de vida da população e aumentar a integração com a comunidade global.

Quem quiser discutir e acompanhar essas e outras possibilidades de desenvolvimento de tecnologias da TV Digital, é só se inscrever e acompanhar a mesa de debates que começa às 9h30 no auditório da central de salas da FAAC, na Unesp de Bauru.

Jakeline Lourenço, Equipe PET de Jornalismo

Mercado de TV paga chegou a 12,4 milhões de assinantes em novembro

De acordo com os dados referentes ao último mês de novembro, o serviço de TV a cabo atingiu 12,4 milhões de domicílios, diz a Anatel. O crescimento no penúltimo mês do ano passado, de 275.597 assinantes, representa evolução de 2,27% em relação ao mês anterior e 30,54% em relação a novembro de 2010.

O DTH continua sendo a tecnologia que mais cresce e, consequentemente, abocanhou boa parte dos novos acessos de novembro: 229.374, contra 51.964 da tecnologia via cabo. Já o MMDS perdeu 5.741 assinantes. Percentualmente, o DTH ficou com 83,2% dos novos acessos e o cabo com 18,8%. 

Em dezembro de 2010, os serviços DTH representavam 45,8% do mercado nacional e os serviços prestados via TV a cabo perfaziam 51,0% do setor, conforme divulgado naquele mês. Ao fim novembro de 2011, a participação do DTH atingiu 54,1% da base e o serviço a cabo passou a responder por 43,9% dos assinantes, tendo assim o serviço DTH obtido 1,2 milhão de assinantes a mais do que o serviço prestado por cabo.

O Estado do Piauí, embora tenha registrado a maior variação entre o número de domicílios atendidos nos últimos 12 meses, com crescimento de 78,39% da base, ainda é a unidade da federação com menor penetração do serviço em novembro de 2011, com 5,1 de cada 100 domicílios.

Faltam Profissionais Especializados em TV Digital

Samsung, Philips, RF Telavo e Linear dizem que devem aumentar as contratações, mas salientam que quem vai precisar de mais mão-de-obra são as radiodifusoras. Há uma carência tremenda de profissionais especializados em TV Digital no mercado e fabricantes como a Philips, Samsung, RF Telavo e Linear concordam que a demanda ainda vai aumentar.

“Se houvesse oferta de mão-de-obra, contrataria hoje pelo menos 50 profissionais, principalmente na área de radiofreqüência”, ressalta o diretor executivo da RF Telavo, Jakson Alexandre Sosa. Para solucionar o problema e diante do fato de que as universidades não têm cursos voltados para a área, a empresa diz que está formando sua própria mão-de-obra. “Varremos as faculdades do estado de São Paulo e não achamos ninguém, então partimos para buscar pessoas no nosso centro no Rio Grande do Sul”, conta.

Segundo ele, o problema é que, como de praxe, depois do treinamento e de as pessoas ficarem lapidadas as emissoras as levam embora. “As radiodifusoras têm várias facetas e muitas áreas que precisam de especialistas, como em produtos e aplicativos de middleware que formam um cenário amplo que as fazem ter mais problemas que nós”, afirma.

Na Samsung o problema da falta de profissionais só não é maior, segundo Benjamin Sicsú, vice-presidente da companhia, porque a empresa possui um centro de pesquisas que ajuda na formação de pessoas. “Quem tem institutos desse gênero precisa treinar e contratar com antecedência”, explica. Apesar disso, ele diz que a empresa deverá aumentar o número de contratações e que a preocupação é especialmente com profissionais que entendam de semicondutores, porque “os profissionais de eletrônica são muito bons”, avalia.

A Philips conta que também não tem sofrido tanto porque acredita que ainda não chegou a hora em que precise de pessoas realmente especializadas. “Os produtos mais imediatos já estão prontos, como o set up box – talvez em dezembro e em 2008 é que precisaremos de mais desenvolvimento interno”, acredita Walter Duran, diretor de tecnologia da empresa.

