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Nova edição do Comunica PET!

Edição especial da Semana da Comunicação 2013

Premiação do Intercom Manaus

Unesp de Bauru ganha prêmios em categorias de produtos no Intercom 2013

Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental

Mais uma parceria inédita na Secom 2013

Parceria entre Secom e interdesigners

Dois eventos terão atividades conjuntas durante a Semana da Comunicação 2013

Projeto Morrinho

Projeto dismistifica a visão da favela como um lugar somente de violência através de ações culturais

26 de junho de 2012

Grupo NeoCriativa em ação

O conceito de economia criativa fervilha nas academias desde 1994 e pode inovar e melhorar as maneiras de se produzir informação

Redação SICOM PET,
de Millena Grigoleti


Um dos grupos de estudo mantidos pela Faac é o NeoCriativa. Ligado ao Departamento de Comunicação Social, discute produções que dependem da criatividade para gerar renda e trabalho através da conjugação de economia, cultura e tecnologia.

O conceito de economia criativa surgiu na área acadêmica em 1994, mas, muito antes disso, países africanos já desenvolviam a idéia. Na área, existem quatro eixos centrais: mídias, artes, patrimônio histórico e aspectos técnicos funcionais. O tema ganhou tanta importância que hoje existem políticas públicas direcionadas exclusivamente a ele, inclusive no Brasil, onde já existe a Secretaria de Economia Criativa desde 2011.

“A economia criativa tem a Comunicação como elemento estruturante de suas atividades. Como um de seus eixos é a mídia (impressa, eletrônica, digital e radical – todas as formas midiáticas desenvolvidas pelos movimentos sociais subalternos: grafite, vestuário, anedotas, fanzine, camisetas...), a comunicação tem papel especial nesse campo de pesquisa, como produção de conteúdos criativos, plataformas criativas e desenvolvimentos de infra-estrutura de organização de processos de inovação criativa”, explica o professor Juarez Tadeu de Paula Xavier, coordenador da atividade. O professor revela que decidiu montar um grupo de estudos voltado ao tema devido à relevância da área: “a economia criativa é, na minha opinião, o campo propício para o desenvolvimento de projetos na área da comunicação social”.

Juarez explica como a economia criativa pode ser útil para diferentes áreas da comunicação. No Jornalismo, por exemplo, as tecnologias digitais podem melhorar a produção de conteúdos informativos, via reportagens assistidas por computador (RAC). Além disso, “para os produtores de conteúdos eletrônicos e digitais, a economia criativa oferece uma grande gama de recursos e processos criativos. E para Relações públicas, a economia criativa é um playground de possibilidades, já que essa nova ecologia digital revisita as formas de gestão de processos, pessoas e recursos, como nunca se via, nas décadas anteriores”, ressalta.

O NeoCriativa se reúne às quartas-feiras, das 17h às 19h, na sala de reuniões do Departamento de Comunicação Social.

Entenda o conceito de Indústrias Criativas com esta reportagem da Globo News

22 de junho de 2012

Mais um Unespiano em Bauru!

O professor Francisco Machado Filho chega à Faac e passa a integrar o quadro docente da universidade

Redação SICOM PET,
de Luana Rodriguez


O corpo docente da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (Faac) da UNESP-Bauru, ganha, neste ano mais um professor. Doutor em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP), o professor Francisco Machado Filho passa agora a integrar a equipe de docentes do curso de jornalismo da universidade.


Recém-chegado da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), onde era professor nas disciplinas do curso de jornalismo e publicidade, o professor Kiko, como é apelidado, está envolvido em dois projetos de extensão: a Rádio Unesp Virtual, na qual é responsável pelo núcleo artístico do projeto, e no Grupo PET, no qual é responsável pelo núcleo de novos formatos de roteiro para televisão.


