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Nova edição do Comunica PET!

Edição especial da Semana da Comunicação 2013

Premiação do Intercom Manaus

Unesp de Bauru ganha prêmios em categorias de produtos no Intercom 2013

Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental

Mais uma parceria inédita na Secom 2013

Parceria entre Secom e interdesigners

Dois eventos terão atividades conjuntas durante a Semana da Comunicação 2013

Projeto Morrinho

Projeto dismistifica a visão da favela como um lugar somente de violência através de ações culturais

24 de outubro de 2013

Conversando com a programação: as possibilidades da Televisão Digital

O futuro da TV Digital e a sua nova realidade a partir da internet serão alguns dos temas debatidos durante a SeCom 2013

Da Redação SICOM PET, por Nathália Rocha

Quem viu de perto, há sessenta e três anos, as primeiras imagens transmitidas em preto-e-branco através das cerca de 200 telinhas recém-espalhadas pelo país dificilmente conseguiria imaginar uma realidade marcada não só por imagens que beiram o real, mas também pela interação entre o expectador e aquilo que é transmitido.

A televisão digital chegou ao Brasil com uma promessa básica: melhoria da qualidade da imagem e do som. Assim como as primeiras televisões que chegaram ao país, trazidas por Assis Chateaubriand, o acesso a essa novidade, a princípio, também foi para poucos. Os preços abusivos fizeram com que se questionasse a possibilidade de popularização da nova tecnologia. Ainda assim, em pouco tempo termos como HDTV (high definition television, ou televisão de alta definição) se tornaram populares entre a população e vendedores.
Mas a nova tecnologia trazia outra promessa: a possibilidade de interação entre o cidadão comum e a informação transmitida. Em longo prazo, graças a maior banda de transmissão da televisão digital, pretende-se transmitir diferentes conteúdos através de um mesmo canal simultaneamente e informações de interatividade, como guias de programação e dados estatísticos.

Aplicativo "Segunda Tela" da Band traz informação extra sobre a programação exibida no canal


O professor Juliano Maurício de Carvalho, Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Televisão Digital da Unesp, afirmou que o país encontra-se em um período de transição do modelo analógico para o digital, e que a possibilidade de interação através do aparelho televisor ainda é uma promessa, uma realidade futura.

A internet, no entanto, se adiantou na concretização dessa promessa. Meio multi-plataforma por definição e cada vez mais marcado pela interatividade, o ciberespaço já engloba programações antes restritas à televisão, e carrega consigo não só a imagem e o som em alta definição, já possibilitados pela TV digital, mas também a interatividade e a mudança do papel da audiência diante de sua programação.

“Hoje a maioria das emissoras, dos conteúdos audiovisuais já têm apontado para uma integração e uma interação em um outro suporte midiático que não necessariamente a televisão e essa interação vai se dar no que se chama de ‘segunda tela’. Vai se dar em um segundo suporte, onde você interage por meio das redes sociais, por meio da internet como um todo, interage como um próprio programa. Ou seja, esse novo comportamento de assistir televisão fazendo uma outra atividade já é uma tendência”, completou o professor Juliano.

Esse novo modelo de digitalização e outras possibilidades para a tecnologia serão assuntos do Colóquio Mídia e Tecnologia, do Programa de Pós-Graduação em Televisão Digital, uma das atividades integradas à SeCom 2013. 

21 de outubro de 2013

Nova edição do Comunica PET - Especial Secom 2013

A nova edição do Comunica PET chegou e vamos falar do que vem por aí na Semana da Comunicação 2013, direto dos bastidores da organização do evento!

Matérias de Wanessa Medeiros, Letícia De Maceno e Pepita Ortega.








17 de outubro de 2013

Bauru recebe a 2ª Mostra de Cinema Ambiental

Duas sessões serão realizadas na Unesp durante a Semana da Comunicação

Sucesso na capital paulista, a 2ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental chega à cidade de Bauru trazendo filmes de diversos países, classificados em sete eixos: água, cidades, contaminação, economia, globalização, mobilização, e povos e lugares.

