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Nova edição do Comunica PET!

Edição especial da Semana da Comunicação 2013

Premiação do Intercom Manaus

Unesp de Bauru ganha prêmios em categorias de produtos no Intercom 2013

Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental

Mais uma parceria inédita na Secom 2013

Parceria entre Secom e interdesigners

Dois eventos terão atividades conjuntas durante a Semana da Comunicação 2013

Projeto Morrinho

Projeto dismistifica a visão da favela como um lugar somente de violência através de ações culturais

26 de fevereiro de 2012

Calendário de atividades do Grupo PET/RTV de março


Redação SICOM PET

O Grupo PET/RTV vai oferecer aos alunos da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação durante os meses de fevereiro e março uma programação com oficinas, minicurso, sessões de cine clube e ciclo de debates.

A primeira semana de aula será destinada para a recepção dos calouros. Serão oferecidas três oficinas de introdução aos principais softwares usados durante a graduação. O objetivo do grupo PET é apresentar aos alunos o que os espera, e ajudar na integração com os outros graduandos.

No mês de março dá-se inicio as principais atividades do grupo, como o Curso de Cenografia Digital. Ministrado pela Profa. Dra. Daniele Fernandes docente colaboradora do Grupo PET/RTV, o curso tem como foco desenvolver o know-how necessário para a prática efetiva da produção de cenários para a TV digital.

Ainda em Março, o grupo traz para o ciclo de debates Rodolfo Avelino, integrante do grupo Software Livre Brasil. O debate tem como tema o PIPA e SOPA, projetos de lei que estão no Congresso dos Estados Unidos e provocaram manifestações ou interrupções de serviços de sites importantes como Google, Wikipedia e Craigslist.

Durante todo o mês, o grupo PET também terá grupos de estudos voltados para tecnologias digitais. Além do Cine PET com o filme “Quarta B” tendo como convidado Flávio Queiroz. As atividades promovidas pelo grupo variam entre gratuitas e pagas, com valores simbólicos para o grupo viabilizar as atividades.

>> FEVEREIRO 

Participação na Semana de Recepção dos Calouros FAAC
28/2 – Oficina de Photoshop (nível básico) 

Horário: 18h-22h
Local: Laboratório de Editoração Audiovisual (LEA)

29/2 – Oficina de Premiere (nível básico) 
Horário: 18h-22h
Local: Laboratório de Editoração Audiovisual (LEA)

01/3 – Oficina de StopMotion
Horário: 18h-22h
Local: Laboratório de Editoração Audiovisual (LEA)

>>MARÇO 

2/3 – Grupo de Estudos e Pesquisa em Roteiros de Formatos Digitais 
Coordenador: Prof. Dr. Francisco Machado Filho 
Horário: 14h-18h
Local: Sala 67

8/3 – Discussão Pedagógica 
Horário: 18h-22h
Local: Sala do PET

7/3 - Grupo de Observação em Economia Criativa (NeoCriativa)
Horário: 17h-19h
Local: Sala de Reuniões do Departamento de Comunicação Social

9/3 – Curso Cenografia Digital 
Coordenadora: Profª Drª Daniele Fernandes
Horário: 14h-18h
Local: Sala 74
12/3 - Grupo de Estudos em Plataformas Digitais 
Coordenador: Prof. Dr. Willians Balan 
Horário: 19h-22h
Local: Sala do NEPP

13/3 – Oficina PET
Temática: Oficina de Video Mapping

Convidado: Vinicius Santana de Medeiros Luz
"Formado em Rádio e TV pela Unesp de Bauru e é uma das forças do vídeo mapping no Brasil. Em parceria com Edmosh, criou a VJZARIA para fazer a direção executiva e artística de projetos de vídeo mapping. A empresa é residente da festa OUT Open Air de Bauru e já esteve presente em festas e eventos como o XXXperience Special Edition 2010 (SP), Soulvison Festival (SP), Atchuca Oper Air (PR), TribalTech Curitiba (PR), Universo Paralello (BA), Viradão Esportivo (RJ), Rio Music Conference 2010 (RJ), Festival Canja (Show Emicida), Virada Cultural Paulista 2010 (Bauru), entre outros. Vinicius recria a arquitetura do ambiente a ser projetado com técnicas de videografismo que, aliada às técnicas de VJ, interagem perfeitamente com cada detalhe da superfície. Recentemente, esteve em Paris para participar do Video Mapping Trophy, um torneio mundial de Video Mapping, realizado pela conceituada VLS, onde conquistou a segunda colocação".
Horário: 19h-22h 
Local: Espaço Santander

14/3 - Grupo de Observação em Economia Criativa (NeoCriativa)
Horário: 17h-19h
Local: Sala de Reuniões do Departamento de Comunicação Social

16/3 – Grupo de Estudos e Pesquisa em Roteiros de Formatos Digitais 
Coordenador: Prof. Dr. Francisco Machado Filho
Horário: 14h-18h
Local: Sala 74

20/3 – I Ciclo de Debates PET 2012
Temática: Projetos de Lei Sopa/PIPA
Convidados:
Rodolfo Avelino 
Integrante do grupo Software Livre Brasil. Coordenador pedagógico do Programa Nacional de Formação para Inclusão Digital pelo Pólo São Paulo do Telecentros .BR. Coordenador do Congresso Internacional de Software Livre (CONISLI) , sendo coordenador geral (desde 2003) pelo Coletivo Digital. Professor na Universidade Cidade de São Paulo (UNICID), na Faculdade Sumaré e Colégio FECAP. Pós-graduando no curso de Televisão Digital: Informação e Conhecimento da FAAC-UNESP. 

Juarez Tadeu de Paula Xavieir 
"Coordenador do Curso de Jornalismo da FAAC/Unesp, docente da disciplina de Jornalismo Especializado no curso de Comunicação Social-Jornalismo pela mesma Universidade. Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Jornalismo Especializado (Comunitário, Rural, Empresarial, Científico, Economia Criativa, Cultural), e atua nos seguintes temas: afrodescendentes, racismo, fundamentos do jornalismo, esfera pública, cidadania e esfera política, mídia radical, economia criativa, gestão cultural". 

Maira Gregolin Brazil

Horário: 19h-22h
Local: Sala 1
21/3 - Grupo de Observação em Economia Criativa (NeoCriativa)
Horário: 17h-19h
Local: Sala de Reuniões do Departamento de Comunicação Social

23/3 – Curso Cenografia Digital 
Coordenador: Profª Drª Daniele Fernandes
Horário: 14h-18h
Local: a definir

26/3 - Grupo de Estudos em Plataformas Digitais 
Coordenador: Prof. Dr. Willians Balan
Horário: 19h-22h
Local: Sala do NEPP

27/3 – CINE PET
Discussão: filme “Quarta B”, 2005 

Convidado: Flávio Queiroz
Horário: 19h-22h
Local: Sala 1

Sinopse:
“O faxineiro de um colégio encontra um pacote de maconha debaixo de uma das carteiras. O diretor do colégio resolve, então, reunir os pais de todos os alunos para tentar resolver o problema, já que ele não pretende acusar erroneamente nenhum dos alunos e nem atrair problemas para a escola. Através desse encontro por um motivo não muito usual, ocorre não só a discussão sobre a maconha em si, mas também sobre o que é certo e errado, o que ainda é tabu e os diversos preconceitos recorrentes”. 

28/3 - Grupo de Observação em Economia Criativa (NeoCriativa)
Horário: 17h-19h
Local: Sala de Reuniões do Departamento de Comunicação Social

30/3 – Grupo de Estudos e Pesquisa em Roteiros de Formatos Digitais 
Coordenador: Prof. Dr. Francisco Machado Filho
Horário: 14h-18h
Local: Sala 74 

Investimentos estrangeiros em telecom somaram R$ 11,27 bilhões em 2011



Por Wilian Miron do TELA VIVA News

O ingresso de investimentos estrangeiros na área de telecomunicações no Brasil somou R$ 11,266 bilhões (US$ 6,6 bilhões) em 2011. Os dados fazem parte do balanço anual de contas externas do Banco Central - o documento informa apenas os valores totais das transações internacionais, sem especificar em qual área o dinheiro foi usado: investimento em ações, aquisição de equipamentos fabricados no Brasil ou investimentos das matrizes em suas operações locais.


