Comunica PET é o boletim do grupo PET e do Departamento de Comunicação Social, produzido pelo SICOM PET, que traz as principais novidades do campus e da cidade na área de comunicação e tecnologias digitais, além de te manter informado sobre tudo que acontece no departamento dos cursos de comunicação. Na última edição do ano, você entra em clima de fim de ano e conhece o Natal Solidário, projeto dos correios que conta com o apoio da RPjr no campus de Bauru. Conheça também o centro acadêmico da Universidade, o Cacoff, e fica por dentro do Intercom sudeste, que acontecerá no ano que vem na cidade- lanche. Dúvidas sobre TCC? o Comunica mostra pra você as "dores eos amores" de quem está na reta final da faculdade. Tudo isso com reportagens de Jakeline Lourenço, Millena Grigoleti, Wagner Alves e Keytyane Medeiros.
A indissociabilidade entre Ensino, Pesquisa e Extensão foi um dos temas discutidos durante o encontro que reuniu tutores dos diversos grupos PET da Unesp. O evento foi realizado no campus de Bauru no dia 30 de novembro e também contou com a exposição do tema Articulação entre grupo PET e curso de graduação, além de atividades em grupo e uma plenária para exposição dos temas discutidos em grupo.
A abertura do encontro contou com a participação da Pró-Reitora de Graduação, Profa. Sheila Zambello de Pinho, que falou sobre a história e a distribuição atual dos grupos PET pelos campi da Unesp. São 32 grupos, 15 financiados pela Unesp, sendo que 2 recentemente tornaram-se PET-MEC. A meta é que todas as faculdades da Unesp tenham um grupo PET. Atualmente, faltam apenas 2 unidades para que isso ocorra, caso as diretrizes da gestão da diretoria se mantenham no ano que vem.
Já na primeira palestra, ministrada pelo tutor do PET de Engenharia Mecânica de Ilha Solteira, Prof. Emanuel Rocha Woiski, foram apresentados a evolução e as conquistas dos grupos PET, principalmente os da UNESP, além das especificações e funcionamento dos grupos PET. Ele também falou sobre os objetos em comum do PET, tais como o trabalho coletivo e interdisciplinar em atividades acadêmicas de integração entre as atividades e subgrupos dentro do PET e a melhoria do ensino de graduação. Também foi destacado que os grupos PET devem formular novas estratégias de desenvolvimento do ensino, pautar em cidadania e função social nos trabalhos do grupo, já que essas fazem parte da definição de universidade e a implementação de políticas públicas.
Segundo o professor, a educação tutorial em um grupo PET não é centralizada apenas no tutor, ela ocorre entre integrantes do grupo e destes para a comunidade externa. O tutor deve ser o catalisador dessa relação. Ele também destacou a importância do PET ser formado por um grupo heterogêneo de alunos em diversos estágios na trajetória curricular, com distintos níveis de experiência e habilidade.
O tutor do PET de História de Franca, Prof. Pedro Geraldo Tosi, foi o responsável pela segunda palestra, sobre a indissociabilidade do tripé ensino, pesquisa e extensão. Para ele, segundo a proposta dos PETs, ensino, pesquisa e extensão são elementos que devem caminhar juntos. Além disso, o projeto pedagógico do curso deve ser encaixado na pesquisa, ensino e extensão. Segundo ele, “o problema está nos critérios de avaliação que estão submetidos os grupos PET”. Segundo ele,para conseguir mais eficiência no processo de avaliação, a sistemática deve ser mais rápida e deve seguir critérios qualitativos.
De acordo com o tutor, para um PET alcançar êxito na sua trajetória, ele deve ter ser trabalho acompanhado, e isso só se dá com uma boa avaliação. O tutor mostrou que nos últimos tempos, o Brasil passou por mudanças na legislação tratando do ensino superior que culminaram no incentivo à democratização pelo acesso. As universidades de hoje têm como tarefa levar seus materiais e produtos à sociedade, que é peça fundamental no andamento de uma instituição.
Para o professor, a universidade de hoje deve criar métodos que funcionem como incentivo para que a pesquisa tenha resultados no ensino e na extensão. A pergunta que deve cercear esse projeto de universidade é “o que da pesquisa retorna ao ensino e à extensão?” Um PET deve ter um planejamento que faça com que se tenha congruência entre esses três eixos. Um caminho a se seguir é pensar separadamente o que da pesquisa chega ao ensino e depois, o que a pesquisa leva à extensão. Isso não deve ser apenas função do PET, mas os projetos pedagógicos dos cursos teriam êxito se se reformulassem com esses ideais.
Após as duas palestras, à tarde foram realizadas atividades em grupo, que serviram para discussão de temas relacionados às palestras e as especificidades de cada PET entre os tutores. Os assuntos discutidos foram levados ao resto dos tutores em plenária. Alguns dos mais pautados foram a inserção dos petianos nos órgãos colegiados, o conhecimento do projeto pedagógico, a comunicação sistemática entre conselho de cursos e PET, o problema da avaliação feita pela CLA, que se utiliza de uma mesma ferramenta para avaliar cursos diferentes, o papel do PET nas revisões curriculares, a dificuldade em lidar com diferentes gerações, integrando alunos ingressantes com veteranos e o tutor e a forma como o PET trabalha com a comunidade externa.
Para a pró-reitora, Profª Sheila Zambello, o encontro foi importante na medida em que discutiu questões acadêmicas e não administrativas, além de discutir a base do conteúdo, a metodologia. “É o inicio de formação de novos tutores também. Foi bom aproveitar a experiência dos tutores já consolidados”, diz ela. Já para a tutora do PET de Serviço Social de Franca, Profª Cirlene Oliveira, o encontro é um espaço de avaliação e onde pensar novas perspectivas de trabalho. “Se tivéssemos um encontro desse todo o ano, as relações se estreitariam, mais questões já ganhariam um encaminhamento”, completa ela. O tutor do PET Farmácia de Araraquara, Prof. João Aristeu da Rosa, diz que o encontro foi um evento petiano por natureza, por possibilitar a troca de experiências, com exposição de pessoas, espaço de discussão e um fechamento com o processo de avaliação. Ele sugere mesclar trazer alunos ao encontro, pois, segundo ele, “não dá pra separar o processo contínuo aluno-professor e todo PET sabe muito bem disso, essa troca de saberes poderia acontecer aqui também”.
Dois universitários mostram que a graduação pode ser um celeiro de ideias para estender maior integração com comunidades carentes; media-metragem “Abel contra o muro” é um exemplo de projeto que ultrapassa os muros acadêmicos para alcançar visibilidade social
Colaboração, por Isabel Namba, Matheus Martins Fontes e Pedro Zambon Discentes do 7º Termo de Comunicação Social-Jornalismo da FAAC/Unesp
Fazer uma obra-de-arte não é fácil. Promover integração entre uma comunidade humilde com o público de classe média de uma universidade não se faz de um dia para o outro. E aliar as duas propostas, então? Com mente aberta para encarar o desafio, dois ex-alunos do curso de Rádio e TV da Universidade Estadual Paulista (UNESP), do câmpus de Bauru, conseguiram realizar o que muitos diretores e produtores sequer imaginam.