Kiko, que também tem experiência em comunicação, com ênfase principalmente na área de Radio e TV, temi como linha de pesquisa assuntos referentes à TV digital e já trabalhou também com temas como as Mídias Digitais e a Internet. Quando perguntado sobre o seu interesse pelo tema TV digital, afirmou que é um assunto já recorrente em sua carreira como pesquisador. “Minha dissertação de mestrado já tratava do tema TV Digital. O que me levou a estudar esse tema foi minha experiência de mercado em TV e o aprofundamento dos estudos nas disciplinas que eu ministrava dentro do jornalismo e rádio e TV”, lembra o professor, que iniciou seus estudos sobre o assunto na Universidade Vale do Rio Doce em Governador Valadares/MG.


Como pesquisador na linha de TV digital, o professor ainda vê na universidade bauruense uma boa estrutura nessa nova plataforma de comunicação social: “a UNESP tem uma ótima oportunidade de aprofundar os estudos em TV digital, pois conta com um mestrado específico na área e possui um canal de TV aberto que irá transmitir em alta definição”. Para o professor, a TV da UNESP é uma ótima oportunidade para os alunos de comunicação vivenciarem na prática as aplicações de interatividade e dos novos formatos decorrentes dessa nova modalidade de TV.

21 de junho de 2012

Movimento #Yosoy132 - a mudança que o México precisa

Da Redação SICOM PET,
por Gerardo Martínez - estudante intercambista da Universidad Nacional Autónoma de México



O ano de 2012 é significativo para a situação social e política do México porque os jovens estudantes mexicanos começaram a mudar por meio das redes sociais e aproveitando ao máximo a tecnologia na internet a visão que se tinha deles com o movimento chamado #Yosoy132.

O movimento surgiu em 11 de maio na Universidade Iberoamericana, na cidade do México, com a visita do candidato do Partido Revolucionário Institucional (PRI), Enrique Peña Niet. Os estudantes da universidade o recepcionaram com manifestações respeitosas sobre sua atuação quando foi governador do Estado do México, principalmente no caso Atenco onde ele decidiu utilizar a força pública contra a própria população daquela região. Depois do evento, os meios de comunicação difundiram que foi um êxito respaldando a imagem do candidato.

Daí, os estudantes decidiram fazer reclamações contra a mídia que ficam com o governo por se deixar manipular e mal informar. Não informam a realidade porque só difundem o que eles querem e ão controlados pelo governo para manipular a opinião pública.

Seus princípios são que é um movimento estudantil, cidadão, político e apartidário, não violento, de luta pelas demandas baseado nos direitos da liberdade de expressão e na soberania que a constituição mexicana nos conferiu, é um movimento horizontal unificado que não faz distinção entre universidades privadas ou públicas, não é só estudantil, mas, procura incorporar a cidadãos que compartilham os ideais do movimento.

É nesse ponto que se concentra a importância da tecnologia, neste caso em específico a internet. Isso porque a desinformação e a manipulação da informação ficam dentro dos problemas sociais na população mexicana e, com o acesso aos sites, a liberdade de expressão fica como direito fundamental do ser humano para sua livre difusão das idéias. Como meio de denuncia e escape dos jovens mexicanos, a internet tem papel importante na vida das novas gerações. Hoje as redes sociais no México representam a diferença com o passado, isso porque é o espaço onde as pessoas podem se comunicar sem censura e as informações chegam de um jeito direto, ou seja, não filtrada pelo governo ou um poder fático que decide que podemos saber ou devemos saber.

O movimento dos jovens mexicanos #Yosoy132 representa a mudança na mentalidade deles, no qual seu papel dentro da sociedade mexicana faz a integração de vários aspectos, entre eles o compromisso que eles tem com o futuro do país, o bem comum e o câmbio verdadeiro que o México precisa.



18 de junho de 2012

SICOM PET abre inscrições para o segundo semestre

Vagas serão apresentadas durante encontro na próxima quarta-feira

Da Redação SICOM PET,
por Kelly De Conti

O Grupo SICOM PET promoverá uma reunião para apresentar as vagas disponíveis para o segundo semestre deste ano. O encontro acontece na próxima quarta-feira, às 17h30, na Sala PET, que fica em frente ao setor de Graduação da FAAC.