De acordo com o BC, os aportes estrangeiros aumentaram dez vezes na comparação entre o ano passado e 2010, quando a entrada de dinheiro do exterior atingiu R$ 1,125 bilhão (US$ 659 milhões). Esta aceleração fez o segmento representar 35,5% dos R$ 28,848 bilhões (US$ 16,9 bilhões), quantia total de ingressos de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, registrados no ano passado.

De outro lado, as operadoras remeteram R$ 4,165 bilhões (US$ 2,44 bilhões) ao exterior, para pagamento de lucros e dividendos, valor praticamente equivalente ao dobro do registrado em 2010. Analistas ouvidos por TELETIME descartam, pelo menos em um primeiro momento, a redução de investimentos das companhias de telecom no Brasil em 2012. Pelo contrário, os aportes em redes, principalmente, devem ser mantidos e em alguns casos priorizados, devido ao arrefecimento das grandes economias do mundo.

Mais detalhes sobre as perspectivas do mercado financeiro para o setor de telecom em 2012 estão na edição de fevereiro da revista TELETIME, que já está em circulação.

24 de fevereiro de 2012

Abertas inscrições para 'Curso PET de Cenografia Digital'


Estão abertas as inscrições para o curso de “Cenário Digital” organizado pelo Grupo PET/RTV e pelo Departamento de Comunicação Social da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Unesp, campus de Bauru. 

O curso tem a finalidade de apresentar aos participantes conhecimentos teóricos, técnicos e práticas profissionais necessárias para a produção de cenários físicos e virtuais para a TV digital. As aulas são encontros de estudo dos processos teórico-práticos sobre a produção cenográfica, da concepção de croquis, passando pela produção do desenho técnico, até as formas de construção de cenários físico ou computacionais. 

O repertório adquirido focará a produção de cenários digitais físicos e híbridos (físico e digital) que dê conta de explorar as especificidades da produção de imagem e da linguagem audiovisual da TV digital. A TVD incorpora apresenta imagens com melhor definição, recursos de interatividade e recepção em dispositivos portáteis, elementos que impõe novos desafios para a produção cenográfica televisual. 

A atividade justifica-se pela urgência da qualificação de profissionais capazes de lidar com as especificidades da linguagem e da técnica intrínsecas à produção audiovisual para TV digital. O objetivo didático-pedagógico é inserir a temática nos cursos de graduação em comunicação e áreas afins da FAAC-UNESP, cujos currículos ainda se concentram em produção cenográfica para a TV analógica. 

O curso de Cenografia Digital conta com o apoio do Departamento de Comunicação Social e será ministrado pela arquiteta e semioticista Profa. Dra. Daniele Fernandes, docente colaboradora do Grupo PET/RTV e destina-se à professores, estudantes de graduação e de pós-graduação da Unesp, principalmente os de Radialismo, Relações Públicas, Jornalismo, Design, Arquitetura, Artes, Computação, Engenharia, Educação, Pedagogia e profissionais do mercado interessados em produzir cenografia para TV digital.

CRONOGRAMA:

Inscrições:
Para se increver, é preciso preencher a ficha de inscrição disponível no link abaixo, imprimir, entregar no Departamento de Comunicação Social nos horários de atendimento juntamente com a taxa de R$ 50,00.
Total de Vagas: 30
Inscrições até 07 de março


Ao final do curso, o participante receberá certificado com carga horária de 32 horas.


FICHA DE INSCRIÇÃO


Grupo PET-Rádio e Televisão
Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação
Departamento de Comunicação Social
Contatos:
Telefone: 3103-6066 Ramal: 7204
Portal de Notícias: www.petrtv.com.br
Twitter@PET_RTV

Grupo PET seleciona bolsista de Rádio e TV

Veja o Edital PET

O Grupo PET RTV está com as inscrições abertas para o preenchimento de uma vaga de bolsista do segundo ano (terceiro semestre) do curso de Rádio e Televisão. 
O processo seletivo é composto por três etapas eliminatórias. A primeira, que acontece dia 05 de março, consta de uma prova de Conhecimentos Gerais nas áreas de atuação do Grupo. Os candidatos classificados serão convocados para a etapa de entrevista e análise do histórico escolar e currículo, que acontecem dia 07 de março.

Acompanhe a entrevista com o Professor Antonio Francisco Magnoni, docente do Departamento de Comunicação Social e Tutor do Grupo:

 

As inscrições vão até o dia 02 de março e são realizadas no Departamento de Comunicação Social da FAAC. Para se candidatar à vaga oferecida, é preciso ter disponibilidade de 20 horas semanais, média anual igual ou superior a 7,0 e não ter reprovação no histórico. É necessário apresentar o histórico escolar e currículo documentado. O valor da bolsa PET é de R$ 360,00 mensais de janeiro a dezembro.

Outras informações sobre o processo seletivo estão disponíveis no Edital PET

Grupo PET-Rádio e Televisão
Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação
Departamento de Comunicação Social
Contatos:
Telefone: 3103-6066 Ramal: 7204
Portal de Notícias: www.petrtv.com.br
Twitter@PET_RTV

23 de fevereiro de 2012

PET/RTV abre inscrições para processo seletivo para atividades profissionalizantes orientadas

Confira o edital completo

O Programa de Educação Tutorial (PET) de Rádio e Televisão e o Departamento de Comunicação Social (DCSO) lançam o Sistema de Comunicação PET/RTV – DCSO (SICOM PET - DCSO), um núcleo experimental de Comunicação interna e externa para formação extracurricular dos estudantes dos Cursos de Jornalismo, Relações Públicas e Radialismo do Departamento de Comunicação Social da FAAC/UNESP de Bauru. 

O SICOM-PET é um projeto de pesquisa e extensão para realizar divulgação noticiosa especializada; experimentação e pesquisa de tecnologias digitais, teleducação virtual e de recursos para interatividade; estudo e desenvolvimento de gêneros, formatos e linguagens para produção e difusão digital de programação audiovisual e escrita, tanto no campo artístico quanto no jornalístico; estudo da cadeia tecnológica e produtiva e das políticas e estratégias de comunicação. No SICOM os estudantes vão participar da produção e gerenciamento de materiais informativos audiovisuais, audiofônicos, impressos e digitais. 

A principal finalidade do Sistema de Comunicação é criar meios e processos, desenvolver métodos, teorias e tecnologias para permitir aos discentes bolsistas, voluntários e participantes das atividades do PET-RTV que pensem e desenvolvam projetos e produtos comunicativos adequados aos diversos públicos, veículos e suportes analógicos e digitais em um exercício completo de gêneros, linguagens e formatos. 

O que se pretende é o desenvolvimento de métodos e teorias para a criação de produtos adequados para os diversos meios e suportes, com produção de conteúdos para divulgação interna e externa nos principais meios de comunicação de Bauru, além de produzir conteúdos para a Assessoria de Comunicação e Imprensa da Reitoria da Universidade. Tais conteúdos servirão como matéria-prima para a criação de pré-pautas e pautas para os cinco produtos de comunicação oficiais da ACI Reitoria (Revista UNESP Ciência; Jornal UNESP, UNESP Notícias, Podcast UNESP e Portal UNESP). 

Durante a produção, os alunos exercitarão a divisão de tarefas existentes em cada veículo jornalístico, além do espaço de contato com os preceitos éticos e deontológicos exigidos durante a elaboração de conteúdos informativos e de relevância social. A proposta é criar estruturas de comunicação de alcance interno e externo por meio de parceria com Projetos e Grupos Acadêmicos e Grupos de Produção Artístico-cultural além do âmbito universitário. 