De acordo com o executivo, quem realmente vai sofrer com a falta de profissionais são as radiodifusoras, que demandarão profissionais para o desenvolvimento do Ginga. “A chave do ouro está no middleware, que fica entre o sistema operacional e o hardware e vai determinar as aplicações”, descreve.

A Linear, fabricante nacional de equipamentos de transmissão de sinais para TV, contratou recentemente 23 pessoas para a linha de montagem e seis para desenvolvimento dos primeiros transmissores. O executivo diz que é difícil principalmente encontrar pessoas para o desenvolvimento, porque não existe formação para isso. “E a demanda ainda vai aumentar muito depois do início oficial das transmissões”, aposta.

Por dentro do Ginga

Ginga é o nome do middleware do Sistema Nipo-Brasileiro de TV Digital Terrestre (ISDB-TB) e Recomendação ITU-T para serviços IPTV. Ginga foi a primeira tecnologia brasileira a ser reconhecida internacionalemente, sendo hoje, recomendação mundial (ITU-T) para o desenvolvimento de aplicações interativas e adotada por diversos países ao redor do mundo.

Desde sua concepção, Ginga levou em consideração a necessidade de inclusão social/digital e a obrigação do compartilhamento de conhecimento de forma livre.

Ginga é uma tecnologia que leva ao cidadão todos os meios para que ele obtenha acesso à informação, educação à distância e serviços sociais apenas usando sua TV, o meio de comunicação onipresente do país.

Ginga é uma especificação aberta, de fácil aprendizagem e livre de royalties, permitindo que todos os brasileiros produzam conteúdo interativo, o que dará novo impulso às TVs comunitárias e à produção de conteúdo pelas grandes emissoras.

Apesar de ser a tecnologia mais avançada no mundo em seu propósito, o Ginga encontra barreiras dentro do seu próprio país. Devido ao grande lobby das grandes emissoras de radiodifusão privadas e das indústrias multinacionais de recepção, o Ginga não é obrigatório nos televisores vendidos hoje nas lojas. As grandes emissoras e as multinacionais não desejam que uma tecnologia de ponta e de fácil aprendizado chegue nas mãos dos pequenos produtores de conteúdo, TVs Comunitárias, etc. Eles não estão interessados em fazer a inclusão digital e social, o que foi e ainda é, o grande objetivo de quando o governo implantou o Sistema Brasileiro de Televisão Digital.

Brasileiros desenvolvem técnica inédita de interatividade para filmes


Há um bom número de espectadores que não se contentam em apenas assistir a uma história. Para esse público, os meios digitais começam a oferecer várias possibilidades que permitem que a plateia de um filme que passa na TV ou no cinema modifique cenas e comportamento dos personagens, dando um certo“gostinho” de dirigir a trama.

A boa notícia para esta turma é que pesquisadores do departamento de Informática do Centro Técnico Científico da PUC-Rio (CTC/PUC-Rio), em parceria com Unirio e UFSM, acabam de desenvolver o primeiro protótipo de um sistema do chamado Video-Based Interactive Storytelling, através de uma técnica inédita voltada para TV e cinema interativos, mas também aplicável em plataformas da internet. Neste sistema, o espectador é capaz de interagir via controle remoto, celular, voz ou gestos e modificar o curso da história assistida. O protótipo foi desenvolvido pelo aluno de doutorado em Informática pela PUC-Rio Edirlei Everson Soares de Lima (imagem acima) sob orientação do professor Bruno Feijó, a partir de outros resultados do Projeto Logtell. Em novembro deste ano, uma aplicação deste protótipo usando o middleware Ginga recebeu menção honrosa em inovação pela International Telecommunication Union (ITU) na competição “ITU IPTV Application Challenge”. No ano passado, Edirlei já havia sido premiado pela sua contribuição no desenvolvimento do game “Krimson”, que venceu a categoria “Melhor jogo para PC” no SBGames (Simpósio Brasileiro de Jogos e Entretenimento Digital).