Produção “Abel contra o muro”
teve o Jardim Niceia como palco das gravações
A produção do media-metragem Abel contra o muro fez parte do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Alexandre Borges e João Guilherme Perussi e visou à conexão do mundo estudantil com moradores do Jardim Niceia, bairro periférico bauruense, de maneira que houvesse a troca de experiências e o aprendizado mútuo entre duas parcelas distintas da sociedade.
A ideia do projeto audiovisual surgiu em 2010, quando os dois, ainda na graduação, optaram por realizar o media-metragem no Niceia, comunidade localizada nas proximidades da Unesp. A escolha se deu pela participação de Alexandre, diretor de Abel contra o muro, no Observatório de Educação em Direitos Humanos da faculdade e da vivência com os moradores.
O enredo conta a história de um adolescente chamado Abel que é criado preso dento de casa pela tia, sem contato com outras pessoas, nem mesmo com a possibilidade de frequentar o ambiente escolar. Para obter o contato com o mundo externo, o personagem utiliza um buraco no muro de sua residência. Essa passa a ser a única maneira de Abel ter conhecimento dos acontecimentos fora de sua realidade. Um dia, o garoto consegue escapar de sua tia, acaba conhecendo outros jovens e passa a viver novas experiências em busca de liberdade e na luta contra as mentiras ao seu redor.
Nos bastidores, o próprio bairro foi palco das filmagens e ocasionou a participação dos moradores como figurantes e/ou atores, com oficinas de teatro oferecidas gratuitamente. De um projeto acadêmico, Abel contra o muro ganhou força no cenário municipal e passou a contar com o apoio de coproduções, parcerias cinematográficas e até contemplou uma visibilidade internacional, com a utilização de legendas em cinco idiomas (português, inglês, espanhol, italiano, francês e chinês).
Segundo o produtor de Abel contra o muro, João Guilherme, o sucesso da obra permitiu que sonhos antes distantes, como a participação em festivais internacionais, pudessem ser encarados como objetivos possíveis de serem alcançados.
A seguir, João conta mais detalhes sobre o media e também revela quais planos ele e seu parceiro foram obrigados a abrir mão pelo desfecho satisfatório da obra. Confira!
Reportagem - Depois de um ano de produção e das apresentações em algumas cidades do interior paulista, incluindo também a grande São Paulo, pode-se dizer que Abel contra o muro é um sucesso?
João Guilherme (JG) - Acredito que o projeto como um todo foi, sim, um sucesso. Mas não por bilheteria ou pelo número de espectadores. Obviamente, graças à repercussão que o filme ganhou, alcançamos um número grande de espectadores, principalmente pela exibição na TV aberta, mas o sucesso em si é o resultado da união de todas as pessoas envolvidas, e nisso contemplo todos os apoiadores, amigos, moradores do Jardim Niceia, professores e outros envolvidos.
Reportagem - A intenção do media-metragem era aproximar a comunidade da Unesp com o Jardim Niceia, diminuindo o preconceito em relação à comunidade do bairro. Acredita que o objetivo foi alcançado?
JG - O preconceito é algo muito difícil de ser eliminado em nossa sociedade, principalmente porque consumimos coisas que nos distanciam e nos segregam diariamente, mas acho que contribuímos para a comunidade poder enxergar que somos parte de um todo em que, na verdade, não há diferença, mas apenas uma questão socioeconômica que prejudica e aumenta essa distância. Acho que, para realmente estreitarmos os laços, há ainda uma necessidade de continuidade de outros projetos. Na verdade, o Abel funciona como um estímulo para comunidade e estudantes.
Reportagem - Havia o interesse de legendar o filme em cinco idiomas (inglês, espanhol, italiano, francês e chinês). Isso, de fato, aconteceu?
JG – Sim. O filme foi legendado nos cinco idiomas e, para isso, contamos com a ajuda de professores nos respectivos idiomas que, assim como outras pessoas, se apegaram ao projeto e viram nisso uma oportunidade de contribuir.
Reportagem - O desejo de participar de festivais se concretizou?
JG - O filme foi inscrito em vários festivais nacionais e internacionais, mas pela questão do tempo de duração, (59 minutos) foi algo que não nos enquadrou nem em média metragem e nem em longa, portanto dificultou nossa efetiva participação. Mas tivemos exibições em TV aberta, programas de TV, fizemos uma turnê pelo estado exibindo e dando workshop, além da exibição da Mostra do Filme Livre.
Reportagem - Olhando o trabalho de vocês agora, há algo que vocês mudariam?
JG - Acho que a única coisa que mudaríamos seria o tempo, mas acredito que seria maior, pois o projeto não permitiu que criássemos um curta.
Reportagem - Profissionalmente falando, o que o futuro reservou a vocês?
JG - Atualmente eu trabalho na TV e o Alexandre em uma produtora, mas realizamos projetos até hoje juntos, e estamos produzindo alguns curtas que possivelmente serão lançados no ano que vem.
Os podcasts são uma
das formas de consumo de produção de áudio na atualidade. Criado no início
desse século, esse novo formato propunha fazer o que o Youtube fez com os vídeos, ou seja, uma versão do consumo on demand para o áudio. O nome vem do inglês, na mistura
de iPod com Broadcast, já que a ideia inicial era a reprodução dos programas
nos dispositivos da Apple. Hoje em dia, contudo, esses conteúdos podem ser
baixados para outras plataformas em sites e celulares à vontade do ouvinte.
Contudo, nem sempre é fácil baixar e ouvir esses produtos,
ou até mesmo interagir com o leitor. É nessa vertente que o podcaster (assim
chamado o locutor ou produtor do podcast) Eduardo Baião traz a proposta do
“megacasting”. A ideia é criar uma plataforma que possibilita unir todos os
podcasts em um só lugar, além de garantir a possibilidade de interação de
conteúdos que não somente o auditivo.
Para isso, Eduardo criou o Megaboga Casts, um aplicativo
(atualmente disponível apenas para os
dispositivos IOS, ou seja, produtos da Apple) que pretende fazer as funções
acima descritas. Ele mesmo explica um pouco mais no áudio abaixo.
Assim, se o podcaster fizer a citação de um filme ou ator, o
aplicativo poderá disponibilizar cenas do filme ou até mesmo fotos do artista
citado. Além disso, o proposta de Eduardo é permitir que os usuários também
coloquem informações nos podcasts que escutou, inserindo links, vídeos,
músicas, fotos e comentários. Como
Eduardo mesmo diz, a ideia é criar um Wikipedia
do áudio na internet.
Por exemplo, no episódio 171 do podcast Matando Robos
Gigantes, os locutores falam sobre o filme Amanhecer – parte 2 e mostram,
durante a discussão, imagens que interagem com as falas deles. No ícone com o
mais é possível que o próprio usuário faça sua participação.
Se quiser conhecer mais sobre o aplicativo, basta entrar no
site Megabogacasts
Brasil: uma nação conhecida pela riqueza natural, pelas festividades acaloradas, além da recepção de seu povo. Mas quando o assunto é Brasil não podemos deixar de lado o fato de o país ser o berço de personalidades ilustres, cujas importâncias ultrapassam as páginas dos livros de História. Personalidades que muito contribuíram para a divulgação das raízes brasileiras para as demais nações do globo e também colaboraram para a implantação dos sentimentos de integridade, nacionalismo e orgulho em cada brasileiro, os chamados anônimos que muito contribuem nesse processo embora pouco apareçam nos livros.