Para viabilizar a produção das atividades previstas, os integrantes do SICOM-PET terão parte da carga horária de atividades destinada à participação dos Grupos de Estudos e Pesquisa do PET/RTV, cujas linhas temáticas terão como objetivo aliar ensino e pesquisa em áreas essenciais para a formação do profissional atuante na área de Comunicação Audiovisual. Está prevista a realização dos seguintes Grupos: 1)“Grupo de Estudos e Pesquisa em Roteiros para Formatos Audiovisuais”; 2)“Grupo de Estudos e Pesquisa em Plataformas Digitais e de seus Arranjos Criativos”; e 3)“Grupo de Estudos e Pesquisa em Edutretenimento”. 

Ao término das atividades, cumprida as metas estabelecidas e a carga horária mínima de atividades, o integrante voluntário receberá 1) certificado de participação nas atividades de Pesquisa e Extensão do Grupo PET/RTV; 2) certificado de participação de atividade profissionalizante no SICOM-PET emitido pelo Departamento de Comunicação Social; 3) declaração de estágio orientado na Rádio Unesp FM emitido pelo Departamento de Jornalismo para aqueles que desenvolverem atividades na Emissora.

Informações complementares sobre o processo seletivo para o SICOM PET/DCSO estão no EDITAL

Inscrições abertas para Grupos de Estudos e Pesquisa PET/RTV


O Programa de Educação Tutorial (PET) de Rádio e Televisão abre inscrições para a participação de estudantes de graduação e pós-graduação da Unesp em um dos três Grupos de Estudos e Pesquisa (GEPes) programados para os dois semestres de 2012:

1) Grupo de Estudos e Pesquisa em Roteiros para Formatos Audiovisuais:
O foco da atividade será o desenvolvimento de habilidades e competências para atuar como roteirista de televisão e vídeo, desde a elaboração dos diversos tipos de roteiros até sua produção. O grupo se reunirá quinzenalmente às sextas-feiras das 14 às 18 horas.
Início: 02 de março
Local: Sala 74
Coordenador: Prof. Dr. Francisco Machado Filho, 
‘Doutor em Comunicação Social, linha de pesquisa TV Digital, pela Universidade Metodista de São Paulo - UMESP. Possui graduação em Comunicação Social Habilitação Rádio e Tv - FAESA - Faculdades Espírito Santense (1999) e Mestrado em Mídia e Cultura pela UNIMAR - Universidade de Marília (2006). Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Rádio e Televisão, atuando principalmente nos seguintes temas: TV Digital, Midias Digitais e internet’.

2) Grupo de Estudos em Plataformas Digitais:
A finalidade será colocar os alunos em contato com os estudos, tecnologias e aplicações para as novas plataformas digitais. O grupo se reunirá quinzenalmente às segundas-feiras das 19 às 22 horas.
Início: 12/03
Local: Sala do NEPP
Coordenador: Prof. Dr. Willians Cerozzi Balan
‘Mestre em Poéticas Visuais pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1997). Doutor em Comunicação Social, Linha de Pesquisa: Processos da Comunicação Científica e Tecnológica, projeto temático: TV Digital, pela UMESP - Universidade Metodista de São Paulo (2011). Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Videodifusão, atuando principalmente nos seguintes temas: produção de TV, roteiro, televisão, ensino à distância, teleconferência, videoconferência, transmissão ao vivo para TV e Web’.

3) Núcleo de Observação em Economia Criativa (NeoCriativa):
Grupo focado em discussões dos conceitos de Economia Criativa e arranjos produtivos locais. 
Encontros:
Local: Sala de Reuniões do Departamento de Comunicação Social
"Coordenador do Curso de Jornalismo da FAAC/Unesp, docente da disciplina de Jornalismo Especializado no curso de Comunicação Social-Jornalismo pela mesma Universidade. Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Jornalismo Especializado (Comunitário, Rural, Empresarial, Científico, Economia Criativa, Cultural), e atua nos seguintes temas: afrodescendentes, racismo, fundamentos do jornalismo, esfera pública, cidadania e esfera política, mídia radical, economia criativa, gestão cultural".

Inscrições:
Os interessados em participar de um dos GEPes do PET precisam preencher a ficha de inscrição disponível no link abaixo e enviar para o email petrtv@faac.unesp.br com o assunto “ Inscrição GEPes”

FICHA DE INSCRIÇÃO

Outras informações podem ser obtidas pelos contatos e Redes Sociais do Grupo PET.

Grupo PET-Rádio e Televisão
Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação
Departamento de Comunicação Social
Contatos:
Telefone: 3103-6066 Ramal: 7204
Portal de Notícias: www.petrtv.com.br
Twitter: @PET_RTV

PET realiza Ciclo de Oficinas de introdução ao Stop Motion

Da Redação SICOM PET

O grupo PET-RTV oferece uma programação especial na Semana de Recepção de Calouros 2012 da FAAC/Unesp, Bauru. Pela primeira vez, o Grupo organiza um Ciclo de Oficinas de softwares básicos com os quais os calouros de Comunicação terão contato direto durante os anos de graduação. 

Neste ano, o foco do Ciclo é Introdução ao Stop Motion, uma técnica de animação quadro a quadro com recurso de máquina de filmar, fotografar ou por programas de computador. A animação em Stop motion é uma opção barata e criativa para  produção de vídeos.

A atividade conta com o apoio do Departamento de Comunicação Social e será dividida em três dias com os seguintes enfoques:

Primeiro Dia -  28 de fevereiro
Oficina de Adobe Photoshop CS2 
HORÁRIO: 18h-22h 
LOCAL: Laboratório de Editoração Audiovisual (LEA)

Segundo Dia -  29 de fevereiro 
Oficina de Adobe Premiere Pro
HORÁRIO: 18h-22h
LOCAL: Laboratório de Editoração Audiovisual (LEA)

Terceiro Dia -  1 de março 
Oficina com foco em Stopmotion
HORÁRIO: 18h-22h
LOCAL: Laboratório de Editoração Audiovisual (LEA)

As inscrições, no valor único de 10 reais, serão realizadas no dia 28 de fevereiro, terça-feira, na Cantina da FAAC, no período da manhã. Também podem participar estudantes de outros anos e cursos da Universidade.

As vagas são limitadas a 15 participantes. Ao final do Ciclo de Ofinas, todos vão receber certificados de 12 h/a.

Para outras informações sobre a atividade e o Grupo PET/RTV, acesse nossos canais de comunicação:

Grupo PET-Rádio e Televisão
Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação
Departamento de Comunicação Social
Contatos:
Telefone: 3103-6066 Ramal: 7204
Portal de Notícias: www.petrtv.com.br
Twitter: @PET_RTV


Uma nova ordem no mercado editorial brasileiro

Nova agência, acordos internacionais e chegada da livraria Amazon aquecem o ‘negócio’

André Miranda, de O Globo

O boom dos livros no Brasil e no mundo
Em 2012, a nova realidade do mercado editorial brasileiro vai permitir que um autor seja representado por um agente baseado em Nova York, tenha seu original aprovado por um executivo morando em Portugal, assine um contrato com uma empresa da Espanha e seja imediatamente traduzido para uma editora na Inglaterra. Com a iminente chegada de um gigante da venda de livros virtuais, a nova realidade do mercado pode permitir, ainda, que a obra daquele autor seja lida com facilidade em qualquer canto do país, com um simples toque num botão de um tal Kindle.