Cena de Princess of Kidnapping
Cena de Princess of Kidnapping

E como funciona? O Video-Based Interactive Storytelling permite que vários espectadores alterem o rumo dos acontecimentos dentro de um mesmo filme. Para isto, são escritos filmes especiais, nos quais os atores são filmados em diferentes posições e com diversas expressões, em um ambiente com o fundo verde. Ao assistir, o público provoca mudanças no ambiente, altera o estado emocional dos personagens e toma decisões de tal maneira que a evolução da história pode surpreender até mesmo o seu próprio autor. Segundo o Prof. Bruno Feijó, esta técnica não muda o futuro do cinema, mas certamente cria uma nova forma de arte. “Escrever uma história deste jeito requer uma nova linguagem cinematográfica. Participar é diferente, pois aproxima o público e pode ser feito por várias pessoas ao mesmo tempo”, comenta Edirlei Soares.

As cenas podem ser modificadas através do reconhecimento de gestos ou de voz, na frente da tela, ou acionando algum dispositivo de controle. Por exemplo, se os espectadores exprimem rejeição com movimentos da cabeça, ações na história são mudadas. As transições de cenas são cinematograficamente coerentes com o clima e o desenrolar da história.

Confira no vídeo abaixo um curta metragem (bem simples) que ilustra a técnica.

Cinema bate recorde no Brasil em 2011

Nunca o brasileiro foi tanto ao cinema quanto agora, revela uma pesquisa da consultoria especializada no assunto, a Filme B. O ano passado, as bilheterias faturaram 1,4 bilhão de reais com a venda de ingressos, desempenho é inédito no país há pelo menos três décadas.

Em 2011, 333 filmes lançados nas salas de cinema (26 a menos que em 2010) e venderam cerca de 141,7 milhões de ingressos, 5% a mais em relação ao ano anterior. Aumentou também o número de salas no país: quase 200 salas abriram no ano para atender o crescimento da demanda impulsionada pelos consumidores da classe C. As produções internacionais dominaram a lista dos dez filmes mais vistos. Com direção do brasileiro Carlos Saldanha, mas totalmente produzida nos Estados Unidos,

A animação "Rio", dirigida pelo brasileiro Carlos Saldanha, mas totalmente produzida nos Estados Unidos, liderou o ranking geral, com bilheteria de 68,7 milhões de reais – detalhe que os ingressos eram mais caros pelo filme ser em 3D. O faturamento foi superior ao blockbuster internacional Amanhecer e Harry Porter (veja a lista completa abaixo).

As 98 estreias de filmes nacionais arrecadaram juntas 164 milhões de reais, a segunda melhor renda dos últimos 20 anos. O público só perde para os de 2010 e 2003 (ano de "Carandiru", "Lisbela e o Prisioneiro" e "Os Normais").

Portabilidade numérica atinge mais de 5 milhões de pedidos em 2011

A portabilidade numérica atingiu o número de 5,37 milhões de migrações concluídas em 2011, segundo dados divulgados pela ABR Telecom (Associação Brasileira de Recursos em Telecomunicações) nesta segunda-feira (9). Desse total de números portados, 1,99 milhão (37%) correspondem aos telefones fixos, enquanto que outros 3,38 milhões (63%) à telefonia móvel. O valor registrado no ano passado é 18,37% superior que o registrado em 2010, quando 4,54 milhões de transferências foram efetivadas.
De acordo com o levantamento, o número de migrações realizadas no ano passado superou o registrado na série histórica da portabilidade numérica, desde setembro de 2008, quando o serviço começou a ser disponibilizado aos usuários de telefonia no Brasil. No ano seguinte, o primeiro com possibilidade de transferência de operadora com a manutenção do número de telefone em todo o País, os brasileiros realizaram 3,28 milhões de migrações, isto é, 38,90% menos que em 2011, o terceiro ano de existência do serviço.