A lista é extensa, a começar pelos áureos tempos de D. Pedro II e da Princesa Isabel, passando por Tiradentes e Santos Dumont, até chegarmos, porque não, ao ex-presidente Lula. No entanto, quando o assunto é Ciência, a lista não fica completa se não citarmos Cesar Lattes: um brasileiro que pintou a Ciência de verde e amarelo.
Lattes, com apenas 23 anos, foi um dos descobridores da partícula atômica "méson pi", o que provocou um avanço na física brasileira. Ganhou todos os prêmios importantes do Brasil, recebeu títulos especiais de países da América Latina, foi indicado para o Nobel e homenageado pelo CNPq ao ter o sobrenome utilizado em um sistema completo de acompanhamento e informação sobre o estado das pesquisas desenvolvidas no Brasil, o Sistema Lattes.
Curitibano, filho de imigrantes italianos, casado com Martha Siqueira Neto Lattes, pai de quatro filhas e avó de nove netos. Um brasileiro simples, dividido entre o lírico dos compositores Vivaldi e Villa-Lobos e o raiz da dupla caipira Pena Branca e Xavantinho, um gênio com defeitos e qualidades, amante de fotografias e dos suspenses do diretor Alfred Hitchcock e, segundo os colegas e familiares, muito autêntico em suas ações e amante da ciência.
Vídeo: Vida e obra de César Lattes
"A Ciência é irmã caçula da Arte. Talvez bastarda".
A origem da família
Se você procurar pelo nome Lates, com apenas um T, em um mapa da região limite entre a Espanha e a França vai descobrir que esse é o nome de um riozinho que no início do século XV deu origem ao nome judaico Lattes, agora com dois Ts. O nome fora atribuído às famílias de judeus sefaradins (judeus originários do oriente, mas abrangendo também os que viviam nos países mediterrâneos, da Península Ibérica, Sul da França, no Norte da África e dos países árabes, e também da Turquia e do Irã) após terem que saírem da Espanha e de Portugal sob decreto da Princesa Isabel e que para isso tiveram que atravessar o mencionado riozinho.
O pai de Cesar Lattes, Giuseppe Lattes, era filho de casamento misto de judeu com católica. Seu avô paterno Davide (grafia italiana para David), era um italiano do Piemonte na região de Turim, trabalhava em um banco, a Banca Lattes que ainda hoje sobrevive com o nome de Casa Bancária, que havia herdado de seu pai. Com o trabalho, conseguiu criar excelentes condições de vida e casou-se com Adele Villavecchia, uma católica "pra frentex" que tinha tido duas filhas sem ter casado. Ela era filha de um chapeleiro e a família do pai das meninas, totalmente contra o casamento, era dona de grandes extensões de terra.
O casamento só se concretizou quando o pai das crianças estava em leito de morte e a sua família acabou permitindo o casamento. Tempo depois, o avô de Cesar Lattes casou-se com a viúva, nascendo o primogênito Giuseppe. A família mantinha forte laço de união. Quando o avô de Cesar Lattes morreu, sua avó, conhecida por ser mão-aberta, ficou com muito pouco dinheiro, e para cada filho só restou aquilo que dava justo para sobreviver.
Em 1912, com dezenove anos de idade, Giuseppe Lattes decide vir para o Brasil e trabalhar em um banco na cidade de Curitiba, capital do Estado do Paraná. Dois anos mais tarde, veio a Primeira Guerra Mundial e a Itália queria se livrar dos austríacos que ocupavam a região nordeste do país. Muitos imigrantes italianos em Curitiba se mobilizaram, resolveram fretar um navio e lutar como voluntários. Giuseppe lutou na guerra como alpino, isto é, no destacamento que combatia tropas nos Alpes.
A experiência como voluntário de guerra em solo italiano contribuiu para Giuseppe conhecer Carolina Maroni, uma italiana católica da região de Alessandra. Os pais de Carolina, Mansueto Maroni e Clotilde Ghiassa, possuem origem desconhecida, mas evidências levam a suspeita que teriam sido judeus convertidos no século XIX. A começar pelo sobrenome da família que aparece no dicionário Sefaradi de Sobrenomes, de autoria de Guilherme Faiguemboin, além do fato do Museu do Holocausto, em Jerusalém, trazer algumas vítimas na Itália e Áustria com o sobrenome Maroni em seu banco de dados do Holocausto.
Mesmo com essa incerteza, Carolina precisou da autorização do Vaticano para casar-se com um judeu, passando a assinar Carolina Maria Rosa Lattes. A autorização teria sido concedida com uma condição: que os filhos fossem educados na religião católica. Os dois viveram juntos na Itália até 1921, quando Giuseppe resolveu voltar para Curitiba. Indícios apontam que a família residia em uma casa na Rua Sete de Setembro, no número 40, próxima da Praça Osvaldo Cruz. A casa hoje já não existe e em seu lugar há um posto de gasolina.
Um Gênio precoce
Foi no dia 11 de julho de 1924, sob o céu curitibano, que o ilustre Lattes sentiu pela primeira vez o ar brasileiro correndo em seus pulmões. Nascia aquele que seria um dos brasileiros mais conceituados no meio acadêmico. O garoto, segundo filho do casal de imigrantes, foi registrado como Cesare Mansueto Giulio Lattes, sob o nº 53997 no 1º Ofício de Registro Civil, também conhecido como Cartório Leão, em Curitiba, no dia 15 de julho de 1924. Logo na adolescência, o físico assumiria o prenome César, por sugestão da esposa. "Ninguém sabia pronunciar meu nome direito", justificava o cientista.
César Lattes só seria batizado no cristianismo na adolescência, de catorze para quinze anos, na época em que Hitler e Mussolini subiram ao poder. Questionado sobre sua religião em uma entrevista concedida à repórter Renata Ramalho, da Revista Ciência Hoje de 1995, Lattes disse ser ao mesmo tempo católico apostólico romano, muçulmano e cristão ortodoxo — mas principalmente judeu. Ele não via nenhuma contradição nisso: "boa vontade é minha religião", dizia.
Lattes cursou o Ensino Primário e Fundamental, em 1929, no Instituto Menegati, em Porto Alegre, completando o Curso na Escola Americana, em Curitiba, de 1931 a 1933, após estudar, no ano de 1930, em uma Escola Pública de Torino, na Itália. Já o Ensino Médio, o chamado Ginásio, foi cursado no Instituto Dante Alighieri, em São Paulo, entre 1934 e 1938. Como era possuidor de grande habilidade na área de exatas, optou pela carreira de professor e ingressou, em 1939, na graduação de Física da Universidade de São Paulo (USP) pouco antes de completar dezesseis anos. O curitibano recebeu o Grau de Bacharel em Física, em 1943, pela então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL) da Universidade.