Como tem sido repetido por aí em outras áreas, o Brasil também se tornou a “bola da vez” nos livros. A última etapa desse movimento foi o anúncio, na última semana, de que a jornalista Luciana Villas-Boas deixará o poderoso cargo de diretora editorial do Grupo Record, um dos maiores do país, para se dedicar a uma nova agência literária, chamada Villas-Boas & Moss. Hoje, o mercado brasileiro conta apenas com uma agência de relevância para livros estrangeiros e nacionais, a Agência Riff, cujos autores incluem Ariano Suassuna, Carlos Drummond de Andrade, Rubem Fonseca, Luis Fernando Verissimo, Lya Luft e Zuenir Ventura.

– Não fazia sentido o Brasil ainda estar desprovido de mais agências – afirma Lucia Riff, fundadora da Agência Riff. – O fato é que as editoras brasileiras estão mais sólidas, com expectativa de crescimento. A estabilidade da economia, o edital da Biblioteca Nacional de apoio a traduções e o surgimento dos e-books favorecem o mercado. É curioso que, enquanto vemos uma Europa em crise, aqui temos uma meta a ser alcançada para os livros. Temos um público a conquistar, diferentemente de outros países.

Luciana Villas-Boas, por sua vez, prefere não revelar ainda quem serão os autores de sua agência, mas é praticamente certo que Edney Silvestre, Alberto Mussa, Francisco Azevedo e Rafael Cardoso, todos escritores publicados pela Record, estarão entre eles. Ela admite que o bom momento do setor pesou em sua decisão de montar a empresa, mas faz um alerta quanto a comentários nacionalistas que vem ouvindo sobre o investimento de grupos estrangeiros no Brasil:

– O impacto de uma internacionalização da indústria brasileira do livro é positivo para aumentar a profissionalização das relações. Nos EUA, a maior parte da indústria editorial já está completamente desnacionalizada. Há poucas editoras de peso que não foram compradas por grupos estrangeiros. Isso não afeta a literatura americana – diz.

Editoras preparam reestruturação
A nova agente literária se refere às aquisições recentes de editoras brasileiras por grupos estrangeiros. No ano passado, a editora portuguesa Leya, que tem operações no Brasil desde setembro de 2009, comprou 59% das ações da editora carioca Casa da Palavra e ainda passou a cuidar dos lançamentos das obras da Barba Negra, empresa especializada em quadrinhos.

Em dezembro, a principal notícia que surpreendeu o mercado, porém, foi a compra de 45% das ações da Companhia das Letras pelo grupo britânico Penguin, num negócio que pode ter ficado na casa dos R$ 50 milhões. A própria Record, onde Luciana vai se manter como diretora até 31 de março, já sofreu investidas de editoras estrangeiras.

– Eu coloco várias condições para começar uma conversa. Quero saber qual o grau de interesse em comprar a empresa e se será um processo que vai somar. Já houve interesse, mas nunca percebi solidez nas ofertas – afirma Sergio Machado, presidente do Grupo Record. – Acontece que, hoje, qualquer analista internacional que esteja pensando estrategicamente no segmento editorial precisa ter um plano-Brasil. Se eles não estiverem dispostos a entender os ideogramas chineses ou o alfabeto russo, o Brasil é o país que apresenta as melhores opções para o mercado. A questão é que o crescimento da renda da classe média brasileira e as melhorias da educação têm começado a dar resultado no aumento do consumo de livros.

Os sinais de mudança, porém, não estão apenas nas boas relações sendo firmadas entre o mercado editorial do Brasil com o exterior. Por aqui, chamam atenção o fortalecimento de editoras jovens, como a Novo Conceito e a Intrínseca, e a reestruturação de antigas. Assim como aconteceu com a Record, a Objetiva – que, aliás, teve 75% de suas ações compradas pelo grupo espanhol Prisa-Santillana em 2005 – perdeu sua diretora editorial, Isa Pessoa, no fim do ano passado. Ela está na Itália e voltará a atuar no mercado em fevereiro de forma ainda não anunciada. Ambas as companhias estão fazendo reformulações e devem dividir as antigas funções de direção editorial entre mais de um profissional.

Na Companhia das Letras, as novidades vão além. Agora com quatro publishers respondendo a Luiz Schwarcz, a empresa planeja novas frentes editoriais para este ano, sobretudo nos ramos dos livros digitais e nos didáticos, e está reestruturando seu departamento de marketing. Já a Ediouro contratou em setembro Sandra Espilotro, ex-Globo Livros, para dar foco na prospecção internacional dos negócios.

– Sou casado com uma historiadora, então acho que as mudanças não acontecem de uma hora para outra. Nos últimos anos, surgiram novos participantes, novas empresas, algumas estrangeiras, outras nacionais. É um sinal de força que vem se construindo – afirma Schwarcz. – Já faz tempo, por exemplo, que o mercado brasileiro é um importante comprador de direitos. Compramos royalties em valores bastante altos e estamos na prioridade dos agentes literários.

Todos esses investimentos ocorrem, ainda, em meio às especulações sobre o início da operação da livraria virtual Amazon, líder em vendas no mundo, no Brasil. No início deste ano, a empresa americana contratou Mauro Widman, ex-executivo da Livraria Cultura, como seu gerente de vendas para o Kindle. A Amazon já vem negociando com as editoras brasileiras há meses, mas o entrave tem sido o preço: a companhia teria pedido descontos de mais de 60% na venda de livros para lançar o serviço, o que desagradou as casas nacionais. Porém, recentemente a Amazon cedeu a percentuais menores, com a intenção de lançar seus serviços em até seis meses.

Venda de e-books ainda é insignificante
A Amazon também estuda como fará para vender seu leitor de e-books, o Kindle, no país. Hoje, o aparelho só pode ser importado de seu site internacional, mas a empresa estuda até fabricá-lo no Brasil. Se os acordos se concretizarem, o Kindle pode representar o maior incentivo até o momento para a popularização dos e-books – apesar do investimento recente das editoras e de livrarias como a Cultura e a Saraiva, a venda de livros virtuais ainda é quase insignificante frente a de obras físicas.

– A Amazon vai chegar, e a tendência é que os tablets como o Kindle comecem a ficar acessíveis ao grande público. A partir daí o mercado de e-books vai existir – afirma Pascoal Soto, diretor editorial da Leya no Brasil. – Antes mesmo desse período de vacas gordas da economia, o setor dos livros no Brasil já era atraente para o mundo. As pessoas começaram a perceber que existe um país interessantíssimo além do carnaval e do futebol.

20 de fevereiro de 2012

Governo deve deixar exigência do Ginga apenas para 2013

Por Samuel Possebon do TELA VIVA News

Ao que tudo indica, o decreto que estabelecerá o Processo Produtivo Básico (PPB) de televisores com o middleware Ginga está pronto para ser publicado e, segundo fontes do governo, deve isentar a indústria de incluir o Ginga nos equipamentos produzidos este ano. Em compensação, a partir de 2013, o percentual de televisores com Ginga deverá ser de 75% sobre toda a base, ou seja, tanto sobre televisores conectados quanto sobre televisores sem conectividade. Será possível abater dessa cota em 2013 até 15 pontos percentuais caso haja estoque de equipamentos com Ginga produzidos em 2012. Se confirmados os percentuais, já que esta semana ainda havia alguma movimentação junto às principais autoridades envolvidas, a mudança é significativa em relação ao que o governo esperava publicar em janeiro. Na época, o portal Convergência Digital informava que a ideia do governo naquele momento era exigir 30% de televisores com Ginga ainda este ano, 60% em 2013 e 90% em 2014.