Haverá vagas para os alunos de Jornalismo, Radialismo, Relações Públicas e Sistemas de Informação. Eles poderão escolher entre a Assessoria de Relações Públicas, Assessoria de Comunicação, SICOM Audiovisual, SICOM Audiofônico (em parceria com a Rádio Unesp FM), SICOM Impresso e o Portal de Notícias PET. Durante o evento, serão apresentadas as propostas de cada modalidade.

O SICOM PET é um projeto de pesquisa e extensão do Departamento de Comunicação Social (DCSO) voltado para a formação extracurricular dos estudantes da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da UNESP (FAAC/Unesp). O foco é o estudo e o desenvolvimento de gêneros, formatos e linguagens para produção e difusão de programação audiovisual e escrita artística e jornalística.

15 de junho de 2012

A instabilidade política e as reclamações das crianças no México

Da Redação SICOM PET,
por Gerardo Martínez
 - estudante intercambista da Universidad Nacional Autónoma de México 

Compreender a política mexicana é uma tarefa difícil e trabalhosa, não basta olhar apenas para os acontecimentos atuais. Uma boa análise crítica da situação social mexicana precisa acontecer mediante uma revisão d a história, ou seja, as bases do sistema político atual estão no passado mexicano, no qual existem os fatos e as respostas aos questionamentos em relação ao desequilíbrio social dos mexicanos.

A menos de um mês das eleições presidenciais do México, existe um ambiente de dúvida social sobre o que será do futuro político mexicano. Andrés Manuel Lopez Obrador, candidato da esquerda mexicana, e Enrique Peña Nieto, da direita, são os presidenciáveis definidos na competência presidencial na qual a candidata do Partido Acción Nacional (PAN), Josefina Vázquez Mota, ficou em terceiro lugar.

O poder da informação que tem a Televisa, empresa mexicana de televisão mais importante do país com presença na América Latina conhecida também como o gigante dos meios no México, é a base para sustentar o controle da população por parte do governo mexicano.

Na última semana, foi realizada uma entrevista com o candidato Andrés Manuel López Obrador no programa Tercer Grado, da empresa Televisa, na qual ficou nítida a oposição por parte dos jornalistas daquela empresa. Em contraste, para o mesmo programa também foi convidado o candidato Peña Nieto recepcionado com uma entrevista de tonalidade diferente.

Veja os vídeos de cada uma das entrevistas realizadas com candidatos:





 A violência, a corrupção, a pobreza e a criminalidade presentes na atualidade mexicana é um reflexo da instabilidade social que existe no país. É verdade que desde que a vantagem folgada do candidato do Partido Revolucionário Institucional (PRI) foi diminuindo e o apoio a Lopez Obrador foi aumentando desatou-se com força a campanha contra o candidato da esquerda. A situação do México está mudando para outros caminhos, outros desafios que nós mexicanos temos que enfrentar.

As novas gerações estão percebendo isso de uma maneira diferente, são ideias novas e revolucionárias que se acomodarão aos novos caminhos. Assista ao vídeo a seguir com as reclamações das crianças mexicanos:


11 de junho de 2012

"Moda, Música e Cinema" é tema da Semana de RP

Redação SICOM PET,
Produção: Jéssica Godoy e Ana Carolina Monari





XI Semana de RP começa hoje e vai até quarta-feira (13). O tema deste ano é: RP e Produções Culturais - Moda, Música e Cinema. O evento é organizado por alunos do 2º ano do curso de Relações Públicas da Unesp, câmpus de Bauru.






Saiba a programação dos próximos dias com a integrante do Comitê Organizador, Larissa Portalupi:





FAAC tem 11 trabalhos aceitos para o Expocom 2012


Da Redação SICOM PET,
por Kelly De Conti

A lista oficial dos trabalhos aprovados para a Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação – Expocom – já está disponível no site do evento. Neste ano, a FAAC/Unesp de Bauru será representada com 11 trabalhos (confira a lista abaixo).

As apresentações serão em todos os dias do evento, que ocorre entre 28 e 30 de junho. Todas as sessões estão marcadas para acontecerem na Escola de Farmácia da Universidade Federal de Ouro Preto, na Rua Costa Sena, nº 171, Centro, Ouro Preto (MG).