Trimestres

Entre outubro e dezembro de 2011, o levantamento constatou que os usuários de telefones realizaram 1,27 milhão de transferências entre operadoras, solicitando a manutenção do número de identificação dos aparelhos, das quais 63% a partir da solicitação de usuários de aparelhos móveis e 37% de assinantes do serviço fixo. O trimestre que apresentou maior volume de migrações no ano passado foi o terceiro, com 1,51 milhão de portabilidades numéricas efetivadas entre operadoras de telefones fixos e móveis.


Regras

Para fazer a portabilidade, o usuário deve procurar a operadora de telefonia para onde deseja migrar, fazer a solicitação e informar o nome completo. É necessário comprovar a titularidade da linha telefônica e informar o número do documento de identidade, número do registro no cadastro do Ministério da Fazenda (no caso de pessoa jurídica), endereço completo do assinante do serviço, número do telefone e nome da operadora da qual está saindo.
O processo de portabilidade deve ser efetivado no prazo de três dias úteis ou pode ser agendado para depois do período, conforme a conveniência do usuário. A operadora para a qual o usuário deseja migrar deve fornecer, no ato do registro da solicitação de portabilidade, um número de protocolo para que o processo de transferência possa ser acompanhado.

Londres contará com a maior conexão Wi-Fi gratuita da Europa

A operadora de telefonia celular O2, filial da Telefônica na Grã-Bretanha e na Irlanda, terá em Londres a maior zona de conexão à internet sem fio (Wi-Fi) gratuita da Europa, informou a companhia nesta sexta-feira.

A O2 chegou a um acordo com a prefeitura de Westminster e de Kensington & Chelsea para que milhões de moradores e visitantes desses dois cêntricos bairros da capital britânica possam ter conexão gratuita de seus telefones celulares, computadores portáteis e tablets.

Em comunicado na sua página da internet, a O2 explicou que o custo do acordo não recairá sobre o contribuinte e que, graças a ele, os turistas que viajarem para Londres "poderão aproveitar ao máximo da oferta da cidade". A operadora lembrou que a cidade realizará este ano dois eventos importantes: os Jogos Olímpicos e o Jubileu de Diamantes da rainha Elizabeth II da Inglaterra.

A instalação da rede Wi-Fi em Westminster e Kensington & Chelsea começará este mês e sua entrada em funcionamento será gradual, segundo a O2. A vereadora da prefeitura de Westminster Philippa Roe afirmou que este distrito, além de receber numerosos turistas, é lar de 250 mil moradores, "emprega mais de meio milhão de pessoas e vê o início de 4 mil negócios a cada ano".

"Os visitantes de Londres poderão facilmente compartilhar suas fotografias dos eventos olímpicos através das redes sociais", afirmou Philippa. Já um responsável pela O2, Derek McManus, classificou o acordo como "inovador" e ressaltou que permitirá proporcionar "conectividade de alta qualidade por toda Londres a tempo para os Jogos Olímpicos de 2012".

10 de janeiro de 2012

A jornalista ressalta a necessidade da interação entre 
profissionais de diferentes áreas (Foto: Renato Velasco)

Jornalista e professora do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Yvana Fechine é especialista em mídias digitais. Autora de um artigo sobre o tema, publicado no livro “Estudos de Televisão – Diálogos Brasil-Portugal” (Editora Sulina, 2011, com selo do Globo Universidade), a pesquisadora conversou com o Globo Universidade sobre os avanços e desafios relativos à implementação da TV digital no Brasil.

Globo Universidade - Além de atuar na academia como professora e pesquisadora, você já trabalhou em diversas empresas de comunicação. A experiência prática complementa a parte teórica das suas pesquisas atuais? De que maneira isso contribui para o seu trabalho?