A aposta do governo é que o Ginga será alavancado por uma profusão de aplicativos abertos e, sobretudo, aplicativos de governo eletrônico que serão embarcados nos televisores e devem ser produzidos com financiamento do governo. Mas as mesmas fontes reconhecem que ainda não existe muita clareza sobre a questão do canal de retorno. Ainda que seja possível um bom grau de interatividade simulada (aquela em que o usuário na verdade interage com dados armazenados na memória do dispositivo), dificilmente isso terá apelo no crescente ambiente de TVs conectadas, em que cada fornecedor tem o seu próprio middleware e ecossistema de desenvolvimento de aplicativos. Mais do que isso, com a perspectiva de televisores com sistema operacional Android, que é aberto a desenvolvedores (ainda que do lado do fabricante a Microsoft tenha entrado com diversas ações de cobrança de royalties), o governo sabe que terá que enfrentar uma disputa global no desenvolvimento de aplicativos. O cenário tende a se complicar caso surjam esse ano televisores com sistemas operacionais da Apple e Microsoft embarcados, como já apostam analistas.

Segundo integrantes do Forum TV Digital ouvidos por este noticiário, o Ginga é importante do ponto de vista das emissoras de TV para que os radiodifusores assegurem autonomia na interatividade, mas eles mesmos acreditam que o ideal seria exigir o middleware apenas em TVs conectadas, justamente por conta da crescente necessidade de um canal de retorno.

Segundo apurou este noticiário, para resolver o problema do canal de retorno, o governo chegou a cogitar colocar alguma obrigação de acesso à rede LTE das teles no edital de 2,5 GHz, mas avaliou que não haveria tempo para definir um modelo. Há ainda a expectativa de que a banda U da faixa de 2,5 GHz, que tem 15 MHz de largura e será destinada a aplicações do governo, possa um dia ser utilizada para isso. Ou que no bojo de um debate sobre o futuro da faixa de 700 MHz, em 2013, fique mais claro que alternativas poderão ser buscadas para uma interatividade plena que independa de um acesso do cidadão à Internet. Mas tudo isso está longe de uma definição.

19 de fevereiro de 2012

O futuro da TV: a caminho da reinvenção?

A discussão sobre o destino da velha mídia continua, especialmente com a chegada das Smart TVs e seus muitos recursos

Por Stephanie Kohn do Olhar Digital

Uma discussão que nunca sai de pauta é se a internet vai acabar com a televisão. Apesar de muito ter sido dito sobre o assunto, há ainda alguns pontos a serem abordados, especialmente com a chegada das Smart TVs, que apostam na integração com a internet, diversos aplicativos e outros recursos atraentes como reconhecimento de voz e gestos.

Em uma rápida pesquisa nas redes sociais do Olhar Digital, descobrimos que muita gente trocou a TV pela internet e os motivos são sempre os mesmos: falta de conteúdo interessante na programação das emissoras, principalmente na TV aberta, e abundância de conteúdo gratuito na internet. Fora isso, a possibilidade de escolher o que você quer assistir e a rapidez com que se acha qualquer coisa na web também chamam atenção dos internautas. Há ainda aquelas pessoas que precisam da interação que a internet oferece.

Mas, apesar de parecer que a batalha entre as mídias está perdida, ainda há muita esperança para a TV. A velha mídia está se reinventando por meio de um novo modelo, que chegou para tentar recuperar o espaço perdido. As chamadas Smart TVs - tão faladas aqui no Olhar Digital - apostam na união das qualidades de ambas as mídias. E parece que têm gerado resultado. 

Ao questionarmos nossos leitores sobre as televisões inteligentes a resposta foi, praticamente, unânime: somente a TV com internet poderia solucionar os problemas que geraram o abandono das telonas. Mesmo que os aparelhos ainda tenham preços mais salgados.

"As Smart TVs são um complemento necessário para se manter a tradição do 'ver tv', pois elas têm uma programação sob demanda e permitem compartilhar e interagir, tudo isso com uma ótima qualidade de imagem", comenta o leitor Reinaldo Del Fiaco, piloto privado e produtor de TV. Além disso, segundo o estudante de engenharia de produção, Fábio Gomes, o conceito da televisão inteligente é ótimo, principalmente pelos recursos extras como aplicativos, o conforto de acessar a internet do sofá e, ainda por cima, com uma tela bem grande.

A Samsung também compartilha da mesma opinião dos internautas: o futuro da TV é a Smart TV.
Por isso que a companhia está bastante otimista com o mercado de televisões conectadas para 2012. "No ano passado foram vendidos cerca de 2 milhões de aparelhos conectados em um mercado composto de 12 milhões de unidades de televisores. A parcela de Smart TVs vai ganhar cada vez mais destaque. Este mercado deve dobrar, chegando a 4 milhões de unidades em 2012", afirmou Rafael Cintra, gerente sênior de TVs e AV da Samsung. Além disso, o executivo acredita que, daqui dois ou três anos, as Smart TVs ultrapassarão as televisões convencionais em quantidade de unidades vendidas.

TV na nuvem
Daqui dois a três anos o mundo terá mais de 20 bilhões de dispositivos móveis, entre tablets, notebooks e smartphones, capazes de receber imagens de TV, segundo Ethevaldo Siqueira, especialista em tecnologia. No entanto, este cenário traz dois grandes desafios para as empresas, operadoras, indústria e governos: disponibilidade de banda larga para atender, principalmente, à demanda gigantesca de conteúdo de vídeo e o armazenamento do conteúdo. Ou seja, este armazenamento terá que ser, preferencialmente, na nuvem.

Este cenário de televisões na nuvem foi definido pelo diretor de engenharia da EBC (Empresa Brasil de Comunicação), Emerson Weirich, como "hybridcast", uma padrão avançado de radiodifusão na era da banda larga. De acordo com ele, a adoção da nuvem dará a possibilidade de combinar a transmissão tradicional com a programação armazenada na nuvem, acessada por meio das Smart TVs. O telespectador poderá ver programas ao vivo ao mesmo tempo que revê um seriado ou novela que já foi transmitido. "A TV está se movendo para a nuvem e isto é inevitável, assim como a integração com a internet", conclui.

Na mesma linha, a Samsung apresentou durante a CES 2012, feira de tecnologia realizada em Las Vegas (Estados Unidos), o seu serviço em nuvem disponível nas novas Smart TVs da marca. O AllShare Play permite aos consumidores arrastar conteúdos manualmente para a nuvem ou diretamente para sua Smart TV e dispositivos móveis. O recurso contará com uma quantidade limitada de armazenamento gratuito.

A TV na internet
A internet dentro da TV é o futuro, mas a televisão dentro da internet é realidade há alguns anos. A TV UOL, por exemplo, foi criada em maio de 1997, um ano depois do início das operações do portal, e hoje já executa mais de 60 milhões de vídeos por mês.

Para Rodrigo Flores, diretor de conteúdo do UOL, esta união deu certo porque as pessoas se acostumaram com o mundo sob demanda que a internet proporcionou e a TV ainda não estava totalmente pronta pra isso. 

"O broadcast, aquela programação que é transmitida ao telespectador sem que ele tenha opção, ainda é dominante. Na internet é possível ver o que quiser, na hora que quiser. Além disso, a qualidade das conexões à internet deixou de ser um problema para a maioria dos internautas", comenta.

Mas, Rodrigo faz algumas ressalvas: ainda há muitos vídeos de má qualidade na rede e existe o complicador da ergonomia do dispositivo utilizado para acessar os vídeos via web. A maioria ainda acessa via computador, ou seja, não é o lugar mais confortável para assistir a vídeos longos.

Porém, estes empecilhos tendem a desaparecer no futuro, segundo o diretor. Para ele, a tendência é a convergência, em que a TV produzida na internet será vista no aparelho de televisão e as emissoras vão produzir mais conteúdo exclusivo para a web.

17 de fevereiro de 2012

"O cinema está para a propaganda como a F-1 para os carros"

Por Marcelo Gripa do AdNews

Relegado ao "segundo escalão" das mídias pela propaganda, o cinema tem quem o trate como queridinho. A agência Puzzle, braço de eventos e ativação de marcas da One Digital, viu na sétima arte a oportunidade de se promover tendo como trampolim um projeto internacional: levar aos EUA a boa produção nacional, dando voz ao mercado independente e às obras que perdem espaço diante das que exportam violência e favelas na telona. 