A abertura acontece no dia 21 de outubro, na Unesp, às 16h, com a exibição do filme A cidade e uma só?, seguida de debate. Produção brasileira de 2011, o filme é uma reflexão sobre os 50 anos de Brasília, tendo como foco o processo permanente de exclusão territorial e social que parcela considerável da população do Distrito Federal e do entorno sofre, e como essas pessoas restabelecem a ordem social através do cotidiano. O ponto de partida dessa reflexão é a Campanha de Erradicação de Invasões (CEI), que em 1971 removeu barracos que ocupavam os arredores de uma então jovem Brasília.

Dentre os destaques da mostra figura também o filme A Crise Global da Água, produção norte americana de 2011 traz a ativista Erin Brockovich e especialistas como Peter Gleick, Alex Prud’homme, Jay Famiglietti e Robert Glennon debatendo por que a crise mundial da água será a principal questão que o planeta precisará enfrentar neste século. O filme esclarece o papel fundamental que este recurso representa em nossas vidas, expõe os defeitos do atual sistema de abastecimento e retrata comunidades que já lutam com seus efeitos colaterais.

Petróleo: o grande vício, produção franco americana de 2011, mostra os bastidores do pior vazamento de petróleo da história, causado pela Deepwater Horizon. Ao expor as causas do vazamento de óleo e o que realmente aconteceu depois que as câmeras de televisão deixaram a região, os cineastas Josh e Rebecca Tickell revelam uma vasta rede de corrupção.

Para os pequenos, a Mostra traz dois filmes: A Baleia (uma orca que tenta fazer amizade com pessoas depois de perder sua família) e Animais unidos jamais serão vencidos (animais se unem contra uma barragem e um resort que bloqueiam o abastecimento de água da planície africana).
Acompanhando a programação, serão promovidos outros dois debates relacionados a questões abordadas em alguns filmes: em 22/10 após a exibição do filme A crise global da água, no SESC Bauru; e em 23/10, após a exibição do filme Petróleo: o grande vício, na Unesp.

Criada em 2012 com o objetivo de chamar a atenção para questões de meio ambiente, sustentabilidade, cidadania, governança, participação e políticas públicas, a Mostra oferece oportunidade de conferir filmes que reúnem qualidade cinematográfica e análise de questões ambientais, facilitando o acesso a discussões que muitas vezes fazem parte do cotidiano das pessoas sem que elas tenham oportunidade de refletir sobre isso.

A 2a Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental - Itinerância é uma realização da ONG Ecofalante com co-realização do SESC-SP e conta com apresentação da Mondelēz e patrocínio do Instituto Votorantim e White Martins. O projeto é realizado com apoio do Governo do Estado de São Paulo, Secretaria da Cultura, Programa de Ação Cultural 2012. 

O evento acontece em outubro simultaneamente em 17 cidades. A programação, gratuita, está disponível no site da Mostra. Para acompanhar de perto os bastidores e outras informações, fique de olho no facebook e no twitter.

16 de outubro de 2013

EnaPET 2013: pensando a nossa identidade, avaliação e expansão

Recife acolheu PETs do Brasil inteiro em discussões, apresentações e atividades culturais
Da Redação Sicom PET, por Mariana Caires

Depois de muita expectativa, enfim chegou o Encontro Nacional dos PETs de 2013. Entre 1 e 6 de outubro, mais de 1550 PETianos e tutores se reuniram no evento que pensa os moldes e o futuro do Programa de Educação Tutorial.



Se você não souber o que é um PET, basicamente, todo Programa de Educação Tutorial deve fomentar o tripé Ensino-Pesquisa-Extensão, que é fundamental em qualquer universidade pública brasileira. Esse é um Programa sustentado pelo Ministério da Educação, mas em alguns casos, como o do PET-RTV, a verba destinada ao grupo provém da Instituição de Ensino.

Aqui vão alguns links para te inteirar no assunto:

Existem PETs em várias universidades públicas e cada um tem sua área de aplicação. O ENAPET é o momento ideal para que todos os tipos de grupos se expressem a fim de refletir sobre o Programa como ele é e de pensar em novas formas de atuação.

Todo ano, antes do ENAPET, são realizados os encontros regionais do grupo que têm como função encaminhar diretrizes para o encontro nacional. Esse ano, a troca de experiências entre PETs do Sudeste PET foi organizada pelos grupos da UNESP e aconteceu em Ilha Solteira. Confira o nosso relato sobre o XIII Sudeste PET.