Vale lembrar que o melhor trabalho será premiado com um certificado e, dependendo da contribuição obtida pelos organizadores da Intercom junto a parceiros e patrocinadores, também poderá haver medalhas ou troféus. Contudo, o trabalho deixará de concorrer ao prêmio se o aluno responsável não o apresentar no local designado.

Cinema e Audiovisual
DOX: Programa de televisão ao vivo e interativo – Débora dos Santos de Grande (Dia 28 – às 17h - Sessão I – Sala F1)

Interprograma Link (PET-RTV) – Flávia Battistuzzo Dias (Dia 29 – às 11h30 – Sessão II – Sala F1)


Jornalismo
SICOM PET: a experiência de uma assessoria de imprensa convergente e multimidiática - Giovani Vieira Miranda (Dia 28 – às 15h30 – Sessão I – Sala F4)

Agência Júnior de Jornalismo – Jornal Jr
Marcela D’Andréa Busch (Dia 28 – às 14h30 – Sessão I – Sala F4)

Direto do Câmpus: acontecimentos da Unesp veiculado via web através de um produto audiovisual – Helena Schiavoni Sylvestre (Dia 29 – às 12h  – Sessão II – Sala F4)
Jornalismo Científico em Linguagem – Tiago Zenero de Souza (Dia 29 – às 14h – Sessão III – Sala F4)


Produção Editorial e Produção Transdisciplinar em Comunicação
Toque de Ciência Audiofônico – Lydia Rodrigues Souza (Dia 30 – às 10h30 – Sessão IV – Sala F4)

Relações Públicas
RPjr: Empresa Júnior de Relações Públicas – Lucas Sant’Ana Nunes (Dia 28 – às 13h – Sala F3)

Festival Cultural 20anos Rádio Unesp – Bruna Mantuan (Dia 28 – às 14h15 – Sala F3)

Assessoria de Comunicação para o Be Happy Bowling (Dia 28 – à 14h30 – Sala F3)

Assessoria de Comunicação para a ONG Batra – Rodolfo Josepette Nicolosi Garcia (Dia 28 – às 16h15 – Sala F3)

9 de junho de 2012

A riqueza da gastronomia do México

Da Redação SICOM PET,
por Gerardo Martínez - estudante da Universidad Nacional Autónoma de México

Uma das coisas nós mexicanos nos sentimos orgulhosos é de nossa culinária. A comida mexicana é famosa em todo o mundo por sua grande diversidade e a fusão de ingredientes que faz um sabor único. A gastronomia do México foi declarada em 2010 Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação a Ciência e a Cultura (UNESCO). 


A base principal dos pratos mexicanos são a pimenta, o milho e o feijão. A maioria dos ingredientes é de origem indígena e sua elaboração também faz parte da invenção de sabores. Paso a passo, com experiência herdeira por séculos de tradição, é um presente para o gosto das pessoas e também um tempero saboroso. 

A comida mexicana da atualidade é herdeira de um passado diverso, resultado do choque cultural do antigo mundo. Essa conjunção entre os sabores suaves da comida tradicional espanhola e os fortes sabores da comida indígena deu como resultado essa comida que é reconhecida e significativa para todas as pessoas que têm a oportunidade de conhecê-la e experimentá-la. 

Caracteriza-se pela variedade de pratos e receitas e pela complexidade da preparação. Quando se fala de comida mexicana ao mesmo tempo se fala de uma identidade nacional, na qual estão presentes tanto as raízes do México antigo quanto as invenções do México moderno. 

Um exemplo é o Pózole, feito com milho nixtamal, consiste em uma sopa ou guisado com carne de porco, pimenta e outros temperos. É um prato típico em vários estados como Sinaloa, Michoacán, Guerrero, Jalisco, Morelos, México e Distrito Federal. 

É muito importante destacar o jitomate, o cacau, o aguacate, o calabaza, o nopal e a vainilla porque faz parte da culinária e foram os alimentos da terra para os povos e culturas pré-hispânicas ou do México pré-colombiano. 