Há três anos mercado, em 2011 a Puzzle assumiu oprojeto que logo virou carro-chefe. Sob sua coordenação aconteceu a terceira edição do Hollywood Brazilian Film Festival, que já afina os ponteiros para a versão deste ano. É graças ao evento sediado em Los Angeles, entre 6 e 10 de junho, que o cinema norte-americano tem contato ao vivo e em cores com filmes, atores, palestras e workshops brasileiros. Nomes como Rodrigo Santoro, Mariana Ximenes e Reinaldo Giannechini emprestam seu prestígio para garantir o intercâmbio de cultura e negócios.

A exposição gera barulho. A LG embarcou na proposta no ano passado e foi a patrocinadora máster. A marca viu o retorno disso, segundo a agência. Só em mídia espontânea o evento gerou R$ 5,4 milhões, sem falar num pesado fomento jornalístico. O festival virou notícia no Los Angeles Times, People, Variety, Huffington Post, Hollwoood Reporter, LA Weekly, La Opinión, Telemudo e Univision, além dos destaques na mídia brasileira.

Num bate-papo realizado na sede da agência, em São Paulo, os sócios Guilherme Trementócio e Michelle Matsumoto contam as perspectivas para 2012. E vão além. Aproveitam para "vender o peixe" ao anunciar que ainda buscam parceiros para promover o País lá fora, e saem em defesa do cinema. Tido como o "pai de todas as linguagens", para Michelle o cinema exerce tanta influência sobre a propaganda e as outras mídias quanto a F-1 sobre os carros. 

Adnews: Como vocês posicionam o Hollywood Brazilian Film Festival?

Guilherme: É o nosso foco para este ano. Fizemos um acordo comercial com a brasileira Talize Sayegh, que vive em Los Angeles há 22 anos, para promover e ser uma vitrine para o mercado de Hollywood. Geramos negócios tanto para os cineastas, com a venda de filmes, quanto para a captação de filmes de lá para serem gravados no Brasil. Abrimos portas para atores e atrizes que premiamos no festival. É um evento que movimenta todo este mercado que em sua maioria é independente e não tem a Globo Filmes ou outra grande empresa por trás.

Adnews: A participação do cinema é irrisória no bolo publicitário (menos de 1%) e dá para dizer que é uma mídia praticamente abandonada pelas marcas. Sendo uma agência de propaganda, por que vocês foram se meter com isso? 

Michelle: O consumidor quer vivenciar experiência. Não quer só a mensagem, mas quer ser envolvido, e muito dessa coisa toda são as linguagens. O cinema é o pai de todas as linguagens. O cinema está para a propaganda como a F-1 está para os carros. Ele emociona e as pessoas gastam seu tempo com vontade, é entretenimento. Por isso começamos a nos aproximar. E além de tudo é uma paixão nossa e acabamos tendo a vontade de ajudar. 

Adnews: Vocês usaram como gancho de oportunidade o fato de as marcas não darem tanta atenção para o cinema?

Guilherme e Michelle: As marcas investem pouco e sem norte. Pensamos em aliar os interesses da marca aos projetos culturais. E você tem formas de adaptar. Por exemplo, quando a LG patrocinou tinha tudo a ver porque o mercado de cinema desenvolve os avanços dos produtos da marca. Ao invés de dar dinheiro para o projeto que não é pertinente para marca, optamos por fazer direcionamento para elas, com plataformas ricas de desenvolvimento de ações que gerem resultado. 

Adnews: Qual a percepção estrangeira sobre o projeto e o cinema nacional?

Guilherme e Michelle: Eles conheciam o projeto, mas antes a percepção era menor. Transformamos ele (o festival) em negócio, num produto. Os mercados têm acompanhado muito mais pela crescente que o cinema brasileiro tem tido. Geramos um bom retorno para o pessoal daqui e o interesse partiu do mercado de lá. Vários acordos foram fechados.

Adnews: Quem coloca dinheiro no Hollywood Brazilian Film Festival além do anunciante?

Guilherme e Michelle: A Ancine e o governo são a grande força do projeto. Eles aprovaram R$ 800 mil para captação. As produtoras de cinema no Brasil estão muito desguarnecidas, fora as grandes que também vivem de publicidade. Elas estão na luta para desenvolver o próprio trabalho. Então o nosso trabalho é ajudá-las mais do que pedir ajuda. Ajudá-las a ganhar visibilidade numa indústria muito competente, mas que ainda este em desenvolvimento. Este intercâmbio é muito saudável. O retorno é astronômico. Para este ano estamos em negociação com algumas empresas, mas estamos abertos para propostas. 

16 de fevereiro de 2012

Briga na TV paga é coisa de "cachorro grande"

via adNews

A TV paga estava morna, afastada do noticiário não fosse uma ou outra informação sobre briga de audiência ou crescimento de mercado. Até que a chegada do Fox Sports chacoalhou este cenário de uma maneira tão forte que acordou todos os "cachorros grandes" que nele moram.

O polêmico José Trajano, ex-chefe do jornalismo da ESPN, entrou na discussão que persiste porque Net e Sky ainda não se decidiram sobre abrigar ou não canal de esportes. Está em jogo uma parcela significativa de audiência: cerca de 10 milhões de pessoas, 70% dos assinantes do setor, que ainda não conhecem a cara da Fox Sports no país.

Trajano criticou o sentimentalismo em torno da situação da Fox, e fez questão de esclarecer que não há pequenos na disputa. “Dá a sensação que esse negócio de ligue para a sua operadora, faça seu pedido… Pelo amor de Deus. A ESPN é da Disney, a SporTV é da Globo, o Fox é do Murdoch. É briga de cachorro grande, não é café pequeno”, disse, na edição desta quarta-feira do “Pontapé Inicial”, da ESPN Brasil. “Espero que todo mundo tenha oportunidade de ter concorrência, só não podemos nos levar por essa espécie de sentimentalismo. O Fox é do Murdoch, gente, um dos caras mais ricos do mundo”, completou.

As discussões em torno do imbróglio estavam mais brandas e se intensificaram após a estreia dos times brasileiros na Libertadores da América, na semana passada. A expectativa de que os milhões de pessoas ficariam sem ver os jogos na TV paga não agradou a ninguém, muito menos aos torcedores e clientes de Net e Sky, que se sentem prejudicados com a briga de bastidores.

O reflexo da insatisfação já é sentido até no comércio. Donos de bares da capital paulistana têm sido cobrados por frequentadores habituais interessados em assistir aos jogos do torneio, conforme informa o UOL Esporte. A Globo é detentora dos direitos do evento para a TV aberta, mas só passa o chamado “filé-mignon” da competição, o que acaba por deixar o torcedor desfalcado de opções.

"Temos o pacote da Net. Tenho dez aparelhos de TV e um telão aqui, pago por ponto e gasto quase R$ 1 mil por mês. A gente está brigando com eles, eu pago tudo direitinho, e na hora que estou mais precisando não vou ter. A gente vive disso, recebemos todas as torcidas. Ando escutando: 'meu, dá um jeito nisso'. Graças a Deus o Corinthians vai passar na Globo", diz Sidney Elias, sócio-gerente do bar “Artilheiros”, em São Paulo, em entrevista a Bruno Freitas e Vitor Pajaro.

A Fox Sports estreou oficialmente em 5 de fevereiro, mas só conseguiu acordo com operadoras de pouca expressão, representantes de cerca de 10% do mercado, 1,3 milhão de assinantes. Transmitem o sinal da Fox Sports a CTBC, Nossa TV, Telefônica TV Digital TVA e a Oi TV.

15 de fevereiro de 2012

TV espera que nova safra de programas de jogos interativos atraia a geração Facebook

via Carta Capital - Publicado no dia 07/02/2012

Os programas de jogos interativos ao vivo, em que os espectadores competem com adversários na tela, são a chave para convencer a geração Facebook a assistir televisão, segundo especialistas da indústria.