A motivação de Lattes para o estudo da Física deveu-se a dois fatos. O primeiro vem de que, ao terminar o Ginásio, soube que professor tinha três meses de férias por ano, ao invés de um mês, como ocorria com a maioria das demais profissões. Isso o deixou bastante interessado. Segundo, Lattes inclinou-se para o estudo da Física devido ao incentivo que lhe deu seu pai Giuseppe e seu professor Luís Borello, que ensinava a disciplina Ciências Físico e Matemáticas no Dante Alighieri, além do jovem ver na Física e na Matemática uma rota alternativa às das matérias do tipo “decoreba” do Ginásio.
Vídeo: Cientistas brasileiros: Cesar Lattes e José Leite Lopes
Na USP, encontrou no professor Gleb Wataghin a orientação para se iniciar na ciência. Wataghin era um fisico ítalo-russo, que veio a São Paulo em 1943 para montar o Departamento de Física da FFCL. Todos os preparativos para o encontro foram planejados por seu pai Giuseppe. Na FFCL, Lattes foi aluno de Marcelo Damy de Souza Santos, em Física Geral e Experimental; de Abrahão de Morais, em Física-Matemática; de Giácomo Albanese, em Geometria Projetiva; e de Wataghin e Guiseppe P.S. Occhialini, em disciplinas profissionais do Curso de Física.
O funcionário do mês
Lattes começou sua carreira como físico teórico, porém logo mudou de ramo e tornou-se experimentador, considerava a física teórica “uma calculeira danada”. Logo depois de formado, Lattes começou a trabalhar em pesquisa com Wataghin, Mario Schenberg e Walter Schützer, resultando desse trabalho três artigos publicados nos Anais da Academia Brasileira de Ciências, na Physical Review e também nos Anais da Academia Brasileira de Ciências.
Em 1946, o Lattes partiu para a Inglaterra para unir-se ao grupo de pesquisadores liderados por Cecil Powell na Universidade de Bristol. O jovem pesquisador tinha uma bolsa paga pela companhia de cigarros Will e, conforme ele apontava, foi a partir desse momento que ele fez pacto com o tabagismo, o vício que o acompanhou até a morte. O pesquisador inglês estudava os efeitos produzidos por partículas subatômicas em determinadas chapas especiais denominadas emulsões fotográficas, diferenciadas das demais por serem mais espessas e sensíveis. Seu trabalho já passava a marca dos dez anos de pesquisa e a entrada de Lattes e Occhialini reanimou a pesquisa.
Occhialini ficou responsável por conseguir emulsões mais densas. Lattes, encarregado de calibrar as novas emulsões, descobriu que, quando eram carregadas com bórax, um composto de boro, elas retiam o traço das partículas por mais tempo. No entanto, ele não se conformava com a baixa energia das partículas elaboradas em laboratórios e tinha o desejo de utilizar as chapas para detectar partículas mais energéticas presentes nos raios cósmicos vindos permanentemente do espaço exterior para a Terra.
Foi nesse momento que, 1947 a 1948, Lattes iniciou a sua principal linha de pesquisa. A mais conhecida e importante contribuição de Lattes à física foi a sua participação na descoberta do méson pi em 1947. Foi aproveitando uma viagem de férias de Occhialini aos Pirineus que ele resolveu levar dois kits de chapas, um com o composto de bórax, outro sem, e expô-los à grande quantidade de raios cósmicos existente naquela região de elevada altitude. Os pesquisadores ficaram surpresos quando, ao revelarem as chapas, perceberam os diversos fenômenos ali registrados, em especial o traço de um méson que diminuía de velocidade e parava, originando um novo traço.
O méson havia sido proposto alguns anos antes por um físico japonês, Hideki Yukawa, com o objetivo de explicar a força que mantinha o núcleo atômico unido. Hideki Yukawa propôs uma teoria para explicar as forças nucleares. Ele sugeriu a existência de uma partícula ainda desconhecida, com uma massa cerca de 200 vezes maior do que a do elétron, que poderia ser emitida e absorvida por prótons e nêutrons. A troca dessa partícula entre os constituintes do núcleo atômico produziria uma atração entre eles, de curto alcance, que poderia explicar a estabilidade nuclear. Por ter uma massa intermediária entre a do elétron e a do próton, recebeu o nome de “méson”. Em 1937-38, dois físicos (Anderson e Neddermayer ) detectaram algo parecido com os mésons propostos por Yukawa, no entanto o méson detectado podia atravessar centenas de núcleos atômicos sem serem absorvidos ou densintegrados.
Para obter maior número de dados, Lattes viajou para a Bolívia, e colocou no alto do Monte Chacaltaya, a uma altitude de 5.500 metros, várias emulsões nucleares. Nelas, foi possível encontrar cerca de 30 rastros de mésons duplos. Estudando esses traços, foi possível determinar a massa dos mésons e perceber que havia dois tipos de partículas, com massas diferentes. Lattes percebeu a importância de sua descoberta para a explicação do fenômeno e teorizou que a partícula secundária, já conhecida pelos estudos de Anderson e Neddermeyer, seria denominada de méson mi (atualmente, múon). O méson primário, mais pesado, era algo novo, desconhecido, mas que tinham fortes características da descoberta de Yukawa. Foi denominado méson pi, e sua identificação foi anunciada em outubro de 1947. Lattes havia encontrado as partículas responsáveis pelas forças nucleares.
Para Henrique Lins de Barros, pesquisador titular do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e amigo, a rotina de Lattes rompeu fronteiras. “O trabalho de Lattes ultrapassa a fronteira do Brasil e da América Latina. Ao descobrir o méson pi ele prova a existência de outras coisas no átomo do que simplesmente prótons e elétrons, o que abalou completamente o estudo da física da época. Lattes provou que era possível pensar ciência no Brasil”, exalta Lins de Barro.
A existência dos mésons pi deu a Yukawa o Premio Nobel de Física de 1949, e a Powell o de 1950. Estranhamente não foram premiados Occhialini e Lattes. No entanto, eles pertencem a uma nova galeria – os Nobéis Injustiçados – da qual fazem parte nomes famosos na Física como Ludwig Edward Boltzmann, Lord Kelvin, Paul Langevin, Arnold Sommerfeld, Ernst Pascual Jordan, dentre muitos outros.
Para o amigo e físico Alfredo Marques, faltou reconhecimento para a descoberta de Lattes, mas o próprio pesquisador pouco ligou para o não recebimento do Nobel. “Ele nunca batalhou ou montou “lobbies” para isso. Tampouco se queixava de não ter sido agraciado. Ironizava a situação dizendo que caso tivesse sido contemplado acabaria seus dias ao lado de uma escrivaninha assinando cartas de recomendações, o que detestava.
O império de Lattes
Depois do sucesso com os mésons pi, Lattes voltou ao Brasil para concretizar a idéia de criação do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), no Rio de Janeiro. Ainda em Berkley, o pesquisador havia comentado o projeto com Nelson Lins de Barro, irmão do Ministro João Alberto – um político influente na época. Em dezembro de 1948, Lattes, juntamente com o físico Leite Lopes, foi visitar, o qual prontamente concordou com a idéia e prometeu ajuda financeira. Para estruturar o CBF, Lattes contou com a colaboração dos físicos Elisa Frota Pessoa, Gabriel Fialho, Jayme Tiomno, Lauro Xavier Nepomuceno, além de Leite Lopes, e dos matemáticos Antonio Aniceto Monteiro, Leopoldo Nachbin e Francisco Mendes de Oliveira Castro.