O EnaPET de Recife foi organizado pelos PETs das Universidades Federais do Estado de Pernambuco: a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Mais de 270 estudantes prepararam o evento para todos os PETs do país. As principais atividades aconteciam nas salas e anfiteatros da UFPE, e foi lá que os PETianos se ‘alojaram’ durante os seis dias de evento.
Alojamento
“As barracas, os banheiros químicos e os contêineres eram desafios diários que até ajudaram na integração dos PETianos que se aventuraram no alojamento”.

A programação do 18° ENAPET foi baseada no tema Maioridade PET: Identidade, Avaliação e Expansão. Os grupos de discussão e de trabalho, as mesas redondas, apresentações de trabalho e a Assembléia final foram os meios encontrados para sustentar as discussões sobre o Projeto.

As apresentações de trabalho aconteceram na Universidade Rural do Estado de Pernambuco e o PET Interdisciplinar em Rádio e Televisão divulgou a sua experiência como um grupo que agrega diferentes cursos da graduação.

Banner de apresentação do PET-RTV


Veja a Programação do evento aqui.
  
O Encontro de PETs em Recife não poderia deixar de lado a cultura da região. Houveram diversas apresentações culturais e oficinas também:

Confira a programação cultural do evento aqui.

As discussões feitas no EnaPET são todas encaminhadas para a Comissão Executiva Nacional do PET (CENAPET) e serão discutidas nos próximos encontros. Logo menos, divulgaremos a ata oficial do encontro de 2013

Se você foi ao encontro de Recife, não se esqueça de preencher o questionário de avaliação do evento!


E o próximo EnaPET já tem local e data definidos: Será na Universidade Federal de Santa Maria em julho de 2014. O tema para o encontro será Inovação e Formação: o desafio dessa construção. Acompanhe todas as novidades pelo site oficial do evento. 



14 de outubro de 2013

Segunda edição do Seminário Internacional de Gênero, Sexualidade e Mídia


Evento cresce e abrange áreas artístico-culturais

Da Redação SICOM PET, por Melyna Souza

Entre os dias 1 a 3 de outubro a Unesp Bauru sediou o II Seminário Internacional de Gênero, Sexualidade e Mídia, organizado pelas professoras Larissa Pelúcio, docente do Departamento de Ciências Humanas da Unesp Bauru, e Heloisa Pait da Unesp Marília. Com a temática “Desafios éticos e metodológicos do presente”, o evento recebeu participantes de todas as regiões do país e promoveu o debate através de palestras, mesas-redondas e grupos de trabalhos.


     O seminário teve avanços sensíveis em relação à primeira edição, contando com a inclusão de mini-cursos e atividades artístico-culturais, como a performance interativa Amorfológicas, produzida por alunos de comunicação, e a peça teatral Br Trans. “Além do crescimento no número de atividades, tivemos também um número maior de inscritos, mais de duzentas pessoas passaram entre os três dias.”, comenta Pelúcio, que expressa a intenção é transformar o evento em referência da FAAC. “A ideia é mantê-lo como bianual e apostar no crescimento do mesmo, mesclando cada vez mais as linguagens acadêmicas, artísticas, midiáticas, mantendo o formato multi e transdisciplinar para fomentar o diálogo entre áreas. Queremos também continuar oferecendo este espaço para alunas e alunos de graduação fazerem suas apresentações orais, favorecendo um diálogo horizontal com pessoas com outros níveis de formação.”

       No primeiro dia, a mesa de abertura foi cedida à conferência “As Mídias Digitais e a nova economia do desejo” ministrada pelo Prof. Dr. Richard Miskolci, que apresentou sua pesquisa de pós-doutorado, realizada em San Francisco, California, entre janeiro e agosto deste ano. Em sua pesquisa, Miskolci estudou as relações entre afeto, sexo e amor da comunidade gay em um novo panorama urbano, econômico e de consumo, em que as relações sociais cada vez mais têm sido mediadas por aplicativos e mídias digitais.