As produtoras britânicas estão na vanguarda do uso de novas tecnologias para criar programas interativos capazes de concorrer com as inúmeras distrações das redes sociais, sites de jogos de computador e até comida e bebida.

Matt Millar, executivo-chefe da Tellybug, um serviço tecnológico que desenvolveu o aplicativo para celular “tap-to-clap” [toque para aplaudir] para os programas Britain’s Got Talent e The X Factor (que permite que você dê nota aos números apresentados tocando na tela), disse em
uma reunião do Westminster Media Forum na semana passada: “Aprendemos que as pessoas preferem assistir TV e não jogar online. Pense no estado em que elas estão. Faça a coisa simples. Se as pessoas têm um smartphone e uma garrafa de cerveja sobre a mesa, você está competindo com a garrafa de cerveja.

Mark Cullen, do ETV Media Group, acrescentou que a televisão da corrente dominante geralmente cobrava dos espectadores para votar em The X Factor, Britain’s Got Talent e Dancing on Ice, quando pelo Facebook isso pode ser gratuito. “Eles precisam mudar de hábitos. O valor real está nos dados que eles coletam, construindo um banco de dados, clubes de afinidade”, afirmou Cullen.

David Flynn, que criou The Million Pound Drop, um teste de dez perguntas com múltiplas opções de respostas jogado por casais, vendido para 34 países, disse: “Na Grã-Bretanha, continuamos na vanguarda da tecnologia. É importante ficarmos lá. Nós lideramos o mundo na criação de formatos de TV.”

The Million Pound Drop, apresentado por Davina McCall, deu início ao fenômeno interativo para o Channel 4 em 2010 e gerou 11 milhões de jogos. Hoje o Canal 4 está trazendo de volta seu programa irmão, The Bank Job — um novo jogo ambientado em um cofre da City de Londres –, para uma longa temporada a partir de 17 de fevereiro. Sua temporada de teste, no início de
janeiro, se revelou um grande sucesso com o público online e grupos chaves de espectadores de TV, incluindo homens de menos de 40 anos.

Um painel inicial de quatro concorrentes compete para responder a perguntas que abrirão caixas do cofre cheias de dinheiro. A primeira pergunta do primeiro programa do mês passado, apresentado por George Lamb, deu o tom: “Que cantor bateu seu carro em Snappy Snaps quando estava sob o efeito da maconha?”

Mas o que torna o programa uma propriedade tão atrativa é que ele obteve 5,64 milhões de jogos online. Flynn, que, como diretor-gerente adjunto da Remarkable Television, parte da Endemol, produtora do Big Brother, também é o líder da equipe criativa por trás de The Bank Job, disse: “O que nós fazemos é pegar impulsos humanos reais e torná-los possíveis”. Ele disse que havia lições claras em incorporar a interatividade ao vivo aos programas, o que todas as emissoras estão tentando fazer, mas advertiu: “Precisa parecer natural, e não um apêndice.”

As pessoas sempre gostaram de gritar respostas para a TV, mas hoje estão armadas de smartphones, laptops e tablets. “Nem sempre assistimos à TV com alguém, mas podemos jogar com estranhos no Facebook ou com amigos”, destacou Flynn. Cerca de 12,4% dos 2,5 milhões de espectadores de The Million Pound Drop jogam em seus laptops. Outros pesquisam no Google para encontrar as respostas certas.

The Bank Job foi lançado como um jogo online em vez de programa de tevê em dezembro passado, e é a única maneira de um concorrente se candidatar para a versão ao vivo na televisão:
você precisa jogar para destravar o formulário de inscrição e ter notas de grande mestre para se qualificar como um possível concorrente.

Imediatamente, cerca de 4 mil jogos foram utilizados por dia. Quando o Canal 4 anunciou a nova série, duas semanas atrás, o número saltou para 8 mil. Algumas pessoas estão jogando dez jogos, enquanto até 160 mil jogam online durante o programa. Como os concorrentes são solicitados a dar seu nome, sexo e endereço, o Canal 4 também está colhendo informação comercial importante para os anunciantes. O executivo-chefe David Abraham chama esses dados de “o novo petróleo”.

Flynn disse que quando os espectadores tuitaram que o primeiro episódio de The Million Pound Drop, em maio de 2010, era lento demais, eles o aceleraram. The Bank Job, que conseguiu audiências relativamente modestas na TV — cerca de 1,2 milhão de assistentes –, também reagirá às críticas incorporando mudanças na próxima série.

Em outro desenvolvimento que impressionou o mundo da publicidade, os comerciais de The Bank Job adotaram uma faixa rolante (“ticker”) ao vivo embaixo da tela, onde aparece informação sobre quem está jogando e os nomes dos melhores jogadores online. Até agora isso era considerado uma distração inaceitável. “Nós assumimos um risco enorme”, disse Flynn.

Mas a equipe de vendas de publicidade do Canal 4 descobriu que os comerciais temáticos aumentam o envolvimento dos espectadores em 80%, por isso as pessoas têm menor probabilidade de se distrair — e não podem avançar rapidamente os anúncios ao vivo. A Remarkable agora vai aplicar as lições do programa de jogo a um formato factual novo, combinando a participação do público ao vivo com “uma questão social realmente grande”.

Entretanto, no mundo selvagem da televisão, Flynn não pode contar mais.

14 de fevereiro de 2012

Pesquisa revela os novos hábitos de assistir TV dos brasileiros

País tem o maior percentual da América Latina de consumidores que acessam conteúdo de TV por meio de dispositivos móveis

via Olhar Digital

A terceira edição do Barômetro de Engajamento de Mídia, estudo global conduzido pela Motorola Mobility com 9 mil consumidores em 16 mercados, mostra que a TV móvel tornou-se uma realidade no ano passado e que os brasileiros são os consumidores que mais usam dispositivos móveis (PC, smartphone ou laptop) para ver TV na América Latina. Dos entrevistados, 34% mantêm o hábito no Brasil. Na Argentina, o percentual é de 25%, e, no México, 19%. O valor global para esse hábito é de 37%.

O estudo visa identificar os hábitos de consumo de vídeo dos telespectadores e dar uma compreensão dos tipos de serviços disponíveis aos consumidores e suas respectivas preferências. Os entrevistados são da Argentina, Austrália, Brasil, China, França, Alemanha, Japão, México, Rússia, Cingapura, Coreia do Sul, Suécia, Turquia, Emirados Árabes, Reino Unido e EUA. O resultado mostra os grandes temas que estão redefinindo o ecossistema residencial e a experiência de entretenimento do consumidor, como o aumento da procura por TV móvel, TV social, serviços de casa conectada (automação residencial) e serviços em nuvem personalizados.

Os números ainda demonstram uma alta demanda para o crescimento da TV social no País, que é um grande nicho de oportunidades, tanto para as operadoras quanto para seus anunciantes. O estudo reforça a questão de que as redes sociais mudaram a experiência de ver televisão. De acordo com o levantamento, os brasileiros gastam seis horas por dia em redes sociais, número semelhante à média global e de outros países da América Latina. Desses, 43% já usaram as mídias sociais para recomendar um programa a outra pessoa e 82% responderam que usaram a TV social em 2011, o que demonstra um aumento de 18%, na comparação com 2010. Além disso, 76% preferem usar as TVs sociais para comentar um programa.

Comparado com a Argentina, por exemplo, onde 25% dos entrevistados usam um dispositivo móvel para assistir TV, o país é considerado o de mais alto potencial para esse mercado na região. No Brasil, os laptops ainda são o meio mais utilizado para assistir TV, entre os equipamentos móveis citados na pesquisa, com quase 60% dos entrevistados. Porém, os smartphones estão gradativamente ganhando adeptos e já ocupam a segunda posição entre os mais acessados no país para assistir a seus programas preferidos de forma remota.