Para o físico e amigo Alfredo Marques, “fora dos domínios puramente científicos, Lattes foi um semeador de empreendimentos bem sucedidos, como o CBPF e o Instituto de Física da Universidade de Campinas, no Brasil, e o Laboratório de Física Cósmica em Chacaltaya, Bolívia. O Centro logo se destacou em âmbito internacional e teve importante contribuição para a formação do Instituto de Matemática Pura e Aplicada, a da Escola Latino-Americana de Física e o Centro Latino-Americano de Física. Em 1949, Lattes cria em La Paz, com a colaboração de colegas bolivianos, o Laboratório de Físicas Cósmicas. Em pouco tempo o Laboratório passou a abrigar importantes equipamentos e cientistas de todas as partes do mundo, sendo referência em pesquisas sobre a radiação cósmica. O Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas tornou-se o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) do governo brasileiro, e o Laboratório de Chacaltaya, hoje Laboratório de Física Cósmica, pertence à Universidad Mayor de San Andrés.
O amigo Henrique Lins de Barros também destaca que “a figura de Lattes teve um peso muito grande na sociedade, levando o Governo a olhar a Ciência de um modo diferente. Havia um vazio de estudos nessa área no país que acabava de sair de um pós-guerra”.
Vídeo: Homenagem ao físico Lattes
Depois de outra breve estada nos EUA de 1955 a 1957, Lattes voltou para o Brasil e aceitou uma posição no Departamento de Física da Universidade de São Paulo (USP) e ingressou para a Academia Brasileira de Ciências (ABC). Em 1967, aceitou a posição de professor titular no novo Instituto "Gleb Wataghin" de Física na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), o qual ele também ajudou a fundar.
Um sistema para gerenciar uma base de dados sobre pesquisadores em Ciência e Tecnologia e para o credenciamento de orientadores no país foi desenvolvido pelo CNPq em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Em 1999, o CNPq decidiu homenagear Cesar Lattes emprestando o seu nome à base de dados. Hoje, a Plataforma Lattes reúne mais de 400 mil currículos de pesquisadores e estudantes brasileiros, ganhou prêmio e agora é internacional. Curiosamente, Cesar Lattes não cadastrou o seu curriculum vitae na base de dados que o homenageia.
O ex-aluno e amigo de Lattes Edison Hiroyuki Shibuya aponta para o fato do trabalho do pesquisador ter criado uma nova área na Física, além de trazer benefícios para uma categoria. “Seu trabalho abriu um campo novo na área da física com a idéia das partículas elementares e com os raios cósmicos. A repercussão de seu trabalho permitiu a institucionalização da física, permitindo que o físico ganhe o status de profissional e não apenas de professor.
O Lattes além da Plataforma
Curitibano de nascença, mas carioca de coração. Atrás do jaleco de físico, havia um homem sensível, irreverente, simples e apaixonado pela natureza e pela família. Lattes casou-se com Martha Siqueira Netto Lattes e teve quatro filhas: Maria Carolina, Maria Cristina, Maria Lúcia e Maria Teresa. De acordo com as filhas, em um depoimento conjunto enviado por e-mail ao Portal Toque da Ciência, Lattes foi um pai muito carinhoso e muito dedicado à família, mesmo não participando muito do ambiente familiar. “Nosso pai, era uma pessoa de presença muito forte e bastante envolvida com a família durante toda sua vida. A seu modo era atento e carinhoso”, afirmam.
Como pai, Lattes não media esforços para garantir o bem estar e criar condições para aprimorar os conhecimentos das quatro. “Ele valorizava imensamente a produção de cada uma das filhas, por mais prosaicas que fossem. Tudo era elogiado e usado com orgulho desde ensaios culinários a casacos de tricô”, acrescentam. Uma das paixões do físico era ouvir boas composições musicais brasileiras, principalmente música brasileira de raiz, algumas coisas da MPB e de peças eruditas, adorava cachorros, principalmente os da raça perdigueiro, os quais eram batizados com nomes de personalidades. Um vício o acompanhava desde a juventude: o cigarro. Lattes costumava dizer que a vida não tinha sentido sem o fumo e a bebida.
Um episódio curioso ocorreu em 1997, ano em que Gilberto Gil lançou o disco Quanta. Durante uma visita a Lattes motivada pela admiração, o músico pediu a ele que escrevesse uma apresentação que seria colocada no encarte do disco. O encarte foi feito, mas Lattes não dixou que o fotografassem devido a um comentário de Gil. O músico, minutos depois do pedido, declarou que havia feito o mesmo pedido a outra personalidade em um álbum anterior e que esta morrera três dias depois. Gil regravou também, no mesmo CD, o samba "Ciência e Arte", feito por Cartola e Carlos Cachaça em homenagem a Lattes. A música foi o samba-enredo da Mangueira, escola vice-campeã do carnaval de 1947.
Como revela o amigo Alfredo Marques, Lattes era um mestre na aplicação de apelidos. “Certa vez ele me pediu para chamar o “lagartixa”. Fui atrás do “lagartixa” sem saber quem era, pois se perguntasse Lattes teria respondido que eu não servia nem para levar um recado, ou qualquer provocação desse porte. Chegando no local, olhando para o rosto e o biótipo dos presentes, não tive dúvidas em identificá-lo: era o motorista da caminhonete do CBPF.
Nos últimos anos de vida, o físico passou a ler com freqüência a Bíblia e demonstrava curiosidade sobre o que lhe seria reservado após a morte, questionando muitas vezes como seriam as coisas do "outro lado". Outra curiosidade é que ele mantinha no escritório de trabalho, em sua residência, uma carta que teria sido psicografada por um médium e transmitida por Santos Dumont.
Galeria de prêmios
Este perfil de Lattes comprova porque ele é o físico brasileiro mais conhecido no Brasil. Prova disso, são os inúmeros títulos conquistados. Mas para Henrique Lins de Barros, o nome Lattes vai acabar caindo em esquecimento no Brasil, e os únicos culpados serão os próprios brasieliros. “Pelo fato de não termos no Brasil uma produção científica própria, de não termos muitos livros de Física escritos por brasileiros, acredito que o nome Lattes vai ser esquecido com o tempo. É um problema da cultura brasileira de não saber reconhecer o seu produto.”
No entanto, o amigo Alfredo Marques contesta e afirma que um trabalho como o de Lattes jamais poderá ser esquecido e que cabe a todos exaltar o tamanho de suas descobertas. “a trajetória de evolução da pesquisa científica no Brasil confere a Lattes a posição de pioneiro, desbravador, catalisador de novas oportunidades e principal fiador da qualidade que atingiu. Quanto a seu renome internacional, quem sobe tão alto na apreciação científica como Lattes subiu em função de sua descoberta, nunca reduz sua reputação”.