       O segundo dia reuniu minicursos, a webconferência “Vozes do Egito: mulheres, mídia e direitos”, com as ativistas egípcias Sally Zohney e Sondos Shabayek, e duas mesas redondas com os temas “Éticas e técnicas – desafios da pesquisa com mídias digitais” e “Desafios da Comunicação na era da cibercultura” - esta última que contou com duas palestras internacionais: “O direito à cidade em rede: redes digitais e espaço urbano” ministrada pelo Dr. Scott McQuire, da Universidade de Melbourne, Australia, que apresentou questões sobre como devemos pensar sobre o direito à cidade em rede e de que forma os meios de comunicação em rede interferem na viabilização de um “espaço público participativo”; e “Cultura do gaydar: queering a história da mídia digital na Grã-Bretanha do Século XX” ministrada pelo Dr. Sharif Mowlabocus, da Universidade de Sussex, Inglaterra, que em sua pesquisa discutiu sobre a relação de subculturas urbanas gays e as tecnologias de mídias digitais.

     Durante o terceiro dia foi realizada durante a manhã mais uma mesa redonda sobre tecnologias digitais e intimidades, cedendo à tarde para as apresentações dos quatro grupos de trabalhos com as temáticas “Mídias digitais: desafios teóricos-metodológicos”, “Corpos, prazeres e afetos na web” e “Tecnologias midiáticas e experiências feministas, queer, dissidentes e militantes”.

       O encerramento do seminário contou com o espetáculo Br Trans, com Silvero Pereira do coletivo artístico As Travestidas. Montado através de recortes da pesquisa do modo de vida de travestis e transformistas de Porto Alegre, o espetáculo retrata um monólogo em que Gisele traz à cena histórias e inquietações sobre medo, solidão, exclusão e morte, que se entrelaçam e se confundem até mesmo com a vida do ator, que diz não saber onde começa e onde termina Gisele mesmo fora dos palcos. A peça é resultado de um projeto cartográfico, artístico e social que traça paralelos entre o universo trans nos polos nordeste e no sul do país, pesquisando o teatro como instrumento de transformação social e a relação entre ator e transformista, a fim de promover o debate sobre gênero, sexualidade e arte no Brasil.

9 de outubro de 2013

Depois do Diploma: Vida Profissional e Mercado de Trabalho

Da redação SICOM PET, por Leila Rangel

Dentro da estrutura de uma universidade existe uma série de possibilidades a serem exploradas pelo estudante desde seu ingresso: projetos de extensão, iniciação científica, educação tutorial, empresas juniores e estágios em empresas e até mesmo outras instituições de ensino como escolas da rede pública e privada.

Muitas vezes esse excesso de oportunidades faz com que seja difícil escolher o caminho durante o curso ou mesmo seus desdobramentos profissionais e torna o final da graduação uma espécie de futuro distante e estranho.

A preocupação com o rumo a ser tomado depois da faculdade costuma envolver variáveis como conseguir um emprego para não depender mais da família, ser bem-sucedido em pouco tempo, ganhar bem e ser reconhecido na área, considerando-se que os conceitos de sucesso e reconhecimento variam.

Muitos podem se imaginar saindo da formatura com o diploma numa mão e um contrato de emprego na outra, ou ao contrário, indo do baile para o banco da praça.

Dentro de dúvidas, sonhos e possibilidades de continuidade da carreira, seja ela acadêmica numa pós-graduação ou comercial numa editora, emissora ou um negócio próprio, compartilhar tais ideias com quem já passou por tudo isso e ainda está procurando uma resposta ou já está bem estabelecido em sua área é um meio de clarear e descobrir caminhos.

Nesta proposta de compartilhamento de experiências a Semana da Comunicação de 2013 realizará uma mesa redonda com Fábio Procópio, Fabio Turci e Igor Felippe Santos.



Fábio Procópio - Relações Públicas formado pela Unesp, trabalhou na startup VivaReal Network, em Bogotá (Colômbia) prestando serviços na área de Relações Públicas e Mídias Sociais, em Ribeirão Preto (SP) atendeu marcas como Natura, Coca Cola e McDonald´s na assessoria de imprensa Conceito Comunicação, atualmente está no departamento de marketing e eventos da Editora Saraiva.







Fabio Turci - Tem formação em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo pela Unesp/Bauru em 1997, trabalha há 10 anos na TV Globo da grande São Paulo, vencedor do Prêmio de Jornalismo da Comissão Europeia de Turismo 2011 e do Prêmio Confederação Nacional da Indústria de Jornalismo em 2012.