Yvana Fechine - Essa experiência prática sempre influenciou, direta ou indiretamente, o meu olhar de pesquisadora, despertando o meu interesse em torno de certos objetos e problemas de pesquisa. Não por acaso, todos os meus trabalhos, desde que me dediquei à vida acadêmica, possuem um lastro muito claro na instância da produção e costumam aliar a reflexão crítico-teórica com uma preocupação propositiva. Tenho tentado também cultivar uma interlocução frequente com os profissionais de Comunicação, pois acredito que, embora existam ainda reservas de ambas as partes, a aproximação entre o mercado e a academia pode ser muito produtiva.

GU – Em artigo publicado no livro Estudos de Televisão, você problematiza a TV digital. A seu ver, como está a produção de pesquisas sobre este tema atualmente?

YF - Considero que, de modo geral, as pesquisas sobre esse tema na Comunicação são ainda muito poucas diante da sua importância. Os primeiros estudos sobre TV digital concentraram-se no campo da Economia Política da Comunicação, subárea na qual permanecem, ainda hoje, predominantes e com produção mais regular.

GU - No seu artigo, você fala sobre multiprogramação. Pode explicar melhor o que é isso?

YF - Com a tecnologia analógica, cada concessionário pode transmitir apenas um conteúdo audiovisual na banda de 6MHz disponível no espectro para cada canal de televisão. Na tecnologia digital, a mesma banda de 6MHz pode transmitir múltiplos fluxos informacionais audiovisuais. É o que chamamos de multiprogramação. Um canal de TV analógica terrestre, quando digitalizado, oferece uma largura de banda de, aproximadamente, 20 Mbps (Megabits por segundo). No SBTVD-T, a banda é composta por 13 segmentos de transmissão, sendo um deles reservado para dispositivos móveis e portáteis, o chamado 1-seg. Restam doze segmentos por meios dos quais pode ocorrer a transmissão dos dados de áudio e vídeo em combinações flexíveis. Por serem flexíveis, os segmentos de transmissão podem ser arranjados em um fluxo informacional principal, que denomino “canal principal”, bem como em fluxos informacionais secundários, que denomino “subcanais”. O desafio, a meu ver, é aproveitar esses múltiplos fluxos informacionais para oferecer mais conteúdo ao espectador, quer seja na forma de outra programação, quer seja aproveitando os fluxos informacionais secundários para oferecer conteúdo articulado com a grade de programação.

A jornalista ressalta a necessidade da interação entre 
profissionais de diferentes áreas (Foto: Renato Velasco)

GU – No seu artigo, você aponta a necessidade da interação entre profissionais e pesquisadores de Comunicação e de Tecnologia. Pode explicar melhor de que modo a interdisciplinaridade contribui para a qualidade da TV digital?

YF - A necessidade de uma interlocução de caráter mais interdisciplinar aparece, sobretudo, na produção de conteúdos inovadores. A TV, agora, é também um computador, e não há como propor formatos interativos integrados sem o desenvolvimento de softwares (aplicativos). Se os produtores de Comunicação e os profissionais de Informática, bem como os pesquisadores das duas áreas, trabalharem juntos em projetos que explorem formatos interativos e colaborativos, poderemos desenvolver protótipos capazes de pressionar os atuais modelos de negócios, forçando avanços em direção, de fato, a formas de convergência.

GU – Na sua opinião, quais foram as principais mudanças implementadas pela digitalização da TV no Brasil?

YF - Infelizmente, com exceção da imagem em alta definição, são poucas as mudanças usufruídas pelo grande público que observamos até aqui. Sem a disposição para discutir – e eventualmente rever – questões espinhosas, que envolvem das políticas de comunicação aos modelos de negócios, será muito difícil a experimentação de formas e formatos que tirem proveito, por exemplo, de potencialidades técnico-expressivas da TV digital. Os experimentos com a interatividade são ainda muito tímidos, sem atrativos e pouco difundidos. Além disso, a multiprogramação, outra propriedade da TV digital capaz de estimular a diversidade da produção e abrir excelentes portas para experimentação com conteúdos adicionais, ainda não está ao alcance do público e carece de um debate amplo e qualificado.