Dentre as premiações recebidas, destacam-se o titulo de Doutor Honoris Causa outorgado pela USP, em 1948, recebido somente em 1964; o titulo de “Cavaliere di Gran Croce”, ardo Capitulari – Stellae Argentae Crucitae, em 1948; Prêmio Einstein, da Academia Brasileira de Ciências, em 1951; a Medalha de Ouro “Honra ao Mérito”, da Radio Nacional/ESSO, em 1951; o Prêmio Ciências, do Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura, em 1953; o Prêmio Ernesto Fonseca Costa, do Conselho Nacional de Pesquisas, em 1953; o titulo de Personagem do Ano, pelo Grêmio cultural Rui Barbosa, em 1961; a Ordem do Mérito Cultural, da União Brasileira de Escritores, em 1969; a Medalha Carneiro Felipe, do Conselho Nacional de Energia Nuclear, em 1973; o Prêmio Moinho Santista (SAMBRA) – Física, em 1975; os títulos de Doutor Honoris Causa e Professor Emérito, outorgado pela UNICAMP, em 1987, porém ainda não recebidos e, em 1987, o Award in Physics of Third World Academy of Sciencies, em Trieste, Itália. Além dessas honrarias, Lattes foi escolhido patrono e paraninfo de várias turmas de formandos; é nome de ruas e prédios públicos no Paraná e Rio de Janeiro
Saiba mais:
Se você se interessou e quer conhecer um pouco mais sobre a vida de Cesar Lattes, não deixe de conferir:
1-) documentário Cientistas Brasileiros: César Lattes & José Leite Lopes, dirigido por José Mariani (Riofilme Documenta, 2003): o filme aborda a trajetória pessoal e profissional dos dois físicos brasileiros.
2-) livro Descobrindo a estrutura do Universo (Editora Unesp, 2001): entrevista com César Lattes acompanhada de iconografia, cronologia e bibliografia, além da tradução do artigo de sua autoria – Meu trabalho em física de méson com emulsões nucleares – originalmente publicado em 1960;
3-) página do Grupo de História e Teoria da Ciência da Unicamp sobre César Lattes e os 50 anos do méson pi, com acesso ao primeiro artigo de Lattes sobre mésons - http://www.ifi.unicamp.br/~ghtc/meson.htm
4-) página do Arquivo Central do Sistema de Arquivos da Unicamp, com breve história da vida e obra de Lattes, depoimentos de diversos cientistas, fotos e arquivo de notícias - http://www.unicamp.br/siarq/lattes/
Estávamos no meio de outubro, a primavera ainda estava só começando e todo mundo já começava a pensar em férias, verão e praia. Para acompanhar esse clima, a rede de lojas de departamento Marisa lançou uma propaganda em homenagem aos legumes, sopas e verduras que, segundo a campanha, teriam a capacidade de fazer com que as mulheres fossem mais felizes e bonitas.
Ao contrário do esperado pela empresa, a campanha teve uma péssima repercussão. Aqueles que imaginavam que apenas os grupos feministas reagiriam negativamente ao vídeo se enganaram. Mulheres de todas as idades, tamanhos e formas manifestaram sua insatisfação através da fan page da loja no Facebook, Twitter e blogs.
Aline Ramos, estudante do segundo ano de Jornalismo da UNESP/Bauru conta que, num primeiro momento, não ligou muito para a campanha, achando que se tratava de apena mais uma propaganda machista, tão comuns na mídia. No entanto, conta que mais tarde percebeu “como mensagens negativas chegam até nós como coisas belas, inocentes. E a questão vai além disso, porque além de intensificar o discurso da ditadura da beleza, também estimula a prática de hábitos alimentares que são considerados doenças.”
“Ditadura da magreza”. Esse foi um dos termos usados nos comentários feitos no canal do Youtube das lojas Marisa. “Parece que vocês não conseguem – ou fingem que não conseguem – compreender o real significado da palavra ‘ditadura’. Não se ‘segue’ uma ditadura por vontade própria. Você é subjugado por ela sem ter o direito de discordar ou concordar.”
A mulher hoje é em grande parte, associada à estética corporal, funcionando como um outdoor de produtos, pronta para vendê-los, como é o caso aqui citado da Marisa ou de várias revistas femininas. A partir da sugestão de dietas, dicas de moda e indicação para a prática de exercícios físicos com a finalidade de emagrecimento, a mídia participa ativamente da perpetuação dos padrões do belo e magro, favorecendo e repetindo um único padrão de beleza. Em seu artigo, Da imagem da mulher imposta pela mídia como uma violação dos direitos humanos, a professora da PUC- Minas, Cynthia Vianna, defende que a repetição do padrão reconhecidamente europeu nas capas de revistas e jornais ocasiona nas mulheres não representadas “além do furor consumista, tendências à ansiedade e depressão.”.
Essa ansiedade para atender os padres de beleza europeu pode ser lucrativa. Segundo o site da Rede Bandeirantes de TV, só em 2011 a indústria de cosméticos faturou mais de R$ 30 bilhões no Brasil. Nosso país, rico em mulheres naturalmente bonitas já é o segundo país no mundo onde se realizam mais cirurgias plásticas, são mais de 1.200 cirurgias de fundo estético por dia.
Em seus estudos, os sociólgos Villaça e Góes sintetizam o drama da mulher moderna, “somos livres. Cada vez seremos mais livres para projetar nossos corpos. Hoje a cirurgia plástica, amanhã a genética tornam ou tornarão reais todos os sonhos. E quem sonha esses sonhos? A cultura sonha, somos sonhadores por ícones da cultura. Somos livremente sonhados pelas capas de revista, os cartazes, a publicidade, a moda.” É justo, em nome do lucro, exigir mulheres cada vez mais parecidas, elas – nós – podem reagir de alguma forma à essas formas de opressão cada vez mais sutis e bem elaboradas? O irônico de tudo isso é que, as mulheres reais, cada uma com as suas particularidades, são bonitas e desejadas, mas a ansiedade e a insegurança aumentam à medida que novas edições de revistas femininas, comerciais e propagandas chegam às bancas e à TV, vendendo produtos, reiniciando o ciclo.
Conselhos para atingir o corpo ideal são pautas obrigatórias em revistas de beleza
Ponto de Cultura “Clube da Viola” existe há 22 anos e é a casa do “caipira” de Bauru
Colaboração, por Laura Luz, Renan Simão, Felipe de Oliveira Mateus e Gabriela Brandão Discentes do 7º Termo de Comunicação Social-Jornalismo da FAAC/Unesp
Apresentação do Clube da Viola no Poupa Tempo de Bauru
Movida pela paixão da cultura sertaneja, a música de viola tem seu lugar reservado na cultura de Bauru. O Clube da Viola é um projeto de preservação e difusão da cultura sertaneja que existe há 22 anos e está inserido na Rede de Pontos de Cultura do Ministério da Cultura desde 2011, quando essa iniciativa do Governo Federal para fomento à cultura popular contemplou esse e mais 10 projetos.
“Fizemos com que os violeiros que estavam escondidinhos reaparecessem sem medo de serem rejeitados”, explica Tião Carneiro, fundador e presidente do Clube da Viola. A equipe do clube faz o que começou com Tião há duas décadas: catalogar e noticiar cantores sertanejos, encontrosde violeiros, divulgar a cidade de Bauru, organizar atividades como a Orquestra da Viola e divulgar notícias, como a nota de falecimento do violeiro Zé Goianoem setembro último.