Alguns pratos tradicionais mexicanos são: El burrito, Carnitas, Chilaquiles, Enchiladas, Frijoles Refritos que é feijão cozido amassado e frito, também pode-se encontrar pratos como o famoso guacamole, o huitlacoche, mole, nopales, pico de gallo, quesadillas, sopes, tacos, tamales e tostadas a maioria feitos com milho nitamal e os famosos aperitivos nachos e totopos que é tortilha frita. 

Com esse reconhecimento se comprova novamente que o México é muito rico não só em riquezas da natureza, cultura e tradição, mas também em sabor.

5 de junho de 2012

Unesp oferece transporte aos estudantes que participarão da Intercom

Prioridade é para alunos que apresentarão trabalhos, mas há lista de espera para quem participar apenas como ouvinte 

Da Redação SICOM PET,
por Kelly De Conti

A Unesp anunciou que disponibilizará um ônibus para os estudantes que tiveram os trabalhos aceitos na XVII Intercom Sudeste. A etapa regional do evento ocorre entre os dias 28 e 30 de junho na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), em Minas Gerais. 

Os alunos que quiserem reservar a vaga para a viagem devem comparecer à secretaria do Departamento de Comunicação Social com o documento de identidade e a carta de aceite do trabalho. 

No total, ficarão disponíveis 20 vagas para os alunos que participarão da Expocom e da Intercom Júnior. Também haverá uma lista de espera destinada aos estudantes que não apresentam trabalhos, mas estes só serão chamados caso não seja atingido o número limite de lugares. 

Neste ano, o tema do evento será “Esportes na Idade Mídia – diversão, informação e educação” devido ao momento de preparação para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, ambos no Brasil.

3 de junho de 2012

México no Dia dos Mortos: quando a morte se encontra com os vivos.

Da Redação SICOM PET,
por Gerardo Martínez - estudante da Universidad Nacional Autónoma de México



Na etapa histórica, quando o domínio político e cultural pelos europeus não tinham chegado aos povos indígenas do continente americano, existia grande diversidade de tradições que, até agora, são parte de nossas origens. Um exemplo disso acontece no México com uma das tradições mais representativas e significativas para o povo, na qual os mexicanos fazem um ritual para lembrar seus parentes defuntos que voltam para o mundo dos vivos; é o chamado Dia dos Mortos. 

A UNESCO tinha declarado essa festividade como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. No México, o dia é comemorada com grandes festejos; comida, bebida, música, danças e representações engraçadas e caricatas da morte (caracterizada pela personagem La Catrina). 

Conforme as crenças da civilização mexicana antiga, quando uma pessoa morre seu espirito continua vivendo no mundo terreno. No cemitério, o lugar onde eles podem descansar em calma e paz, é também designado para que as almas dos defuntos retornem à vida e possam reencontrar-se com suas famílias, e assim, poderem visitá-los. Tem-se a crença que ainda que as pessoas vivas não possam vê-los, eles podem percebê-los ou senti-los como se estivessem vivos. 

Faz parte da tradição que a imagem da morte não produza medo para o povo porque, para os indígenas mexicanos, tem-se a ideia de que a morte é uma questão de alegria. Já para os povos mesoamericanos antigos, a morte não tinha as conotações morais da religião católica, do inferno e o paraíso que servem para castigar ou premiar. Pelo contrario: eles acreditavam que os destinos das almas dos mortos estavam determinados pela morte que eles tiveram, mas não pelo seu comportamento na vida. 

Com a chegada dos espanhóis ao México no século XVI, aconteceu uma mistura de crenças e tradições, formando, assim, um conjunto de duas culturas diferentes e que agora faz parte da história e da memoria do povo mexicano.  De acordo com o calendário católico atual, o dia primeiro de novembro é dedicado a todos os santos e o dia dois aos fieis defuntos. Os indígenas tinham a crença de que todos os mortos se dirigiam para Mitlantecutli ou Mitlan, pois seria o lugar onde todas as almas vão permanecer pela eternidade.