GU – Quais são as principais diferenças entre os processos de digitalização da TV no Brasil e na Europa/Estados Unidos?

YF - O processo brasileiro de implantação da TV digital foi marcado por muitas críticas quanto ao conservadorismo do Governo em suas escolhas e decisões estratégicas que pareceram, à época, atender mais ao desejo dos radiodifusores de “mudar sem mudar”, ou seja, sem alterar as regras ou o sistema de distribuição dos canais de difusão nem o modelo de negócios das emissoras. A despeito dessas críticas, não se pode negar que, tecnologicamente, o modelo de TV digital adotado no Brasil é um dos mais avançados do mundo. Trata-se de um sistema que integra elementos do padrão japonês, sobretudo nos aspectos de modulação, mas que possui um maior poder de compressão dos dados e um middleware (software instalado nos conversores e televisores digitais sobre o qual as aplicações interativas são executadas) inovador, o Ginga. No Brasil, o formato de compressão adotado é o MPEG-4 AVC/H.264, que é mais eficiente em termos de compactação e compressão dos dados do que o MPEG-2, adotado em outros países, o que nos permite enviar mais informações (conteúdos) em uma mesma faixa de transmissão. Para se ter uma ideia mais concreta, com a tecnologia de compressão adotada na TV digital brasileira, é possível transmitir até dois programas em alta definição (HDTV), simultaneamente, ou, se for a preferência, um programa em HDTV e pelo menos dois outros em definição padrão (SDTV). Com o formato de compressão MPEG-2 é possível transmitir apenas um programa em alta definição.

GU - Pode citar alguma experiência de novo gênero ou formato bem sucedido na televisão digital?

YF - Proponho considerar que um “formato bem sucedido na TV digital” é aquele que foi criado ou pensado para tirar proveito das potencialidades técnico-expressivas da TV digital, que são, principalmente, a alta definição, a multiprogramação, a interatividade e a mobilidade. Infelizmente, não considero que há, de fato, um formato realmente inovador e bem sucedido explorando tudo isso. Programas jornalísticos e transmissões esportivas têm explorado, ainda que de modo limitado, recursos interativos para disponibilização de conteúdos adicionais, sobretudo. Um formato, porém, que merece nossa atenção, até porque já surge com vocação para a convergência, é o reality show Big Brother Brasil. Embora sua interatividade não seja direta, isto é, não se pode votar nem interagir a partir da própria TV, não há dúvidas de que o programa já surgiu como um formato multiplataforma e é um legítimo exemplo da convergência propiciada pela digitalização dos meios. É um formato que consegue compatibilizar, por exemplo, a lógica do fluxo – na TV aberta – com a lógica da demanda – nos canais pagos e na Internet. O programa também articula um agenciamento interativo com um conteúdo compartilhado massivamente, integrando formas de participação individual em atividades coletivas. No Big Brother Brasil, o espectador interage individualmente, mas, no final, compartilha um repertório coletivo. O reality show também permite diferentes níveis de envolvimento, o que é muito favorável nesse momento de transição que vivemos, no qual a TV distribui seus conteúdos em outras plataformas. O espectador pode se envolver ativamente, através de votações, blogs, redes sociais, mas pode também apenas assistir à “novelinha” na TV aberta.

GU – A seu ver, quais são as potencialidades da TV digital ainda pouco exploradas no Brasil ?

YF - Como já mencionei antes, a interatividade e a multiprogramação me parecem propriedades técnico-expressivas da TV digital capazes de qualificá-la e, por isso, deveriam ser objeto de maior atenção, interesse e experimentação, mesmo que laboratorial. Ainda que não haja, em função de uma série de dificuldades (como a regulação e os modelos de negócios) um horizonte de implementação tão claro e imediato, pois o tempo de pensar o amanhã é hoje.

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