A união dos dois gêneros causa controvérsias no meio
Da Redação SICOM PET,
por Jakeline Lourenço
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Debate sobre coberturas esportivas na Semana de Jornal 2012,
com Alessandro Abate e Thiago Simões. (foto: Fernanda Luz)
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Muitos profissionais divergem quando o assunto é o limite
entre jornalismo e entretenimento. O jornalismo esportivo tem
mudado muito nos últimos anos, passando de coberturas simples e objetivas para
programas com reportagens dinâmicas, com características que se aproximam cada
vez mais da indústria do entretenimento. Para muitos essas inovações
foram muito importantes no sentido de renovar o estilo já batido com que o
esporte era tratado.
Mas até que ponto podemos aproximar esses dois gêneros, que
a princípio parecem caminhar por caminhos opostos, sem que se perca a
credibilidade jornalística?
Sobre o assunto Alessandro Abate, editor
do Lance! avalia que,
apesar de todas essas mudanças, o jornalismo esportivo caminha para um gênero
cada vez mais especializado. ‘’ De uns anos pra cá houve uma profissionalização
muito grande. Chegaram os canais esportivos, os jornais como o Lance!, as
rádios que só falam de esporte, e o esporte se tornou um negócio muito
grande. Quando isso se torna um negócio, com muita movimentação de
dinheiro, todas as camadas têm que se profissionalizar’’
Thiago Simões,
jornalista e comentarista da ESPN,
ressalta que, apesar de informativo, o esporte sempre foi uma forma de
entretenimento para a população. ‘’Eu acho impossível separar as duas
coisas. O esporte é entretenimento, porém precisa ser um entretenimento com
responsabilidade’’
Para os jornalistas, o equilibro parece ser encontrado
quando o meio de comunicação entretém e agrada o publico, mas o conteúdo ainda
se enquadra dentro dos parâmetros da informação jornalística. ‘’A gente a
precisa se profissionalizar, mas se profissionalizar para ser jornalista e
fazer jornalismo, não entretenimento’’ finaliza Alessandro.
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