Dezenas de grupos sertanejos e violeiros estão compilados no blog do Clube da Viola, sejam em forma de vendas de discos originais, divulgações de encontros, agendas, homenagens póstumas ou mesmo um arquivamento de informações sobre quem eram e quem são essas pessoas que contribuíram e contribuem para a cultura “caipira” de Bauru, como classifica Tião.
“Realizamos também nossas oficinas de viola, violão, ensaios do Grupo da Catira, do Coral e da Orquestra de Viola”, conta Miguel Carneiro, responsável pelas atividades da Catira, dança folclórica típica da cultura tradicional de algumas regiões do interior do país, que também faz parte do projeto. Dentre essas atividades que estão incluídas no Projeto “Acordes da Viola”, apoiado pelo Projeto Ponto de Cultura do Ministério da Cultura e da Secretaria Municipal de Cultura de Bauru acontecem também apresentações com duplas
de violeiros e o Projeto “Acordes da Viola”. Miguel destaca que com a verba do Governo Federal recebida após a contemplação do projeto como Ponto de Cultura (R$ 180 mil ao longo de três anos), “a estrutura de oficinas e shows foi melhorada, as despesas de viagens e alimentação são pagas com a verba, estamos formando novos violeiros, e mantemos um site e uma rádio na internet, a Saudade Sertaneja.”
O grupo tem encontros mensais, algumas ocasionais, e ensaia toda quarta-feira, o que, segundo Tião sempre leva a uma pequena reunião semanal. Antes funcionando nas dependências do Centro Social Urbano (CSU) do Bairro Bela Vista, o Clube da Viola, que já fora retirado do local pelo diretor José Carlos de Oliveira, deve retornar ao Centro, segundo Tião Carneiro, com nova gestão. O projeto está para conseguir ainda uma sala nas dependências do Clube Malha Santa Izabel, por intermédio da Secretaria de Esportes de Bauru.
Conheça o programa Pontos de Cultura
Os Pontos de Cultura compõem a série de ações previstas pelo Programa Nacional de Cultura, Educação e Cidadania, o Cultura Viva, criado pelo Ministério da Cultura (MinC) em 2004 com o objetivo de estimular e fortalecer no país redes de criação e gestão cultural, com base nos Pontos de Cultura.
A proposta dos Pontos de Cultura não é a de criar novos projetos, mas de potencializar iniciativas culturais já existentes, por meio de adequação de espaços físicos, aquisição de equipamentos, realização de cursos e oficinas, entre outras ações.
Para a instalação de um Ponto de Cultura, são feitos convênios entre o governo federal e os estados ou municípios, para a formação de redes. A partir disso, o poder responsável por essas redes publicam editais, nos quais os diferentes arranjos produtivos de cultura podem se inscrever.
Além do Clube da Viola, Bauru tem outros nove Pontos de Cultura instalados por meio de convênio entre a Prefeitura Municipal e o MinC. São eles: CIPS, Cine Clube "Aldire Pereira Guedes", Instituto Cultural Olorokê, ONG Periferia Legal, Instituto Cultural Aruanda, AcaêAlfa, Instituto Acesso Popular, Casa da Esperança e Instituto Inácio de Loyola/Família de Nazaré. Eles foram contemplados pelo edital lançado pelo município em 2010. Além destes, a cidade também conta com o Instituto Cultural Yauaretê, Ponto de Cultura fruto da parceria entre o Ministério e a Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo.
A Cultura Caipira
“Caipira” é um termo de origem indígena usado desde a época colonial brasileira para se referir aos filhos mestiços de portugueses com as índias nativas, especialmente na capitania de São Vicente (cujo território abrangia o que atualmente é território de São Paulo e Minas Gerais). Na verdade, apesar da origem forte – quase todos os sinônimos de caipira (capiau, matuto, caboclo) são de origem tupi e guarani – a cultura e o universo criado em torno dessa palavra se afastaram muito de sua origem.
O caipira que se conhece hoje em dia – esse tipo ruralizado, desconfiado, com trejeitos humildes e dialeto próprio – se formou, a partir da miscigenação cultural indígena negra e estrangeira, assim como a própria cultura brasileira. Ao contrário do que o estereótipo criado pela mídia, o caipira não é um pobre ignorante avesso à higiene como o Jeca Tatu de Monteiro Lobato. Entrando um pouco mais nesse universo, descobre-se outras representações desse tipo social, como caipira preto velho e a mãe preta, homenageados na música de Tião Carreiro e Pardinho; o caipira branco, jeca fruto de miscigenação criado pelo famoso cineasta brasileiro Amácio Mazzaropi; a caipira cuja figura é posta em oposição aos processos de urbanização, como o personagem Chico Bento do quadrinista Maurício de Souza.
Essa cultura tão rica e peculiar acabou ficando marcada com uma imagem depreciativa de ignorância e retrogradismo. Como diz o especialista em mídia e sociedade, Cláudio Bertolli, “se você quer xingar uma pessoa no interior, não precisa chamar de idiota, usar palavrão... é só chamar de caipira”. Ele explica que uma pessoa não aceita ser comparada a um caipira porque ter essa imagem se tornou inaceitável.
Na contramão desse tipo de pensamento, existem várias iniciativas para a defesa da cultura regional em várias cidades do interior de São Paulo, como Campinas, Presidente Prudente e Piracicaba. Há quatro anos o sociólogo, advogado e autor do livro “Mazzaropi: Jeca do Brasil”, Glauco Barsalini, pede ao Ministério da Cultura o reconhecimento dessa cultura como patrimônio imaterial. “A consciência sobre a nossa própria história e o primeiro passo para a conquista da cidadania”. Ele defende que é preciso operar uma mudança de mentalidade, para que passem a enxergar a cultura caipira como parte da cultura brasileira, ver o capiau e seu universo com outros olhos; um olhar de respeito.
Equipe Clube da Viola
Tião Camargo, (Presidente),
Miguel Carneiro (Responsável pela Catira),
Nair da Nóbrega (Diretora Artística e responsável pelo Coral),
Benedito Botelho (Tesoureiro),
Jotha Camargo (Conselho Fiscal e responsável pelo transporte e instalação dos equipamentos de som),
William Niza (Secretário) e Teodoro (Vice-Presidente).
Descubra maneiras de ajudar o bom velhinho em Bauru (e um furo de reportagem)
Da Redação SICOM PET, por Fernanda Barban
FURO: Papai Noel capitalista!Papai Noel ganhando uma “bolada”... e a gente aqui fazendo o trabalho pesado!
Mas afinal, em tempos difíceis, quem recusaria essa oferta? Não basta ser gordinho e ter barba branca: tem que ter experiência. O negócio é bem disputado: saiu dias atrás, na Folha de SP, uma matéria dizendo que o trabalho do bom velhinho em shoppings centers, que costuma durar um mês, tem salários que variam de 5 a 20 mil reais. É, Papai Noel... tá na boa né... mas você merece um descanso. Deixa com a gente! Aqui vão algumas dicas para ajudarmos a fazer o Natal das crianças mais feliz: Papai Noel dos correios Desde 2009 a RPjr, Empresa Júnior de Relações Públicas da Unesp Bauru apoia o projeto “Papai Noel dos Correios”, uma campanha que visa atender aos pedidos (feito através das cartinhas recolhidas nos Correios) de crianças de até 10 anos de idade.