João Flávio - Mestre em Comunicação também pela UNESP de Bauru, atua como discotecário-programador e produtor na Rádio Unesp FM.  Pesquisa os códigos sonoros presentes na produção midiática e ministra cursos correlativos, tendo atuado como professor-bolsista no curso de Comunicação Social na mesma instituição. Atualmente, também trabalha como docente na Universidade Paulista (UNIP) ministrando aulas relacionadas à disciplina de Criação e Produção em Rádio e em Audiovisual para o curso de Publicidade e Propaganda.



A mesa-redonda acontecerá na sexta-feira, dia 25/10, a partir das 19h e tem por objetivo motivar os estudantes a conhecer mais sobre as áreas relacionadas dos cursos de Comunicação Social e discutir as relações destas áreas no mercado de trabalho.

A programação completa da SeCom 2013 está disponível no site e no Facebook do evento.

4 de outubro de 2013

A mídia como ferramenta social

Da redação SICOM PET, por Víctor Barboza

No mês de junho de 2013, os meios de comunicação noticiaram os protestos ocorridos em todo o país, inicialmente em razão do aumento nos preços das passagens de ônibus em São Paulo, e que se expandiram para outros ramos da esfera social, tais como corrupção e a falta de investimento na educação no Brasil.

É interessante observar que a mídia falava sobre um acontecimento histórico que ganhou força e mobilizou milhões de pessoas, em grande parte, graças à ela própria. No entanto, tratava-se das interfaces digitais representadas principalmente pelas redes sociais como Facebook e Twitter.

Créditos: Valter Campanato / ABR
As manifestações não serviram apenas para expor a insatisfação da população diante do descaso político com as questões sociais em nosso país, mas também para mostrar o grande alcance e o poder que a mídia, especialmente a digital, tem em influenciar as ações das pessoas hoje em dia, não apenas em assuntos que visam o simples entretenimento, mas também aqueles que tenham valor social e agreguem no exercício da cidadania.

A relação entre as mídias e os movimentos sociais será tema de um Grupo de Discussão na Semana da Comunicação 2013. Para mais informações clique aqui

1 de outubro de 2013

História de um instante - o fotojornalismo e os tempos mortos

Da Redação Sicom PET, por Beatriz Haga

Um gesto, um vazio, um silêncio, um embaraço, um sorriso, um desvio de olhar. São segundos que podem ter mais significados e refletir uma realidade do que um longo diálogo. A vontade de registrar esses momentos fez com que fossem criados mecanismos e objetos capazes de, alguma maneira, eternizá-los. Isso foi possível com a câmera fotográfica e de vídeo, que nunca perderam a popularidade desde suas criações. Ao contrário, com o tempo elas ficaram mais compactas, acessíveis e precisas.

A captação de imagens tornou-se popular no jornalismo graças aos equipamentos e advento da fotografia. A ideia inicial era complementar e dar credibilidade ao texto em veículos impressos. Mas em meados de 1900, a fotografia passou a ser vista não só como uma ilustração para as matérias, mas também como um conteúdo capaz de informar por si só. Esse foi o início do fotojornalismo e do processo de seu reconhecimento como profissão. 

O fotojornalismo ganhou forças quando grandes acontecimentos mundiais eclodiram, como a Guerra Civil Espanhola e a Segunda Guerra Mundial. A ânsia por cobrir os conflitos e registrar o que estava acontecendo, fez fotógrafos como Henri Cartier-Bresson e Robert Capa se destacarem. Os momentos captados contavam histórias pessoais, de um povo e uma nação, considerados por Bresson como o “instante decisivo”.


O cinema também mostrou a força da imagem e percebeu rapidamente que não era preciso palavras e diálogos para transmitir uma ideia, um conceito. Apesar do cinema falado ter substituído quase totalmente o cinema mudo desde os anos 30 e ser preferência mundial na atualidade, os tempos mortos, as cenas em que aparentemente nada acontece, e o processo de significação das imagens são escolhidos por realizadores para ampliar o olhar e a percepção do público.

Antonioni era um cineasta que constantemente usava tempos mortos em suas produções. 


O tema “Jornalismo de Aventura – Histórias por imagens” será discutido na Semana da Comunicação de Bauru (SeCom 2013) em uma mesa específica de Jornalismo, que contará com Marina Klink (esposa do velejador Amyr Klink e fotógrafa das expedições) e Matthew Shirts (redator-chefe da revista National Geographic Brasil).

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