Ainda com foco nas novas demandas de sistemas televisivos, a pesquisa também explorou a questão da automação residencial, mercado que está em constante crescimento e que cada vez mais é conhecido pelos consumidores. O estudo mostrou que 78% dos entrevistados brasileiros estavam interessados nesse tema, acima da média mundial (66%). Mas 37% disseram que precisariam ser convencidos do valor de um serviço antes de pagar por ele. No Brasil, a preocupação é quando o assunto é pagar a mais por algo.

A pesquisa indica que a popularização desses serviços é necessária para que o consumidor os encare como desejo de consumo. A pesquisa da Motorola ainda mostra que os serviços de nuvem também começaram a se popularizar mais entre os consumidores, em evidência principalmente no mercado de dispositivos móveis. Pesquisas de mercado projetam que as receitas desse setor alcançarão US$ 6,5 bilhões até 2016.

Os resultados do estudo da Motorola reafirmaram essa projeção de crescimento, principalmente no Brasil, onde 75% dos consumidores têm interesse em um serviço que permita acesso aos seus dados pessoais (tais como vídeos, fotos e outras informações) em qualquer dispositivo, de qualquer lugar. Esse crescimento, ainda segundo a pesquisa da Motorola, será impulsionado por serviços de vídeo e música. Do total, 64% tiveram de apagar os dados antigos de seus aparelhos, porque estavam fora do espaço de armazenamento.

11 de fevereiro de 2012

Emissoras de TV usam apenas 20% da interatividade do Ginga

via  iG São Paulo

Os recursos do Ginga, software que permite a interatividade na TV digital brasileira, ainda são pouco adotados por emissoras de TV de todo o País, de acordo com debate sobre o assunto durante a Campus Party Brasil 2012. Segundo Valdecir Becker, doutor em TV digital e CEO da produtora Saci Filmes, as emissoras de TV até agora adotaram apenas 20% dos recursos de interatividade que o Ginga oferece.
O Ginga é uma camada de software que pode ser embarcada em televisores e set-top boxes com conversor de TV digital. Por meio do sistema, é possível interagir com a emissora, por exemplo, participar de enquetes durante jogos de futebol.
A plataforma, em sua versão atual, também permite que o usuário instale aplicativos desenvolvidos em Java na TV – eles podem ser relacionados ao conteúdo da emissora ou para acessar serviços de terceiros, como redes sociais.
De acordo com André Barbosa, conselheiro do Sistema Brasileiro de TV Digital e gerente de suporte da Empresa Brasil de Comunicações (EBC), a base instalada de 65 milhões de TVs em todo o Brasil tem grande potencial com o Ginga. “Se já existe uma rede que pode ser interativa podemos levar serviços públicos, como marcação de consultas e consulta a bancos de dados do governo, para as TVs”, disse Barbosa, durante o debate.
Barbosa defende que, em vez de esperar que as emissoras de TV comerciais adotem o Ginga completo, o governo deve tomar a frente e começar a usar o Ginga para serviços públicos por meio da rede de TV Digital Pública. Com isso, os telespectadores teriam acesso aos recursos e, no futuro, as TVs comerciais podem começar a oferecer mais recursos da plataforma. “Já há um consenso no governo que a adoção do Ginga tem que começar pela TV Pública”, disse Barbosa.
A falta de interesse das emissoras de TV comerciais em adotar o Ginga, segundo Becker, tem a ver com a possível concorrência dos conteúdos multimídia com a programação e comerciais. “Como o usuário poderá acessar conteúdo interativo enquanto a emissora exibe os comerciais, fica mais difícil justificar o investimento do anunciante”, diz Becker.
Para Barbosa, é preciso criar um novo modelo de negócio para as emissoras, que inclua a interatividade. “É preciso encontrar uma forma que permita que os dois modelos convivam”, disse o executivo que deve cuidar do projeto de operador de rede da TV Digital Pública. Ela será responsável por coordenar dos projetos de interatividade na TV Cultura, TV Educação, TV Câmera, entre outros canais do governo.

TVs conectadas e aplicativos
No debate, os palestrantes defenderam que o Ginga pode ser complementar às TVs que possuem plataformas de software que suportam conexão com a internet. “Se você perguntar para nós, produtores de conteúdo, qual plataforma preferimos, vamos dizer que queremos as duas”, disse Becker durante o debate. Desenvolvedores de aplicativos terão que escrever código várias vezes para oferecer conteúdo no Ginga e nas TVs conectadas de várias fabricantes (que são incompatíveis entre si).
Assim como nas TVs conectadas, os desenvolvedores poderão criar aplicativos para smartphones e tablets que ofereçam conteúdo complementar para os telespectadores que possuem TVs com suporte ao Ginga. “Mais de 76% dos telespectadores acessam algum conteúdo no celular enquanto veem TV, é o que chamamos de segunda tela”, diz Becker. Estes aplicativos podem transformar o smartphone, por exemplo, em um joystick para jogos ou em um teclado para digitar um termo de busca.

10 de fevereiro de 2012

Uso do tablet pode revolucionar a educação


A Campus Party completou seu segundo dia abrindo as portas ao grande público e dando início às palestras, que chamaram a atenção dos sete mil "campuseiros" no Anhembi. O palestrante mais esperado do dia foi Sugata Mitra, professor e pesquisador no Massachusetts Institute of Technology (MIT), curioso das relações entre tecnologia e educação. No espaço aberto, um campeonato de games com direito a arquibancada e narração simultânea foi o destaque.

Mitra leciona tecnologia educacional na Universidade de Newcastle, além de coordenar pesquisas sobre o tema no MIT. Ele desenvolve há 15 anos experimentos que colocam computadores nas mãos de crianças que não têm acesso à escola. Sua conclusão é a de que os computadores e a internet podem promover um novo método de ensino, principalmente em países pobres como a Índia, onde nasceu. "Onde não há professores nem escola, deem a eles um bom computador e uma conexão banda larga", é o seu lema.

"A educação que temos hoje foi elaborada há 300 anos. Temos exigências e requisitos no mercado de trabalho que não batem com o que está sendo ensinado. Não sugiro que acabemos com toda a educação, precisamos redefinir o currículo e torná-lo interessante", disse.

O pesquisador criticou métodos de avaliação tradicionais e elogiou o incentivo à produção de tablets. "Provas medem memorização. Houve um tempo em que era importante ter boa memória, porque o cérebro era o único dispositivo para armazenar informações. Hoje, temos pen drives. Mas a compreensão do que está gravado no pen drive não é medida pelo sistema."

Sugata Mitra avalia que os tablets são atualmente a forma mais barata de se ter acesso à internet, e acredita no potencial educacional do uso de tablets em salas de aula. "Escolas estão se dando conta de que as crianças podem fazer muito com um tablet, além de economizar papel." Para ele, a grande mudança será no mercado de livros didáticos. "Aquela imagem de crianças usando mochilas pesadas a caminho da escola vai desaparecer logo", prevê.

Privacidade em xeque

No debate sobre segurança e privacidade na era digital, advogados, membros do Ministério da Justiça e da Procuradoria da República foram unânimes: é cada vez mais fácil e perigoso expor informações pessoais na rede. E retirá-las depois não é tarefa fácil. 

"É preciso consciência no compartilhamento de dados", disse Omar Kaminski, advogado e membro do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). "Uma vez perdida a privacidade, nunca mais conseguiremos recuperá-la." Os especialistas também recomendam sempre ler os termos de uso de provedores, e-mails e redes sociais. 

Vitor Hugo das Dores Freitas, presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da OAB-SP, ressaltou que ofensas na internet podem ser julgadas como injúria, calúnia e difamação, assim como qualquer outro crime. Segundo ele, nisto se incluem xingamentos e violações de privacidade publicadas via Twitter, Facebook e outras redes sociais.

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