O “Natal Solidário” traz para dentro do campus da UNESP certo número de cartinhas que serão “adotadas” pelos alunos. Após o recolhimento dos presentes no campus, serão enviados aos Correios, que farão a entrega às crianças. As únicas restrições são que não podem ser doados presentes usados, assim como nenhum tipo de alimento. Serão aceitos apenas presentes novos. As adoções de cartas começaram ontem, terça-feira (20/11), e irão até a próxima terça (27/11). Para adotar uma cartinha é só ir aos stands nas cantinas da FEB e FAAC em algum dos horários de intervalo dos três períodos (manhã: 9:30-10:30, tarde 15:30-16:30, noite: 20:30 - 21:30). Os presentes serão recebidos nos stands ou na sede da RPjr do dia 28/11 ao dia 30/11, nos mesmos horários citados acima.
Papai Noel do Rock
A 8ª edição do Festival Rock do Bem vai acontecer do dia 5 a 9 de dezembro, tendo uma pré-festa dia 2. O evento, que terá várias atrações regionais e nacionais do rock, irá arrecadar brinquedos para serem doados às crianças carentes de Bauru e região até o Natal. A programação completa irá ser lançada em breve, e haverá shows em lugares como: SESC, Alameda Quality Center, Armazén Bar e Parque Vitória Régia. Por enquanto estão confirmadas as bandas Tim "Ripper" Owens, Forgotten Boys, Supersonica e Move Over. Em suas edições anteriores, o ROCK DO BEM já arrecadou e distribuiu quase 17.000 brinquedos em bom estado e levou mais de 70 bandas para mais de 40 palcos em diversos locais.
Neste sábado, dia 24, será realizada a primeira edição do Blogando 2012 em Bauru, evento cujo objetivo é estabelecer o debate entre blogueiros e profissionais da comunicação sobre a utilização dos blogs como importante ferramenta comunicacional e as suas potencialidades. A atividade na Universidade Sagrado Coração e contará com palestras e oficinas, procurando unir a teoria a pratica.
Nos debates serão abordados temas relacionados ao diálogo entre os blogs de entretenimento e o público atingido, à blogosfera como um espaço lucrativo, e à situação deste meio na realidade regional. Para agregar conhecimento prático, haverá as oficinas com os temas “Como tornar seu blog lucrativo” e “Como a produção pode trazer visibilidade para o seu trabalho?”.
Marcelo Bueno, editor de texto da TV Record e um dos organizadores do evento, acredita na importância de eventos como o Blogando para o cenário regional: “Aqui a gente tem muitos estudantes de comunicação e cursos ligados à tecnologia. Bauru tem um perfil que outras cidades do interior não têm, por isso é importante que sejam explorados os temas ligados ao ambiente virtual e suas possibilidades”.
As inscrições para o Blogando podem ser feitas pelo site do evento a partir do preenchimento de um formulário e do pagamento via boleto da taxa de trinta reais. O evento contará com onze convidados e os organizadores esperam receber aproximadamente 230 inscritos.
Utilizados inicialmente como diários pessoais, os blogs tornaram-se poderosos meios de produção e veiculação de conteúdo, fazendo da blogosfera não só um importante espaço para a propagação e compartilhamento de ideias, mas também uma forma de negócio em potencial.
Os blogs atuais tiveram sua origem a partir de componentes de sites através dos quais usuários escreviam sobre sua vida pessoal. Esses eram atualizados manualmente no próprio código da página, realidade alterada após o aprimoramento das ferramentas que facilitavam a manutenção e produção de artigos postados em ordem cronológica, que permitiram a criação de mecanismos de hospedagem para os blogs.
A popularização do meio se deu no início de 2000, quando o Blogger – serviço do Google que permite a edição e o gerenciamento de blogs – criou o permanlink, inovação que garantia a cada publicação uma localização permanente, a qual poderia ser referenciada. Além disso, a criação, pelos hackers, dos programas de comentários, permitiu a democratização do meio, fazendo com que blogueiros e seus leitores pudessem produzir e trocar informações.
Segundo Marcelo Bueno, editor de texto da TV Record e blogueiro desde 2007, a vantagem dos blogs em relação a outros meios de difusão e compartilhamento de conteúdo, em especial as redes sociais, é a sua capacidade de fixação. “O blog tem uma permanência muito forte. Nas redes sociais você tem um boom de qualquer assunto, mas esse assunto é logo atropelado por outro na sequência. No blog o conteúdo é fixado, é registrado”, opina Marcelo.
A quinta edição do Programa Atalho já está no ar! Nesta produção apresentamos um apanhado da Semana de Jornal 2012. Realizada pela Agência Júnior de Jornalismo da Unesp-Bauru, a Jornal Jr., a semana contou com oficinas e palestras de profissionais renomados no mercado e nos mais variados segmentos, destacando-se as mesas de Jornalismo Impresso, Telejornalismo, Jornalismo Literário, Jornalismo Esportivo e outras.
Veja abaixo a nossa vídeo-reportagem sobre a Semana de Jornal 2012:
Em 2013, Bauru será palco de um dos maiores eventos na área de Comunicação. Todos os olhares estarão voltados para essa cidade no interior de São Paulo, com pouco mais de 350 mil habitantes, nos dias 3, 4 e 5 de julho. O Intercom Sudeste é nosso!
O Intercom – Congresso de Ciências de Comunicação - tem seis edições anuais. No primeiro semestre, são realizados um em cada região do país e no segundo semestre, é realizado o evento nacional, reunindo pessoas do país inteiro. O evento tem como objetivo reunir profissionais de todas as áreas da comunicação, e discutir temas relevantes para a profisão.
O evento conta com palestras, mesas redondas, apresentação de trabalhos, minucursos, entre outras atividades. O diferencial do Intercom é a ampla participação de alunos de graduação e para isto, existe um espaço dedicado à esse público: o Intercom Júnior, que permite a apresentação de trabalhos e o Expocom, que premia os melhores trabalhos em determinadas categorias.
Falando em premiação, é bom lembrar que os cursos de Comunicação da FAAC, juntamente com seus projetos, tem criado uma tradição em trazer prêmios do Expocom para Bauru. O SICOM-PET é um exemplo, vencendo o prêmio na categoria de Jornalismo, na modalidade Projeto de Assossoria de Imprensa, no Intercom Sudeste 2012, realizado em Ouro Preto – MG.
A identidade visual do Intercom Sudeste 2012 já foi lançada. A inspiração veio das ferrovias, marco da cidade de Bauru, conhecida por ser ponto de encontro de várias linhas férreas. A logo foi elaborada por André Turtelli que é cordenador de videografismo da TV Unesp.
As novidades do evento podem ser acompnhadas através do site e também pelas mídias sociais como a página no Facebook e pelo Twitter.
Não deixe de acompanhar e ficar por dentro das novidades sobre o Intercom Sudeste 2013, em Bauru. Até lá!
Luna
-
Luna é um curta-metragem que fala sobre desconfiança, erros e decepções.
Este filme foi um projeto de experimentação de seis alunos de Rádio e TV do
segu...