Parte importante desta celebração é a ideia de que existe alguma coisa depois da morte, mudando o conceito de que há apenas tristeza. O Dia dos Mortos faz com que as pessoas contemplem a morte como uma filosofia de alegria, festividade e oração porque cada um dos elementos para a celebração contém misticismo, historia e cultura puramente mexicana.

1 de junho de 2012

Doc. de animação: a subjetividade para mostrar o real

Por Renan Simão em
matéria originalmente publicada no blog e-Colab

Antes de começar esse texto, copio uma frase do jornalista e documentarista Bruno Natal sobre documentários:

“… porque documentário não um gênero, é uma linguagem.”


Posto isso, vamos ao texto.


Na última terça-feira, durante a Semana de Rádio e Tv da Unesp, foi realizada a palestra: “A expansão do cinema documentário: novas relações entre documentário e ficção” ministrada por Jenifer Serra, na sala 1 da FAAC. Não se atendo ao título genérico da palestra, Jenifer, formada em Produção Cultural e mestranda do programa Multimeios da Unicamp, aprofundou-se por um gênero de documentário: o de animação.

Formato caro ao cinema documental contemporâneo, o documentário de animação se tornou famoso em dois filmes: Valsa com Bashir (2008), Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro e Ryan (2004), vencedor do Oscar de animação. Tais produções têm em comum o fato utilizarem a animação para contar uma história real. Sim, a realidade pode ser representada de forma subjetiva e mostrar aspectos que o documentário objetivo não pode atingir. Esse foi o ponto da palestra.

Definições, Magritte e Ryan
Para delimitar seu campo de atuação Jenifer diz que o documentário é o cinema “que busca interrogar o real, o mundo histórico”. Também fala que a animação aparece “tradicionalmente como imaginativa, irreal”, mas utiliza recursos do cinema clássico para contar uma história. Por fim, define o documentário de animação: “linguagem que usa a representação subjetiva [persongens animados, bonecos, etc.] para mostrar temas, aspectos, histórias e sentimentos objetivos”.

René Magritte, pintor surrealista que confundiu os limites entre realidade e ficção, mostrava que tudo é representação: realidade e subjetividade caminham juntas. Um quadro, um texto ou um documentário são representações da realidade, sendo assim, impedidas de mostrar o real como um todo. Se não podemos mostrar a realidade como seu todo num documentário clássico, porque não lançar mão de recursos subjetivos da animação para representar aspectos objetivos que são impossíveis de se ver num filme convencional? Esse é o alvo do documentário de animação.

Como exemplo da discussão, Jenifer exibiu o curta-documentário de animação Ryan, com direção de Chris Landreth, de 2004. O filme faz uso de esquetes, pintura e animação 3D para contar a história real de Ryan Larkin. Larkin, um talentoso animador canadense que nos anos 80 criou peças de animação inovadoras de grande influência na produção de filmes de seu país sofreu com o fracasso profissional e 30 anos depois era facilmente encontrado morando nas ruas de Montreal devido ao vício em álcool e cocaína. Por meio de entrevistas e depoimentos verídicos, a animação conta a trajetória de Ryan, dialogando com seus amores, amigos, crises de criatividade, vícios e pobreza.

Mas o detalhe mais impressionante do curta é a representação dos personagens. Desfigurações do rosto mostram a degradação moral, demonstrações de raiva são tentáculos vermelhos que saem do cérebro e contornos roxos sobre o rosto lembram o amor dos entrevistados animados. “A imagem vista na tela é fruto das impressões coletadas nas entrevistas. Os detalhes dos corpos e expressões são subjetivos sim, mas tem profunda ligação objetiva com a história real”, observa Jenifer. Ela ainda conta que essa aproximação de realidade fantástica é chamada por pesquisadores de psicorrealismo.

Com convicção, a mestranda afirma que o documentário de animação deve ter uma leitura documentalizante, não se atendo à imaginação somente, e que “animação pode ser subjetiva mas tem compromisso sobre o real".

Agora, lembrando da frase do Bruno Natal lá de cima, realmente o documentário pode transitar por vários gêneros devido à sua linguagem abrangente e não se prender ao seu rótulo limitador de objetivo.

Veja na íntegra o curta-metragem Ryan:


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